domingo, 17 de junho de 2007

Linux vem aí com força total

Linux para as massas
O Ubuntu, uma versão fácil de usar do sistema operacional de código aberto, conquistou 10 milhões de usuários e começa a incomodar a Microsoft

Desde que o bilionário sul-africano Mark Shuttleworth retornou de uma viagem espacial, o mundo do Linux nunca mais foi o mesmo. Até então, o sistema operacional cujo código pode ser livremente copiado e modificado estava confinado aos servidores -- grandes computadores que controlam as redes empresariais e que são operados apenas por técnicos. A maioria das pessoas não se aventurava a instalar alguma versão de Linux no notebook ou no PC de casa por medo de abandonar o conforto de mexer no onipresente Windows, da Microsoft. Os poucos que se arriscavam eram aficionados da tecnologia. Isso começou a mudar depois da temporada extraterrestre do excêntrico Shuttleworth, que em 2002 se tornou o segundo homem a tirar dinheiro do próprio bolso -- a bagatela de 20 milhões de dólares -- para visitar uma estação espacial. Quando retornou à Terra, Shuttleworth assumiu a missão de desenvolver um sistema para desktops que não fosse apenas gratuito e de boa qualidade, mas também fácil de usar.

Foi assim que nasceu o projeto Ubuntu, palavra no dialeto banto que significa algo como "eu sou porque nós somos". Em outubro de 2004, depois de muitas pesquisas e testes patrocinados por Shuttleworth, o mundo ganhou a primeira versão do Ubuntu, que em pouco tempo se tornaria um dos raros casos bem-sucedidos de distribuição de Linux para PCs. Hoje, pelo menos 10 milhões de computadores pessoais rodam o Ubuntu, número que impressiona pelo pouco tempo de existência do sis tema. As pesquisas feitas no Google com a palavra Ubuntu desde o início do ano passado superam a procura por Mac OS, sistema operacional dos computadores da Apple. O próprio gigante de buscas é um dos usuários empresariais mais famosos desse software livre. No site DistroWatch.com, referência entre a comunidade Linux, o Ubuntu é a distribuição mais procurada e discutida dos últimos 12 meses.

Pedágio 2.0- Para retirar dinheiro do povo fazem tudo

RFID, web 2.0, EDI e web services são as tecnologias que estão por trás do sistema de cobrança eletrônica dos pedágios e estacionamentos do Sem Parar

Um carro com a etiqueta de identificação por radiofreqüência (RFID) instalada no vidro chega à cabine de pedágio e, depois de uma rápida troca de informações entre a tag e o banco de dados, a cancela eletrônica levanta automaticamente, liberando a passagem. Algumas horas depois, o mesmo veículo entra em um shopping center e, ao sair do estacionamento, usa a mesma tag para abrir a cancela. No fim do mês, o dono do carro recebe um extrato com informações de onde e quando a etiqueta com a marca Sem Parar/Via Fácil foi utilizada e o total da fatura a ser paga no banco. Por trás da abertura das cancelas de pedágios e estacionamentos está uma complexa estrutura de troca eletrônica de informações entre diferentes empresas e instituições financeiras.

O grupo STP (Serviços e Tecnologia de Pagamentos) opera o sistema de cobrança eletrônica Sem Parar/ Via Fácil, atualmente disponível em 22 rodovias de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, e nos estacionamentos do aeroporto de Congonhas e de 11 shopping centers em São Paulo. Atualmente, são 410 mil os clientes e 750 mil os veículos com a etiqueta de RFID. "O diferencial do nosso negócio está na integração, que permite ao cliente usar a mesma tag em locais diferentes e pagar uma fatura só", afirma Pedro Donda, presidente da STP, que em 2006 registrou um salto de 21% no faturamento, para 1,68 bilhão de reais."Desde 2004, entramos numa onda de crescimento acelerado, que fez aumentar o volume de transações e provocou uma sobrecarga operacional", afirma Donda.

No ano passado, a empresa investiu 8,5 milhões de reais em equipamentos e serviços de TI e, em 2007, pretende elevar o orçamento para 10,2 milhões de reais. O objetivo é não só atender ao crescimento do negócio, mas também atualizar a infra-estrutura operacional da empresa, responsável pelo processamento de 12,5 milhões de transações por mês. Para tanto, a STP investiu na consolidação da infra-estrutura de armazenamento de dados. Os discos SCSI, que somavam 3 TB de capacidade total, espalhada entre vários servidores Intel, foram substituídos por um storage (SAN) de 4 Gbps em rede de fibra óptica com um equipamento da HP de 8 TB. Também no ano passado foi instalada uma estrutura de backup em fita (tape library), com velocidade de 4 TB/hora para a transferência dos dados. Alguns servidores funcionam em infra-estrutura de clusters virtuais, hospedados no data center da Diveo. O parque total é formado por 85 servidores, dos quais 40 estão distribuídos pelas concessionárias de rodovias e estacionamentos afiliados. Cabine digitalFabiano Borges, gerente de desenvolvimento organizacional e de TI da STP, diz que o sistema está integrado a 20 instituições financeiras e aos principais cartões de crédito para permitir a abertura das cancelas. "Trabalhamos o tempo todo com informações virtuais", afirma Borges. Ele explica que as cabines das empresas parceiras têm antenas de rádio instaladas na freqüência de 5,8 GHz. Quando o veículo com a tag instalada se aproxima da cabine do Sem Parar/Via Fácil, a antena lê a identificação armazenada no chip da etiqueta e consulta o banco de dados antes de liberar sua passagem. Depois, envia a informação para o sistema da concessionária da rodovia ou do estacionamento, que junta as transações em lotes e as envia para a STP. Após emitir o extrato para o cliente, a empresa remete a ordem de cobrança para o banco. No caso de inadimplência do usuário, a STP atualiza automaticamente os bancos de dados de todas as concessionárias, bloqueando a passagem do veículo. Isso exige a troca constante de informações entre o sistema da STP e os utilizados pelas diferentes empresas e instituições financeiras com as quais opera.

Antes o governo dizia que era R$100,00 agora já falam em R$800,00 e o povo aguenta

Brasileiro vai pagar mais que europeu e japonês por TV digital.

Indústria estima que conversor para a tecnologia digital custará cerca de R$ 800 e negocia incentivos fiscais com o governo.

Os brasileiros terão de desembolsar um valor bem mais alto que europeus e japoneses para terem acesso à TV digital. O conversor (set top box) que será responsável por permitir que os televisores analógicos possam captar o sinal digital transmitido pelas emissoras deverá custar algo em torno de 800 reais, segundo representantes da Philips e da Semp Toshiba, duas das empresas que deverão colocar no mercado o equipamento no final do ano. Durante reunião do fórum de TV digital, realizada na última segunda-feira em Brasília, chegou-se a aventar a que o aparelho custaria até 1.700 reais, possibilidade descartada por boa parte dos participantes. Na Europa, paga-se hoje pelo conversor entre 60 e 90 euros (153 a 230 reais), dependendo do país. Já os japoneses desenbolsam cerca de 75 dólares (143 reais).

