quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Uma história de dois formatos





Anunciada a batalha entre a Sony e a Toshiba, qual dos formatos sairá vencedor?
Quando há padrões concorrentes num sector especializado, inevitavelmente a indústria fica dividida sobre qual deve apoiar. É isto que se passa com o HD-DVD e o Blu-ray, que dividem entre si o apoio dado pelos fabricantes de tecnologia (alguns dos quais, em certos casos, apoiam ambos). Mais importante ainda, alguns estúdios de cinema e várias editoras de videojogos fazem pender a balança ao colocarem todo o seu peso deveras considerável no prato de um determinado formato.

No ponto em que as coisas se encontram, as empresas 20th Century Fox, Buena Vista Home Entertainment, Electronic Arts, MGM Studios, Paramount Pictures, Sony Pictures Entertainment, Walt Disney Company, Vivendi Universal Games e Warner Bros comprometeram-se a dar o seu apoio ao Blu-ray. As companhias New Line Cinema, DreamWorks SKG e Universal Studios declararam que irão apoiar apenas o HD-DVD. Além disso, os estúdios Buena Vista Home Entertainment, Paramount Pictures, Walt Disney Company e Warner Bros afirmaram que vão lançar filmes tanto em HD-DVD como em Blu-ray.

Quanto às empresas de tecnologia, gigantes como as Apple, Dell e HP, apoiam o Blu-ray, enquanto a Microsoft e a Intel são duas das muitas empresas que dão o seu apoio ao HD-DVD. A decisão da Microsoft de apoiar o HD-DVD em vez do Blu-ray foi motivo de consternação e vai ao encontro do que a empresa entende ser a facilidade de utilização patente do HD-DVD em comparação com o Blu-ray. Com isto, a Microsoft refere-se ao direito (nos EUA, pelo menos) de se fazer a cópia de um disco para uso pessoal, mesmo sendo ilegal quebrar a protecção contra cópias.
Passo a Passo

As soluções de software necessárias
01 Embora o Vista seja anunciado como sistema operativo indispensável, a Microsoft não foi rápida a adoptar os padrões mais recentes. O software de gravação integrado suporta o DVD±RW, mas esse suporte é limitado no que toca ao HD-DVD e inexistente em relação ao Blu-ray.
02 A Microsoft informou que não tinha intenção de incluir o suporte para o HD-DVD ou Blu-ray na mais recente versão do seu software Media Player. Isso deve-se ao facto de a empresa não querer favorecer um padrão em detrimento do outro.
03 Se tiver dinheiro para comprar um gravador de Blu-ray e conseguir encontrar os suportes adequados, irá precisar também de software de gravação a condizer. Tanto o software da Roxio como o da Nero já suportam discos BD-R (de gravação única) e BD-RE (regraváveis)
O que a Microsoft e os outros membros do DVD Forum advogam é uma forma de se proteger a propriedade intelectual de uma empresa, mas ainda assim permitir que os utilizadores vejam em vários dispositivos o filme que compraram. Por esse motivo, as especificações do HD-DVD compreendem a protecção AACS (Advanced Access Content System, ou sistema avançado de acesso a conteúdos). Desta forma, alguém que tenha adquirido uma cópia legítima de um filme poderá efectuar uma cópia do mesmo para o disco rígido. Depois disso poderá transferir o filme para um leitor portátil ou transmiti-lo numa rede doméstica.

Encriptação mais resistente
O DVD Forum implementou uma encriptação de 128 bits para este sistema e – ao contrário da protecção CSS (Content Scrambling System, ou sistema de codificação de conteúdos) dos DVD – tem esperanças de que não seja possível quebrá-la. Por exemplo, no caso do Blu-ray os fabricantes indicaram que estão a ponderar a utilização de métodos que suportem alterações da chave da protecção DRM (Digital Rights Management, ou gestão de direitos digitais) a fim de impedir que o conteúdo fique livremente à disposição no caso de alguém conseguir quebrar e copiar essa protecção.