O preço brasileiro também está bem acima do previsto pelo ministro Hélio Costa (Comunicações), de 100 dólares (191 reais). Uma das explicações dos fabricantes nacionais é tecnológica. "Teremos no país o melhor conversor do mundo", afirma Walter Duran, diretor de Tecnologia da Philips. "Obviamente que é impossível que seja o mais barato." De acordo com as normas definidas pelo governo federal, o set top box será equipado com um chip de última geração, o H264, capaz de receber sinais em alta definição. A norma favorece as emissoras de TV, que poderão, daqui a alguns anos, produzir programas com a qualidade necessária para exportá-los para qualquer país do mundo. "Poderemos ser produtores, e não consumidores, de conteúdo audivisual", afirma o professor Marcelo Zuffo, especialista em TV digital da Poli-USP.

Outras explicações da indústria para os preços altos são a falta de escala nos primeiros meses de produção do conversor e a necessidade de amortizar os investimentos realizados no desenvolvimento do equipamento. Com o passar do tempo, entretanto, a tendência é de que os chips fiquem mais baratos. "Acredito que o preço do conversor poderá cair 10% ao ano e até mais do que isso nos primeiros 12 meses de comercialização", diz Roberto Barbieri, diretor técnico da Semp Toshiba.

Cientes de que o preço de 800 reais ainda deve ser proibitivo para boa parte dos brasileiros, os fabricantes de conversores negociam com o governo incentivos fiscais para baratear a produção e também linhas de crédito para facilitar a aquisição dos aparelhos pelos consumidores. A lei 11.484/07, que estabeleceu incentivos para os investimentos em TV digital, não incluiu os conversores. Os benefícios se restringiram à construção de uma fábrica de chips no Brasil – o que não aconteceu até o momento - e ao desenvolvimento de equipamentos transmissores de sinais. Por esse motivo, é provável que todas as empresas que decidirem produzir o conversor no Brasil – em sua maioria fabricantes de televisores ou de componentes – deverão criar linhas em suas plantas na Zona Franca de Manaus, onde terão incentivos para importar peças e pagarão menos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Sem interatividade

Para não atrasar o início das transmissões da TV digital, esperadas para dezembro, o mais provável é que os primeiros conversores colocados no mercado não estejam equipados com o Ginga, software que será a base para as funções de interatividade do equipamento. O Ginga está sendo desenvolvido por centros de pesquisa brasileiros, mas, segundo fabricantes, só terá sido testado e poderá ser acoplado ao conversor com a confiabilidade necessária para a comercialização em meados do próximo ano. O custo para a inclusão do Ginga no conversor ainda não está claro porque as normas técnicas de sua estrutura ainda não foram definidas. Para Takashi Tomi, pesquisador da diretoria de TV digital do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a inclusão do Ginga elevaria o preço do conversor para cerca de 1.000 reais. Já Zuffo, da USP, acha que o custo de inclusão seria de apenas um ou dois dólares.

Sem o Ginga, a TV digital brasileira perderá um de seus atrativos: a interatividade. Em um primeiro momento, a interatividade permitiria ao telespectador, por exemplo, escolher o ângulo em que gostaria de assistir uma partida de futebol ou a cor da roupa de um ator da novela. No futuro, a interatividade evoluiria e incluiria também um canal de retorno. Dessa forma, além de escolher o que quer receber o telespectador também poderia enviar informações para a emissora de TV por meio de seu próprio aparelho. Isso seria útil, por exemplo, em um programa em que um dos participantes possa ser eliminado a partir de votação do público.

Sem a interatividade, a principal atração da TV digital será a melhor qualidade de imagem e som. Para aproveitar esse avanço, além do conversor, o consumidor brasileiro deverá possuir também um televisor capaz de exibir imagem e som de alta definição, como alguns modelos de plasma e LCD. Outra vantagem será a possibilidade de gravar programas dentro do conversor e assisti-los em horários diferentes. Todo o potencial da TV digital, entretanto, só poderá ser mensurado quando o governo oficializar as normas técnicas que vão caracterizar aparelhos receptores e transmissores. Por enquanto, o principal ponto de consenso entre fabricantes e pesquisadores é que será necessário reduzir os preços para popularizar a TV digital no Brasil. "Se os preços não caírem, em breve estaremos importando conversores da Ásia", alerta Zuffo, da USP.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Veja cuidados na hora de comprar uma TV de alta definição

Além de observar a resolução do aparelho, você deve prestar atenção a outros dois fatores importantes quando for escolher entre TVs de alta definição, seja LCD ou plasma.
Os "dead pixels" (pixels mortos, ou defeituosos) são a maior preocupação nos LCDs. Eles ficam apagados nas telas ou nos sensores de CCD das câmeras digitais. Muitas vezes o termo "dead pixel" também é usado para definir outros dois problemas com os pixels: ficar sempre "acesso", ou seja, branco ("hot pixel"); ou manter-se sempre com uma cor sólida —vermelho, verde ou azul ("stuck pixel").

Cada pixel é composto por três sub-pixels, para cada umas das cores primárias listadas acima. Na confecção de telas de LCD, é comum surgir um certo número de sub-pixels defeituosos e a quantidade tolerada varia de acordo com o fabricante, já que nem todos interpretam as especificações do padrão ISO 13406-2 da mesma maneira.
Alguns fabricantes, como a Philips e Samsung, possuem política de tolerância zero para os dead pixels e rejeitam todos os aparelhos que tenham qualquer número deles. Outros fabricantes rejeitam aparelhos com um total pré-determinado de sub-pixels defeituosos. A Toshiba tem política de tolerância zero somente para os notebooks top de linha, e a Sony, para toda a linha VAIO.

Este é um ponto delicado na hora da compra e você deve procurar as indicações de "dead pixels" permitidos pelo fabricante do produto, além de verificar a partir de qual quantidade a troca é permitida. É uma boa forma de preservar o investimento e evitar dores de cabeça.

TV de plasma: atenção com o "burn-in"
O "burn-in" é um problema que preocupa quem possui uma TV de plasma. Ele acontece quando uma imagem estática "queima" a tela e deixa uma mancha. Isto pode ocorrer quando logotipos em partidas de futebol ou nos canais por assinatura (aqueles com informações sobre gols ou com o nome do canal) ficam o tempo inteiro sobre a tela. Games também são perigosos, pois deixam atalhos ou mapas em uma mesma posição.