PlayStation3 vs. Xbox360
Prevê-se que o mercado das consolas venha a ser o grande campo de batalha
É impossível que não tenha reparado que a Microsoft lançou a nova versão da Xbox e a Sony acabou de lançar no Japão a sua nova PlayStation3. Cada sistema suporta um dos novos padrões de vídeo. A PS3 da Sony possui uma unidade de Blu-ray, ao passo que a Microsoft lançou um leitor de HD-DVD para a Xbox360. Ambas as empresas pretendem que os respectivos equipamentos sejam dispositivos de entretenimento doméstico em vez de meras consolas de jogos, daí a inclusão de um leitor de discos da próxima geração.

A Xbox360, contudo, normalmente não inclui uma unidade de HD-DVD; a PS3, pelo contrário, é vendida com uma unidade de Blu-ray. A unidade de HD-DVD externa para a Xbox360 já se encontra disponível por cerca de 160 euros. O preço de lançamento previsto para a PS3 é de 600 euros.


Outra característica do HD-DVD que poderá ser um factor decisivo para a sua ascensão ou queda diz respeito à interoperacionalidade entre o formato e os DVD existentes. São propostas duas opções, segundo as quais um disco HD-DVD contém o mesmo filme nos formatos de alta definição ou DVD-9. O primeiro formato é um disco combinado, em que numa das faces está o conteúdo de alta definição e na outra o DVD; quanto ao segundo, trata-se de um disco de duplo formato, com o DVD-9 numa camada e o HD-DVD noutra camada da mesma face do disco. Isto é possível porque a camada mais próxima da cabeça de leitura é reflectora para um laser vermelho e transparente para outro azul-violeta, pelo que o leitor será capaz de detectar o formato correcto.

Outro factor que beneficia o HD-DVD, na opinião do DVD Forum, consiste no seu processo de fabricação. Segundo especialistas deste organismo, uma linha de produção montada para discos HD-DVD pode ser convertida para produzir discos DVD em apenas cinco minutos. À data em que esta edição foi impressa, o número de leitores de HD-DVD disponíveis no mercado ainda era muito reduzido. A Toshiba lançou o seu leitor HD-XA1 HD-DVD em Março mas anunciou já que brevemente haverá mais alguns modelos de leitores disponíveis. A Microsoft, por sua vez, lançou uma unidade de HD-DVD para a Xbox360 no Japão, embora de momento não exista um gravador de HD-DVD para PC.
O lado “azul” da história
O Blu-ray utiliza o mesmo laser azul-violeta do que o HD-DVD, mas de forma diferente, daí que nenhum padrão suporte o outro.
A razão para serem tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes tem a ver unicamente com a abertura da lente.

A abertura numérica do laser do Blu-ray é de 0,85, enquanto a do HD-DVD é de 0,65. O laser do Blu-ray é mais largo e não penetra tanto no substrato do disco como fazem o CD, DVD ou HD-DVD. Embora isto signifique que é possível armazenar mais dados num disco Blu-ray, estes encontram-se muito mais perto da superfície do que em todas as outras formas de armazenamento óptico. Por sua vez, isto aumenta consideravelmente o risco de perda de dados no caso de o disco sofrer danos, ainda que ligeiros.

Para lutar contra isto, as equipas de desenvolvimento do formato Blu-ray viram-se forçadas a adicionar uma camada protectora à superfície do disco. Apesar de terem conseguido produzir um revestimento que não prejudica o normal funcionamento do disco, o processo de fabrico tem as suas falhas. O mínimo defeito nesse revestimento implica que o disco tenha de ser deitado para o lixo. A Verbatim teve de rejeitar uma quantidade enorme de revestimentos por causa dos defeitos. As primeiras versões dos discos eram tão propensas a riscos que o desenho inicial previa guardá--los em caixas algo toscas. As equipas de desenvolvimento depressa decidiram que isso não era praticável e chegaram à conclusão de que tinham de encontrar uma forma de protecção que impedisse a perda de dados. Resta saber se o revestimento resistente é a solução ideal a longo prazo.
HDTV — UMA QUESTÃO DE CODECS
São várias as razões para precisar de uma capacidade de armazenamento de 50 GB

A principal razão por detrás do desenvolvimento do Blu-ray e do HD-DVD é dar aos utilizadores domésticos a possibilidade de utilizarem o novo padrão de televisão de alta definição. A imagem visível no ecrã tem uma resolução muito superior à dos DVD e televisores actuais.

A resolução da televisão PAL neste momento é de 720 x 576, mas a alta definição irá revolucionar isto de forma drástica, com resoluções na ordem dos 1280 x 720 ou 1920 x 1080. Evidentemente, isso significa que haverá mais pixels no ecrã, a que corresponderá um aumento do volume de dados gravados num disco. Guardar estes dados adicionais num único disco implica que se recorra a técnicas de compressão; por exemplo, o DVD emprega o padrão de compressão MPEG-2.

As ferramentas de compressão foram melhoradas para ambos os padrões de discos de alta definição, tendo sido acrescentados dois formatos: MPEG-4 AVC e SMPTE VC-1. O segundo era conhecido anteriormente como Windows Media 9. Em termos de codecs de áudio, ambos os padrões utilizam exactamente os mesmos: Dolby Digital Plus, DTS Dolby Digital e MPEG-Audio. Os novos discos também precisam de velocidades de transferência de vídeo mais elevadas. O HD-­DVD apresenta uma velocidade de transferência de vídeo e áudio de 36,55 Mbps, mas a tecnologia do Blu-ray é significativamente mais rápida, situando-se nos 54 Mbps.



O Blu-ray tem vantagens óbvias sobre o HD-DVD, sendo a capacidade a principal, mas também possui velocidades de transferência mais rápidas e os equipamentos disponíveis existem em maior número. Além disso, a maioria dos estúdios de cinema apoia abertamente o padrão. Evidentemente, caberá no final ao consumidor decidir qual dos formatos levará a melhor. A LG apresentou recentemente um leitor capaz de ler os dois formatos ditando assim o caminho futuro, com dispositivos híbridos que não obrigam a confirmar se o filme que pretende comprar está no formato que pode usar.

HD-DVD & Blu-RAY




Passo a Passo:
Reproduzir conteúdos de alta definição no PC não vai ser barato...
01 Se quiser reproduzir um filme de alta definição no PC, terá de abrir os cordões à bolsa para comprar alguns equipamentos novos, a começar desde logo pela unidade óptica. Pode comprar leitores para ambos os padrões, mas de momento só os gravadores de Blu-ray estão à venda – e não são nada baratos.
02 A seguir terá de comprar uma placa gráfica que suporte alta definição. Por muito estranho que isto possa parecer, tudo se resume à protecção contra cópias. Isto porque a placa gráfica, para poder reproduzir conteúdos de alta definição, precisa de um chip HDCP e de uma porta HDMI.
03 Não é só a placa gráfica que necessita de um chip HDCP, o seu televisor também. Assim é porque os conteúdos de alta definição estão codificados, daí que precise de descodificá--los para poder vê-los. Quando a ligação da TV é feita através de uma interface HDMI, os dois dispositivos sincronizam-se e então poderá visualizar os conteúdos, no caso de ter adquirido direitos que lhe permitam fazê-lo.

Os estúdios de cinema estão divididos quanto à tecnologia a apoiar, aparecendo com novos filmes e reedições de catálogos anteriores nas versões em Blu-ray ou HD-DVD. Evidentemente, isto não ajuda o consumidor, que enfrenta a possibilidade de comprar um leitor dispendioso e os respectivos discos e no fim de algum tempo a tecnologia cai em desuso e os produtos são descontinuados.