Outro ponto de problemas da TV de plasma é que todas têm o formato widescreen (retangular ou 16:9), enquanto a programação normal das emissoras e a maioria dos filmes estão no formato 4:3 (tela normal de televisão). Isso deixa duas faixas pretas ao lado da imagem quadradra que está sendo exibida na tela. Se isto ocorrer por mais de duas horas seguidas, pode deixar uma mancha na tela nas áreas inutilizadas, o tal do "burn-in".

Fabricantes como LG e Samsung dotaram os modelos mais recentes com um sistema que mantém a tela em constante (mas sensível) vibração. Isso ajuda a reduzir o "burn-in".

Especialistas do mercado acreditam que a TV de plasma será superada na preferência pelos modelos LCD, que possuem mais qualidade e são mais baratos para produzir.

Procon recomenda paciência
A técnica em defesa do consumidor do Procon, Márcia Cristina Oliveira, lembra que é preciso ficar atento para a abrangência da garantia oferecida pelo fabricante.

"Observe não somente o tempo de garantia, mas também o que está incluso", diz Márcia.

A técnica explica que, por se tratar de um produto que envolve uma tecnologia muito nova, o consumidor não pode se precipitar na compra e deve observar a diferença entre as TVs de plasma e LCD.

Márcia alerta também para o fator resolução. "O fato de estes novos produtos possuírem telas muito grandes não significa que a qualidade da imagem será maior", diz. Também é importante observar se você já possui sinal digital em sua casa, o que é fundamental para obter a qualidade de imagem desejada —e não ficar frustrado assim que chegar da loja e instalar o aparelho em casa.

Saiba um pouco sobre a TV digital que vem por aí

A TV Digital vem sendo pesquisada e estruturada há algum tempo. Os Estados Unidos foram os pioneiros nas pesquisas sobre o assunto e os primeiros a definir um padrão de transmissão digital, em 1982.
Atualmente, a TV digital é realidade na Europa e na Ásia (especialmente Japão e Coréia do Sul) —além, claro, nos Estados Unidos. O Brasil planeja implantar seu modelo de TV digital até 2010, dentro de um sistema com infra-estrutura e padrão de transmissão adequados.

O professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP, membro ativo do grupo que definiu as bases tecnológicas e o modelo digital no país, explica que "até o final da introdução da TV digital no Brasil, em 2010, espera-se uma revolução no conceito de TV por meio de uma intensa convergência digital com a Internet e com a telefonia fixa e móvel".

Entre as diversas inovações tecnológicas do sistema, estão: a modulação digital de sinal, a mobilidade, as transações bidirecionais de informação multimídia, a portabilidade e a maior qualidade de imagem —a tão falado HDTV (televisão de alta definição).

Zuffo destaca ainda que a capacidade de troca de informações e dados multimídia de forma bidirecional proporcionará serviços de automação doméstica, segurança, governo eletrônico, educação à distância e entretenimento, entre outros, através da TV digital.

Diferentes padrões pelo mundo
Existem, hoje, quatro padrões de TV digital no mundo. O ATSC-T (Advanced Television Systems Committe), dos EUA; o DVB-T (Digital Vídeo Broadcasting), da Europa; o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting), do Japão; e um sistema em desenvolvimento na China, o DMB-T (Digital Modulation Broadcast).

Zuffo ressalta que estes padrões estão ligados aos blocos macroeconômicos e procuram considerar a proteção para a indústria eletroeletrônica e evitar os custos de propriedade industrial.

Pioneirismo americano
Segundo o professor, os americanos pagaram o preço pelo pioneirismo e por não fazer um "exercício de futurologia". O ATSC-T não considera tecnologias modernas como os celulares, o Wi-Fi e o WiMax, por exemplo.

Evolução natural do sistema analógico, o padrão americano é direcionado principalmente à transmissão de sinal digital de alta definição (HDTV). Entre 1991 e 1992 os EUA já possuíam seis sistemas digitais em teste no país. No ano seguinte um grande fórum discutiu os resultados dos testes e propôs a escolha de um para se tornar o padrão definitivo.

Em 1997 já existiam aproximadamente 1.600 emissões de sinal digital. No ano de 1998, as pesquisas contabilizavam que 50% da população americana já acessavam o sinal digital. Mais recentemente em 2003, 750 estações de TV trabalhavam com o sistema DTV (digital relevision).

Além dos EUA, o ATSC-T é utilizado no Canadá, México e na Coréia do Sul, que curiosamente é dona de patentes do sistema americano.

Integração européia
O padrão europeu começou a ser desenvolvido em 1993, aproveitou muito da experiência e evitou os problemas americanos. Com alguns recursos de mobilidade, foi o primeiros a trazer as universidades para o trabalho de pesquisa e desenvolvimento.

O DBV-T é um sistema bem flexível, o que permite atender às peculiaridades de cada país do continente europeu. Zuffo explica que "a Europa trouxe para o desenvolvimento do padrão a preocupação de harmonização entre os países, mas deixou um pouco a desejar nos quesitos técnicos".

Em 1993 começaram as primeiras transmissões pelo sistema de TV por assinatura do Canal Plus, da França. O ano de 1998 é considerado o marco da transmissão de TV digital aberta na Europa, com a abertura do sistema na Suécia. Na Alemanha, o padrão funciona desde 2003.

Japoneses, os mais recentes
O padrão japonês é o mais avançado de todos e chegou a este ponto aproveitando-se dos erros americanos e da experiência européia —tanto que baseou muito de sua tecnologia no DVB-T europeu.

"O modelo japonês considera flexibilidade, convergência, modulação de alta qualidade, mobilidade, portabilidade e alta definição", explica Zuffo.

Ele começou a ser desenvolvido no final dos anos 90 e foi o primeiro a utilizar a compressão de vídeo MPEG-4. Além disso, o padrão ISDB-T permite a segmentação, ou seja, a divisão do canal digital em vários sub-canais, que permitem transmitir diversos serviços simultaneamente.

No Brasil
O Brasil baseou sua escolha no sistema japonês, mas fez importantes modificações que o transformaram em um padrão compatível com as mais recentes tecnologias —protocolo IP e padrões de tecnologia móvel como GPRS e GSM.

"O grande trabalho do grupo de pesquisadores foi direcionado para gerar um padrão que fosse robusto, flexível e escalonável. Além disso, ele é compatível com a realidade da renda do brasileiro", diz Zuffo.

A robustez é explicada pela qualidade do sinal em função do seu alcance. Quando o sinal é emitido, ele tem de ser constante e forte do começo ao fim da transmissão, na residência. Já a flexibilidade é explicada pela quantidade de sub-canais gerados a partir de um único canal.

Outro destaque do padrão brasileiro foi a participação de vários setores da sociedade: governo, universidades, sociedade e empresas.