Quem lidera a corrida?
Nesta etapa do jogo, o HD-DVD parece estar em vantagem, pois goza do apoio do DVD Forum, o órgão que foi constituído para regular o padrão do DVD. Membros deste fórum afirmaram que o HD-DVD era a plataforma ideal para a TV de alta definição (TVAD). Isto representa um empurrão óbvio para esse padrão, se tivermos em conta o rápido aparecimento de televisores capazes de apresentar conteúdos de alta definição. Outro factor que contribuirá para aumentar o interesse no HD-DVD em detrimento do Blu-ray, pese embora a sua tecnologia utilizar um laser diferente do que está presente no DVD, tem a ver com a compatibilidade retroactiva prevista que os leitores possuirão. Já foram inclusivamente publicadas notícias que afirmam que alguns discos HD-DVD irão conter versões do mesmo filme nos formatos de alta definição e DVD normal. Apesar de os peritos da indústria reconhecerem que o Blu-ray parece ser a melhor tecnologia, a incompatibilidade com a TV de alta definição e a ausência de compatibilidade retroactiva com o DVD poderá ditar a sua desgraça.

A Briga dos Formatos:Blu-Ray & HD-DVD



Ambos os formatos estão perto de entrar em cena vamos analisar e ver se podemos adaptar ao sucessor do DVD no dia a dia.
O aparecimento do compact disc no início dos anos 80 traduziu-se num enorme crescimento da indústria musical e representou um grande avanço para os consumidores. Antes disso, a reprodução de áudio estava limitada a cassetes ou discos de vinil. Apesar de ambos os formatos de gravação terem as suas vantagens, assim como uma base sólida de utilizadores, havia o sentimento generalizado de que começavam a acusar o peso da idade. O CD introduziu uma qualidade de som superior e a capacidade de navegar até qualquer faixa do álbum. As faixas podiam ser reproduzidas por qualquer ordem e as dimensões dos discos transformaram-nos em dispositivos realmente portáteis.

É de estranhar, portanto, que tivéssemos de esperar mais 12 anos até que uma revolução idêntica trouxesse para o pequeno ecrã a reprodução cristalina de filmes e uma funcionalidade intuitiva.

Como se veio a verificar, o DVD é o formato mais bem-sucedido de sempre.
Nenhum outro suporte de dados foi adoptado pelo público tão rapidamente como o Disco Versátil Digital.

Decididamente, o tamanho importa
Dado o sucesso alcançado pelo DVD, muitas pessoas foram da opinião que não havia necessidade de fazer mais alterações no formato de vídeo digital. Um ponto de vista aceitável, talvez, mas que simplesmente não é válido. Embora seja possível enfiar até 9GB num disco de face simples com dupla camada, actualmente isso já não é suficiente. A razão? Os filmes de alta definição ocupam entre 15 a 20GB, pelo que são demasiado grandes para caberem num DVD normal.
Dicas:
> Antes de fazer o upgrade para HD-DVD ou Blu-ray, tenha em consideração os equipamentos que serão necessários.
> Embora muitas placas de TV incluam nas suas especificações que estão aptas para a reprodução de conteúdos de alta definição, precisa de poder receber transmissões não codificadas de alta definição, o que ainda não é uma prática generalizada.
> Actualmente não existem gravadores de HD-DVD para PC, muito embora os suportes graváveis já se encontrem disponíveis.
> Mesmo que as especificações de um televisor indiquem que o mesmo é compatível com conteúdos de alta definição, verifique se possui portas HDMI.
> As resoluções de alta definição são normalmente referidas como 1080 ou 720, que representam o número de pixels verticais.
À semelhança do que sucede com todos os padrões da indústria de TI, a transição de um para o outro nunca é fácil. Tal como na década de 80 havia vários padrões de vídeo (Betamax, Video 2000 e VHS), hoje temos dois formatos que competem pelo primeiro lugar no pódio do armazenamento óptico da próxima geração. A Toshiba e a NEC cerraram fileiras atrás do HD-DVD, ao passo que o Blu-ray está a ser desenvolvido principalmente pela Sony e pela Philips. Ambos os formatos apresentam capacidades acrescidas superiores inclusive às dos DVD de dupla camada. O HD-DVD é o que tem menos capacidade dos dois, com um máximo de 15GB por camada; o disco Blu-ray equivalente, por seu lado, consegue armazenar 25GB. A Toshiba conseguiu criar um disco HD-DVD de tripla camada com uma capacidade de 45GB, enquanto a TDK está firmemente instalada no campo do Blu-ray e já demonstrou um disco Blu-ray de 200GB que utiliza seis camadas.
Laser vermelho, laser azul
Os formatos HD-DVD e Blu-ray partilham uma base comum, visto que em ambos os dados são lidos por intermédio de um laser azul-violeta. O DVD e o CD utilizam lasers vermelhos. O modo como o laser funciona é que torna possível guardar um volume imensamente maior de dados num disco que, fisicamente, tem o mesmo tamanho de um CD ou DVD. O laser azul possui um comprimento de onda mais curto (405 nanómetros) em comparação com o vermelho do DVD (650 nm) e o do CD (780 nm). O encurtamento do comprimento de onda permite comprimir mais pacotes de dados no mesmo espaço. Um dado crucial, no entanto, é que o HD-DVD e o Blu-ray não utilizam o mesmo método de gravação de dados. Por conseguinte, não é possível ler um HD-DVD num leitor de Blu-ray e vice-versa.
Isto deu origem àquela que é largamente conhecida como a guerra de formatos. A maioria das principais empresas no sector da tecnologia tomou partido por um dos campos, enquanto algumas delas jogam pelo seguro, afirmando que estão bastante satisfeitas por apoiarem os dois padrões. A Sony é tida como a força impulsionadora por trás do Blu-ray, ainda que se trate apenas de um membro da Blu-ray Disc Association (BDA). Entretanto, a Toshiba é o rosto não oficial do HD-DVD.