O grande desafio do Brasil, segundo o professor, está na infra-estrutura de transmissão, uma vez que hoje em dia as emissoras já trabalham com equipamentos e estúdios digitais.

TV por assinatura
As TVs por assinatura estão prontas e já transmitem o sinal digital para as residências dos assinantes. O problema é que os atuais decodificadores ainda não repassam o sinal digital para os televisores.

Eles recebem o sinal digital e o convertem para analógico antes de repassá-lo à TV. "Para que o sinal seja de ponta a ponta digital é necessário uma nova geração de decodificadores, que a partir do ano que vem já poderão ser fabricados a preço de mercado", afirma o gerente de desenvolvimento de negócios da TVA Digital, Dante Compagno Neto.

Assim como na TVA Digital, os assinantes da NET Digital também precisarão de um decodificador digital para ter o sinal digital passando para a sua TV. "Além disso, será preciso utilizar cabos diferenciados, como HDMI e o de áudio óptico, para conectar ao home theater e ter um som surround multicanal e Dolby Digital", explica o gerente de produto do PayTV da Net Digital, Alessandro Maluf.

Neto diz que a experiência de transmissão totalmente digital que aconteceu durante a Copa do Mundo da Alemanha foi um treino muito importante para mostrar o que é possível atingir com o sistema digital. A TVA Digital trouxe o sinal gerado na Alemanha em full HD até o assinante, que participou da experiência.

A transmissão de sinal digital permite a utilização do HDTV. Isto irá gerar um novo modelo de trabalho como lembra Maluf: "É uma mudança completa, desde a captação de imagem por meio de câmeras HDTV até o cuidado com os cenários, pois os detalhes ficarão mais aparentes". Esta é mesma linha defendida por Neto, da TVA Digital, para quem também será necessária uma nova maneira de fazer a maquiagem e acertar a iluminação.

A tecnologia OLED para monitores de vídeo

Por muitos anos a tecnologia CRT (Cathode Ray Tube ou Tudo de Raios Catódicos) foi dominante na produção de monitores de vídeo, para televisões e computadores. Esse domínio ocorreu principalmente porque os custos de produção da tecnologia tornaram-se baixos devido à grande escala de produção. Na últimas décadas, entretanto, novas tecnologias de construção e operação de telas de vídeo tornaram-se economicamente viáveis e tecnicamente aptas a substituir o CRT. Esse processo vem acontecendo de forma acelerada nos países desenvolvidos e, ainda que um pouco mais lentamente, também pode ser notado também nos países em desenvolvimento. Tecnologias como o LCD (Liquid Cristal Display) e o Plasma Display (assim nomeado por usar gazes ionizados para excitar substâncias químicas) substituiram completamente a tecnologia CRT na fabricação de TVs e monitores para computadores pessoais no mercado de consumo dos países mais avançados.

Ironicamente o CRT perdeu seu lugar para o LCD e para o Plasma não apenas por méritos técnicos das novas tecnologias, já que cada uma delas apresenta grandes problemas. As grandes razões por trás do abandono do CRT (que já não é mais fabricado em países como os EUA e Japão) estão na dificuldade construtiva do CRT, na imensa quantidade de materiais gastos (comparado às novas tecnologias bem mais econômicas) e, principalmente, no excesso de peso e grandes dimensões apresentados pelos monitores que usam tecnologia CRT. Entretanto uma tecnologia um pouco mais recente começa a chamar a atenção da indústria. Chamada OLED (Organic Light-Emitting Diode ou Diodo Orgânico Emissor de Luz) essa tecnologia promete suprir os grandes problemas atuais dos dispositivos de vídeo à um custo aceitável para o mercado de produtos de consumo.

O LED (Diodo emissor de luz) é um dispositivo eletrônico composto de materiais metálicos que quando excitado eletricamente emite um faixo de luz de uma freqüência bem específica. O OLED diferencia-se de seu primo por usar em sua construção substâncias eletroluminescentes compostas de Carbono. Ao serem excitadas por uma corrente elétrica essas substâncias emitem luz em uma freqüência determinada por sua composição química. Painéis de vídeo compostos por OLEDs pode ser extremamente finos (como uma folha de papel) e flexíveis (executados em materiais plásticos, como polímeros). Essa possibilidade surge do fato de que as substâncias químicas que compõe o OLED podem ser impressas em um filme plástico (como um documento é impresso em papel) para marcar os pixels. Ao colar outro filme plástico sobre a impressão cria-se pequenas capsulas que aprisionam cada pixel. A aplicação de eletrodos minúsculos à cada célula permite que se leve à ela a corrente elétrica necessária para excitar cada uma das cores primárias que irão compor as imagens. Essa técnica permite a construção de monitores muito pequenos ou grandes, resistentes à água devido à sua natureza plástica, e flexíveis ou até mesmo dobráveis.

As primeiras aplicações de monitores OLED foram em dispositivos móveis, como celulares, PDAs e até mesmo notebooks; onde a pequena espessura e o baixo peso da tela são mais importantes que outros fatores. Entretanto o preço de produção de monitores com essa tecnologia tem caído bastante e hoje já é possível construir telas OLED mais baratas e tão duráveis quanto telas LCD equivalentes. Além da simplicidade construtiva e das vantagens físicas os monitores OLED ainda superam seus rivais em vários aspectos técnicos. Monitores OLED são capazes de criar a cor preta, gerando o chamado “real black” e conseguem taxas de contraste 10 vezes maiores que monitores LCD produzidos atualmente. Não são sucetíveis ao efeito burn-out que agride monitores CRT e Plasma, situação onde a exibição prolongada de uma mesma imagem marca a tela de forma definitiva, sim isso acontece com a maioria das telas de Plasma produzidas hoje em dia. Ainda que uma nova tecnologia de Plasma tenha sido desenvolvida para evitar o burn-out ela resulta em telas mais caras, razão que levou muitos fabricantes à ignorá-la. A rigor, ao comprar uma tela de Plasma, você dificilmente conseguirá saber se aquele modelo específico é resistente ou não ao efeito danoso. Isso pode levar à desagradável situação de, após pagar o valor de uma pequena moto em uma TV, você observar aquele pequeno símbolo da Globo no canto inferior direito da tela durante uma reprodução de DVD.

Além disso o OLED dispensa iluminação de background, necessária nos LCDs, o que o torna a tecnologia mais econômica em termos de consumo de energia disponível atualmente. Além de ser ótimo para dispositivos que operam com baterias isso é um grande ponto a favor da técnica já que a economia de energia é uma preocupação global. O OLED é capaz de reproduzir cores tão bem quanto o Plasma e apresentar um tempo de resposta muito menor que o do LCD. Tempo de resposta é o tempo que um pixel leva para acender, atingir a cor ideal e então apagar voltando ao estado de negro. Quem já jogou games ou assitiu filmes de ação em uma tela LCD entende a importância disso.

Entretanto alguns fatores continuam a atrasar a adoção em massa da nova tecnologia. Mesmo tendo custos de produção mais baixos que outras técnicas o OLED é relativamente recente. Muitas empresas, como a Kodak, que desenvolveram partes importantes da tecnologia, ainda cobram valores excessivamente altos pelas patentes e licenças de produção em busca de ressarcirem seus gastos em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, os altos gastos na implementação das tecnologias atuais ainda não foram completamente amortizados. Muitos fabricantes não desejam tirar seus monitores LCD e Plasma de linha ainda por entenderem que ainda há muito dinheiro a ser feito com esses produtos antes que uma nova tecnologia possa ser levada ao mercado de massa. Entretanto a queda significativa nos preços dos monitores LCD e Plasma verificada em todos os mercados é uma mostra de que, assim que essas tecnologias tornem-se o padrão, estará aberto o caminho para que outra possa ser implementada.

Mas o OLED ainda tem alguns detalhes a resolver antes que seja a tecnologia usada em sua próxima TV. A fragilidade dos filmes plásticos, que se rompidos inutilizam o monitor, é uma delas. A durabilidade dos compostos, especialmente os que reproduzem freqüências azuis, é outra. Entretanto parece claro que é o OLED a tecnologia que irá assumir o lugar do LCD e do Plasma no futuro, por unir as qualidades de ambos e ainda apresentar características que nenhuma delas pode reproduzir.

Na Interrupção a LG

LG interrompeu a produção de plasma para economizar até US$ 32 mi
Corte visa melhorar o desempenho dos negócios da empresa, já que os painéis PDP perderam espaço no mercado para as telas LCD

A LG Electronics planeja interromper a produção de seus painéis PDP (telas de plasma) no intuito de melhorar o desempenho de seus negócios, declarou a empresa nesta sexta-feira (18/05).

A empresa irá fechar a mais antiga de suas três linhas de PDP, mas reforçará a produção em suas duas outras linhas para compensar. Consequentemente, a capacidade mensal irá cair de 430 mil para 360 mil telas.

A expectativa é que o corte resulte em uma economia anual de 22 milhões de dólares a 32 milhões de dólares.

Até alguns anos atrás, o mercado era dividido entre a tecnologia PDP e sua rival, a LCD (tela de cristal líquido). Os painéis LCD eram utilizados em televisões com até 42 polegadas, e a PDP acima deste tamanho.

Os avanços na produção da tecnologia LCD nos últimos anos têm permitido a fabricação de painéis LCD maiores e econômicos. Atualmente, as duas tecnologias se sobrepõem e geram grande competição de mercado, o que acarretou a redução dos valores dos produtos. O PDP parece perder espaço.

No primeiro trimestre deste ano, os carregamentos de painéis PDP caíram 1% se comparado ao mesmo período no ano passado. É a primeira vez que a indústria vê um declínio, de acordo com a empresa de pesquisas de mercado DisplaySearch, que atribuiu a queda a uma perda de mercado das telas LCDs com mais de 37 polegadas.

O total de carregamentos no primeiro trimester foi de 2,3 milhões, segundo a DisplaySearch.

*Martyn Williams é editor do IDG News Service em Tóquio

LG Electronics retoma operações de sua fábrica em Manaus

A empresa informou que a Secretaria do Estado reavaliou a situação da empresa e a considerou apta a reabilitar sua inscrição estadual

A LG Electronics da Amazônia informou, por meio de um comunicado à imprensa nesta quarta-feira (30/05), que a Secretaria do Estado do Amazonas reavaliou a situação da empresa e a considerou apta a reabilitar sua inscrição estadual.

Com a análise, a LG retomou as operações de seu complexo industrial, em Manaus, suspensas na segunda-feira (28/05). Na ocasião, informações preliminares apontavam que a companhia havia transferido, por tempo indeterminado, parte da produção de aparelhos de televisão para a cidade de Taubaté (SP). A assessoria de imprensa da companhia, porém, nega a informação e enfatiza que não houve a transferência.

De acordo com a direção da empresa em Manaus, a decisão é fruto das pressões que a companhia alega receber do governo estadual para que ela faça adesão pela atual Lei de Incentivos Fiscais (2826).

Em 2003, o governo do Amazonas ofereceu às empresas instaladas no pólo uma alternativa de benefícos fiscais, baseada na lei 2826, com o objetivo de buscar a isonomia tributária. À época, a única empresa que optou por permanecer na legislação vigente (Lei Hanan) foi a LG.

Na Lei 2826, os benefícios fiscais são de 90,25% de isenção, sem data para término. No último dia 24, a Justiça do Amazonas anunciou uma liminar que obriga a Secretaria de Fazenda a impor a isonomia fiscal a todas as indústrias atuantes no pólo de Manaus, pressionando a LG a aderir a Lei 2826.

Depois da liminar, a direção da LG em Manaus informou que a secretaria teria cassado sua inscrição estadual, o que a impediria de desembaraçar os insumos necessários para a fabricação de seus produtos em Manaus.

LG suspende fabricação de TVs na Zona Franca de Manaus

Decisão é fruto das pressões que a companhia recebe do governo estadual para aderir à atual Lei de Incentivos Fiscais, diz direção da LG

A LG Eletronics anunciou na segunda-feira (28/05) a suspensão temporária de suas atividades no Pólo Industrial de Manaus (PIM) e a transferência, por tempo indeterminado, de parte da produção de aparelhos de televisão para a cidade de Taubaté (SP).

De acordo com a direção da empresa em Manaus (AM), a decisão é fruto das pressões que a companhia alega receber do governo amazonense a fim de que a empresa faça adesão pela atual Lei de Incentivos Fiscais (2.826).

Em 2003, o governo do Amazonas ofereceu às empresas instaladas no PIM uma alternativa de benefícos fiscais, baseada na lei 2.826, com o objetivo de buscar a isonomia tributária. À época, a única empresa que optou por permanecer na legislação vigente (Lei Hanan) foi a LG.

A Lei Hanan se baseia no regime de "regressividade", no qual os incentivos fiscais que atualmente são de 100% serão reduzidos para 70% em 2012 e extintos no ano seguinte.

Na Lei 2.826, os benefícios fiscais são de 90,25% de isenção, sem data para término. No último dia 24, a Justiça do Amazonas anunciou uma liminar que obriga a Secretaria de Fazenda a impor a isonomia fiscal a todas as indústrias atuantes no PIM, pressionando a LG a aderir à Lei 2.826.

Depois da liminar, a direção da LG naquela Estado informou que a SeFaz teria cassado a inscrição estadual, o que a impediria de desembaraçar os insumos necessários para a fabricação de seus produtos em Manaus.

O secretário executivo da Secretaria de Fazenda, Thomáz Nogueira, rebateu as acusações e garantiu que a inscrição estadual da LG está valendo da mesma forma.

Segundo ele, o governo estadual tem todo o interesse de que a LG migre, como as outras empresas, para a Lei 2.826. Nogueira destacou, ainda, que a intenção tem a ver com a busca da eqüidade fiscal para essas empresas.

A secretaria informou que a LG tem oito certidões de dívida ativa com o estado, o equivalente a aproximadamente 100 milhões de reais. Os valores estão relacionados a um saldo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), acumulado desde 1999.

"Não procede a informação sobre a cassação da inscrição estadual da LG. O que ocorre é uma exigência do governo estadual para o pagamento das oito certidões de dívida ativa que eles têm conosco. O Estado quer superar a desigualdade fiscal, mas não existem razões para a LG ter suspendido suas atividades. Temos que colocar em prática a anunciada isonomia fiscal anunciada em 2003", resumiu Nogueira.

O presidente do Sindicato de Indústria de Aparelhos Eletroeletrônicos do Amazonas, Wilson Périco, disse estar preocupado com as decisões tomadas pela LG. Ele receia que a suspensão temporária seja um preparativo para o encerramento das atividades no Amazonas.

"A situação entre a LG e o governo estadual nos preocupa pricipalmente pela atitude da empresa, porque ela paralisou toda sua atividade aqui, embora o problema se limite à linha de televisão, o que deixa uma dúvida entre os tabalhadores. Nosso receio é que haja, nessa decisão, a intenção ou o interesse de se transferir para outra região do País".

Nos últimos dez anos, a LG Eletronics produziu na capital amazonense uma média de 8 milhões de aparelhos televisores. Atualmente, a empresa emprega 3 mil funcionários diretos e mais 1,5 mil indiretos. Em Manaus, a indústria tem três fábricas e produz 250 mil unidades de TV por mês.

*Com informações da Agência Brasil.

LSI e LG apresentam celular desenvolvido com tecnologia nacional

Fabricante coreana deve produzir o modelo em grande escala ainda este ano, com o objetivo de atender o mercado externo

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, participa nesta quinta-feira (31/05), de cerimônia de lançamento do primeiro celular com tecnologia desenvolvida no Brasil.

O lançamento será realizado em São Paulo, pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP).

O aparelho, desenvolvido pela LSI, em parceria com a coreana LG, possui o sistema trifaixa (triband), da geração 2,5 que se adapta a todos os sistemas mundiais, permitindo a conexão à internet e o uso do roaming internacional é automático. A pesquisa se volta, agora, para a terceira geração (3G).

A equipe do LSI e da LG está usando 100 aparelhos fabricados com a tecnologia desenvolvida. A LG deve começar a fabricá-los em grande escala ainda este ano para o mercado externo, em razão da alta competitividade internacional, onde o Brasil ocupa atualmente o quinto lugar em exportações em aparelhos celulares.

*Com informações da Agência CT.

Celular com tecnologia brasileira chega primeiro a El Salvador

O MG 230, da LG, deve ser lançado em julho pelas operadoras Telecom Personal e Telemovil. Negociações com TIM, Vivo e Claro estão encaminhadas

A produção em massa do primeiro celular desenvolvido com tecnologia brasileira, anunciado na quinta-feira (31/05), será direcionada para duas operadoras GSM em El Salvador, na América Central, informou Volnys Bernal, diretor do LSI-TEC, durante coquetel de anúncio do produto, na noite de ontem.

O LG MG 230, telefone de geração 2,5 resultado da parceria entre a empresa coreana, o Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP (LSI) e a Zetta Tecnologia, está em fase de homologação naquele país. Ele deverá ser comercializado pela Telecom Personal, que pertence ao mesmo grupo que a Claro (Telmex), e pela Telemovil, a partir de julho.

Eduardo Toni, diretor de marketing da LG, declarou que as negociações com as três principais operadoras do Brasil — Claro, Tim e Vivo — já estão encaminhadas. O Prof. Dr. João Antônio Zuffo, fundador do LSI, acredita que o aparelho deve estar disponível no Brasil no próximo semestre.

Bernal, do LSI-TEC, conta que a equipe de engenheiros está desenvolvendo atualmente um modelo de celular aberto, ou seja, independente de operadoras, que deve ser comercializado na Bolívia.

Coreanos de volta para casa
No mesmo dia do anúncio do celular, uma equipe de seis profissionais coreanos se despede do Brasil. Eles, que trabalham para a Teleworks, parceira da LG, chegaram ao país em dezembro para repassar o conhecimento da plataforma de desenvolvimento da empresa a 40 profissionais brasileiros.

Foram seis meses de “On the job training” (em tradução livre, treinamento por meio do trabalho), relata Bernal. “Nos primeiros meses, a equipe desenvolveu um projeto fictício, para testar a confiança da LG. Depois, no final de março, iniciaram o desenvolvimento real”, relata o diretor do LSI-TEC.

O projeto, entretanto, começou no primeiro semestre de 2006. Uma equipe de quinze pessoas foi treinada tanto na tecnologia CDMA quanto GSM — tecnologia escolhida para o desenvolvimento após a Vivo anunciar que também atuaria nesta plataforma.

“A idéia é ter um spinoff da equipe [torná-la independente] e, a partir dessas pessoas, formar novos profissionais, que trabalhem sem depender de orientação externa”, explica Zuffo, da Poli.

De acordo com Zuffo, a LG oferece um modelo de negócio e terceiriza o desenvolvimento de software para parceiras, como a Zetta, no Brasil. Além do benefício comercial proveniente da transferência de tecnologia, o desenvolvimento do sistema operacional em terras nacionais elimina entre 5% e 10% nos custos com royalties, segundo o diretor de Marketing da LG.

Tony conta que a empresa investiu 8 milhões de reais em estrutura e treinamento e que, anualmente, investe em torno de 5 milhões a 6 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no País. Em troca, a companhia recebe incentivos da Lei de Informática que, neste caso, prevê o investimento de 4% do faturamento da empresa em P&D.

Há centros de desenvolvimento LG também na Coréia, China, Rússia e Índia.

O Sucessor das TVS LCD´s: Já tem nome e chama OLED e SED









Novas tecnologias OLED e SED prometem telas mais brilhantes e até dobráveis. Sony promete lançar 1º modelo no Japão neste ano.
Mais finas, brilhantes, leves e econômicas. Assim são as TVs do futuro, que prometem um dia desbancar as hoje cobiçadas telas de plasma e LCD.

Embora estas tecnologias de tela plana ainda estejam começando a decolar em alguns países, como o Brasil, suas sucessoras já estão no forno e os primeiros exemplares de TVs OLED (organic light-emitting diode) e SED (surface-conduction electron-emitter display) - duas das novas tecnologias de telas que a indústria vem aprimorando - devem chega ainda este ano às lojas japonesas.
As telas OLED se diferenciam principalmente pela espessura ultrafina e pelo brilho. O segredo por trás tecnologia é o uso de materiais orgânicos eletrofosforescentes, que emitem luz própria. Alguns seres na natureza são capazes de emitir luz - como os vaga-lumes e o plâncton -, e os cientistas recriaram em laboratório esta capacidade de forma não-biológica.

Este processo dispensa as fontes de luz utilizadas em outras tecnologias, como o LCD (liquid crystal display), cujo material das telas simplesmente reflete a luminosidade gerada a partir de uma outra fonte dentro do equipamento. A conseqüência é que as telas podem ser ainda mais finas e oferecem um tempo de resposta mais rápido às mudanças de sinal, o que as torna mais eficientes na exibição de imagens em movimento.

Como são emissoras de luz e não apenas refletoras - como no caso do LCD -, as telas OLED também são mais brilhantes e oferecem maior fidelidade de cores. “Olhar para uma tela OLED na sala, à luz dia, é como olhar através de uma janela”, compara Marcelo Zuffo, coordenador do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que vem realizando testes com protótipos da tecnologia.

Entre as vantagens das telas OLED, destacam-se ainda a flexibilidade e a resistência do material. Como são feitas de polímeros - em outras palavras, plástico -, elas podem ser dobradas.

Além disso, as matrizes para produção das telas são mais fáceis de manipular e podem ser maiores, o que é mais complicado no caso de materiais como o cristal líquido, usado nos LCDs, ou mesmo as células de plasma que têm que ser arranjadas em um substrato de vidro.

Lançada LCD de 70 polegadas e R$ 123 mil


Cada aparelho custa US$ 63.500, o que equivale a R$ 123 mil.
Empresa sul-coreana só colocou cem unidades à venda.
O sonho de consumo de quem gosta de televisão grande e de boa imagem acaba de chegar ao mercado. Uma multinacional sul-coreana lançou nesta quinta-feira (14), em Seul, um LCD de 70 polegadas e tecnologia FullHD, que garante uma definição altíssima. O monitor é, segundo a empresa, o maior que existe.

Além de uma sala grande, quem quiser comprar o lançamento deve ter uma conta bancária com números exagerados também: cada tela sai por US$ 63.500, R$ 123 mil.

Gostou da novidade? Então corra, porque só existem cem à venda.
Numa feira em Seul, modelos posam ao lado da televisão: 70 polegadas e R$ 123 mil. (Foto: Reuters)

O Sucessor do DVD quem vai ganhar?








Mais uma vez Toshiba e Sony estão em uma grande disputa para determinar qual será o formato padrão de vídeo. Em 1995, o SD (superdisc) da Toshiba disputava com o MMCD (multimedia CD) da Sony. Essa briga deu origem ao acordo que criou o DVD. Hoje, porém, um acordo entre as duas gigantes do setor para o padrão de alta definição não parece estar próximo.
Os dois formatos praticamente não têm diferença na qualidade do sinal digital. Igualdade também nas resoluções nativas oferecidas: HDTV com 702p, 1080i e 1080p.

A diferença está na capacidade de armazenamento. O Blu-ray consegue armazenar quase o dobro de informação que o HD DVD. Este, por outro lado, tem um processo de fabricação muito semelhante ao do DVD, o que barateia seu custo.

Assim, explica-se o valor dos aparelhos de HD DVD que entram no mercado até 50% mais baratos que os de Blu-ray. O processo de fabricação deste último exige novas linhas de produção, o que eleva o valor final do produto.

Como preço é uma coisa que com a produção em escala tende a cair, os dois formatos devem ficar com custos mais próximos. Se a unificação dos formatos não acontecer, a escolha entre um e outro vai ser apenas uma questão de preferência.

Cada um por si
Cada parte defende seu formato. Para Hiroshi Kishima, gerente de produto da Toshiba, "o HD DVD é a nova geração de DVD, tendo como principal destaque a reprodução das imagens em alta definição e até seis vezes melhor que a resolução do atual DVD, em termos de pixels".

O gerente de marketing do departamento de informática da Sony Brasil, João Ribeiro, diz que "o Blu-ray é uma tecnologia óptica apropriada para quem necessita de grande capacidade de armazenamento de dados em um equipamento de fácil operação". Assim, o objetivo da Sony é "atingir clientes corporativos com necessidade de alta capacidade de armazenamento de dados em mídia", informa.

Potencial brasileiro
A Toshiba vê o mercado brasileiro com bons olhos. "É um mercado promissor, que vai substituir o atual mercado de DVD dentro de alguns anos. Com o inicio de transmissão de TV digital em alta definição, prevista para o final deste ano, esta tendência deve ser acelerada", diz Kishima.

Já a Sony, aposta no sucesso da nova tecnologia também junto ao consumidor, pois se trata de uma proposta de substituição da mídia de DVD. "Devemos lembrar também que tudo isso será potencializado com o início da TV digital no Brasil e da busca por armazenamento full HD", afirma Ribeiro.

As duas empresas sabem que ter conteúdo é o melhor caminho para garantir espaço na preferência do público. A Sony aproveita a força de seu braço no cinema, a Sony Picture Entertainment Home. Além disso, conta com o apoio de MGM, Paramount, Warner Home Vídeo, Buena Vista e Universal, entre outros.

A Toshiba tem ao seu lado Warner Home Vídeo, Paramount Home Entertainment e Universal, também presentes no formato Blu-ray.

Entenda as diferenças entre eles:
Após dois anos de especulações sobre o "novo" padrão de DVD, finalmente o consumidor brasileiro pode começar a pensar em investir em cinema caseiro de alta definição. As fabricantes anunciaram oficialmente os produtos voltados ao Blu-ray e HD-DVD, que são os formatos concorrentes que tendem a substituir o atual DVD em um futuro não muito distante, mas que ninguém ainda arrisca dizer quando.
A grande questão é se vale a pena comprar um aparelho novo. Nomenclaturas técnicas à parte, quais são as diferenças práticas entre um formato e outro? O ganho de qualidade é mesmo superior ao atual DVD? Vamos tentar entender um pouco. Afinal, falamos de um investimento médio de R$ 3.000, mais do que valem muitos computadores potentes de hoje.

De onde surgiu o nome de batismo desses dois formatos? Simples. O "HD" de HD-DVD significa apenas High Definition. E o Blu-ray (que no início era chamado de Blue-ray) é porque o feixe de laser para ler e gravar os dados tem coloração azul (blue). No DVD convencional, o laser é vermelho.

Formatos diferentes
A principal diferença entre os formatos é a capacidade de armazenamento, com vantagem para o Blu-ray, que armazena 25 GB em discos de uma camada (50 GB em duas camadas), contra 15 GB do HD-DVD de uma camada (30 GB em duas camadas). Por conta do maior espaço disponível, setores da indústria acreditam que o Blu-ray tenha preferência maior em aplicações de informática (software, games, backup) em contrapartida aos filmes.

As capacidades diferentes ocorrem por conta da diferença no método de gravação dos dados. Mas as diferenças técnicas entre os dois formatos quase não existem. O HD-DVD tem como empresa líder a Toshiba, com suporte da Microsoft, Sanyo, NEC e estúdios de Hollywood como New Line e Universal. O Blu-ray, da Sony, tem parcerias com Apple, Panasonic, Philips, Samsung, Sharp e outros estúdios de cinema.

No final das contas, toda essa briga entre Blu-ray e HD-DVD só interessa às fabricantes, e não ao consumidor. Ao adquirir um determinado produto, você poderá em breve se deparar com um aparelho obsoleto e sem suporte. É uma aposta.

Aos poucos, chegam ao mercado internacional aparelhos que reproduzem ambos os formatos, mas o preço ainda está além da realidade da maioria dos consumidores. Mesmo assim, fica a pergunta: qual o sentido de um aparelho para dois formatos se, talvez, um deles não sobreviva?

As fabricantes não se importam. Os primeiros notebooks com drives HD-DVD e Blu-ray já começaram a ser vendidos. No Brasil, Sony e Toshiba também iniciaram as vendas dos aparelhos —apesar de quase não haver títulos disponíveis no mercado local. O trunfo para o consumidor é a vantagem da alta definição. Mas será que é verdade? Confira a reportagem e descubra.

TV entra na era digital; veja guia sobre a alta definição










Sinais de TV trafegando em bits e bytes, com imagens em alta resolução, câmeras simultâneas, compras pela televisão e interatividade como a da Internet. Tudo isso é parte do universo da TV digital, que vem ganhando terreno no Brasil com a invasão das telonas de plasma e LCD nas lojas e com a expectativa sobre a estréia da TV digital no final do ano.
Com a novidade, é bem provável que a sopa de letrinhas do mundo da informática saia do computador e chegue até a sala de estar. Aliás, ela já chegou —nestes tempos digitais, ouve-se falar muito em siglas como HDTV, DVB, DTV, full HD. Se você ainda não entendeu bem o que tudo isso significa, o kvowster digital explica tudo em um guia da TV digital e em alta resolução, com dicas para a hora da compra, dúvidas sobre cabos e formatos sucessores do DVD e alguns segredos para você começar a se preparar para a TV digital.

TV analógica, nossa velha conhecida
Quem nasceu depois de 1950 acompanhou a televisão em franca atividade. Desde sua aparição, estamos acostumados a assistir à TV por meio de sinais analógicos e tubos de raios catódicos. Os sinais gerados pelas emissoras são transformados em ondas de rádio que, transmitidas para a sua TV, são convertidos novamente em imagem e som.

O sistema analógico funcionou bem, mas começou a enfrentar limitações. Por exemplo, os aparelhos de tubo CRT têm cerca de 480 linhas de resolução, insuficientes para "encher" uma TV grande, a partir de 30 polegadas, e manter a qualidade da imagem.

Além disso, os canhões de elétrons do CRT só conseguem preencher metade das linhas a cada passada da imagem pela tela. Assim, os aparelhos utilizam um recurso de entrelaçamento das linhas para montar a imagem. Muitas vezes, isto causa uma imagem que fica vibrando (efeito conhecido por "flicker"). Estas complicações ficaram mais evidentes com os aparelhos de TV maiores, que invadiram o mercado a partir da década passada.

Eis então que o sinal digital de TV surgiu para resolver este problema. Ele é codificado em bits e bytes —como zeros e uns que computador usa para identificar os comandos—, transmitido por satélite ou cabo e depois decodificado por um aparelho antes de entrar em seu televisor.

O sistema digital pode ser bem exibido tanto em uma tela muito pequena como em uma muito grande sem perda de qualidade. O sinal de vídeo pode ser progressivo, ou seja, a tela exibe a imagem inteira a cada quadro (frame), e não entrelaçado, que mostra uma linha de pixels sim e outra não.

Para as emissoras de TV existe ainda a vantagem de enviar vários sinais diferentes utilizando a mesma banda de transmissão, incluindo conteúdo especial, como menus e opções de interação.

Diferenciais
Há três diferenças fundamentais entre o sinal digital e o analógico: relação de aspecto, resolução e taxas de quadros.

A relação de aspecto é como a imagem aparece em sua tela. O padrão das TVs sempre foi 4:3, ou seja, quatro unidades de largura por três de altura. No sistema digital você pode ter 16:9, como em uma tela de cinema.

A resolução da TV analógica é de 480 x 360 pixels, em média. Na digital, inicia-se em 704 x 480 pixels, conhecida por SDTV (Standart Digital Television) e chega a 1.920 x 1.080 pixels, o formato HDTV, quase dez vezes mais nítido que o analógico.

A taxa de quadros define quantos quadros são necessários a cada segundo para que uma imagem fique completa. Na TV convencional é de 24 quadros por segundo entrelaçados (interlaced ou i). Na digital, varia de 24i a 60 quadros por segundo progressivos ou 60p.

Assim, durante sua pesquisa por uma TV pronta para a alta definição, você se deparar com a indicação "1080i", significa que o aparelho em questão tem resolução nativa de 1.920 x 1.080 pixels (os fabricantes normalmente indicam apenas o número de linhas da tela) e pode exibir imagens a taxas de 60 quadros por segundo entrelaçados (60i).

Veja abaixo um quadro das resoluções de HDTV e SDTV. Observe que a primeira resolução considerada HDTV é a de 1.280 x 720 pixels, com aspecto ratio de 16:9. Esta resolução não é a chamada Full HD (alta definição total), que atinge os 1.920 x 1.080 pixels.
Veja Tabela.

Além da diferença de resolução, o novo sistema também difere na recepção do sinal. O da TV analógica pode ser decodificado diretamente pelo seu televisor depois de passar pela antena. Já o sinal digital precisa de um decodificador especial para ser visto no seu aparelho. As TVs por assinatura ou a cabo —como NET, TVA e SKY— já oferecem sinais digitais para os assinantes. A transmissão digital de TV aberta também necessitará de um decodificar para receber o sinal que virá das emissoras abertas.

É importante lembrar que transmissão digital não significa que o sinal é de HDTV, pois este é definido pela resolução —que precisa ser de pelo menos 720 linhas para começar a ser HDTV, e de ser 1.080 linhas para ser full HD.E em breve tudo deve mudar novamente , mostraremos aqui o sucessor das telas lcd´s que a toshiba deve lançar no ano que vem no japão.Em breve falaremos sobre isso.