Como funciona o Blu-Ray

Chegou o Provável substituto do DVD

Entenda a Diferença entre os formatos

Talvez em 1914 ninguém mais lembrará do DVD, ele poderá ser coisa do passado, o seu provável substituo chega ao Brasil.O Blu-Ray

Os amantes do cinema caseiro no País recebem uma novidade neste mês do Natal. O Blu-Ray, nova geração de formato de disco ópticos desenvolvido para alta definição de imagem, chega ao mercado brasileiro. Estúdios de cinema, como a FOX Home Entertainment, investem no formato que compete com o HD-DVD para substituir o tradicional DVD.
Disco Blu-Ray de 50 GB armazena filmes de altíssima definição
Por enquanto, a Fox distribui 10 mil unidades Blu-Ray em 27 títulos, entre eles filmes consagrados como O Diabo Veste Prada, A Era do Gelo, Quarteto Fantástico, Planeta dos Macacos 2001, O Dia Depois de Amanhã, Alien X Predador e X-Men 3. Segundo o diretor de marketing da Fox Brasil, Hegel Braga, os discos - que chegam com preços de R$ 99,90 e R$ 119,90 - devem ser bem recebidos pelo púbico.

"Estamos com uma expectativa grande. Essa nova tecnologia proporciona uma experiência completa para o consumidor apaixonado por cinema e 'home entertainment'. Ainda não temos o balanço de vendas, mas identificamos uma boa demanda. Ainda é um teste para conhecer o potencial do mercado", avalia Hegel.

A Fox prevê a importação de novos títulos já para o primeiro trimestre de 2008, como Duro de Matar 4.0 - que recebeu investimentos de US$ 348 milhões para o lançamento mundial - e Simpsons O Filme, além de programar para o segundo trimestre a chegado dos filmes em Blu-Ray Disc com legendas e dublados. O produto chega ao Brasil com o preço muito mais alto do que no exterior.

"Nos Estados Unidos, um Blu-Ray sai muito mais barato, a US$ 35. Isso acontece por causa de impostos e dos custos de importação, além da diferença entre oferta e procura, já que lá o Blu-Ray já ultrapassou a marca de 6 milhões nas vendas", explica o diretor.

Diferenças entre Blu-Ray e HD-DVD
O Blu-Ray Disc é conhecido como "blue" porque o feixe de laser para ler e gravar os dados tem coloração azul. Já o "HD" de HD-DVD significa "High Definition". Na disputa entre as novas tecnologias, o Blu-Ray apresenta algumas vantagens que podem ser o diferencial para que ele se estabeleça no mercado.

"Aos olhos da Fox, o Blu-Ray é uma tecnologia bastante superior ao HD-DVD porque armazena 66% a mais de dados. Além disso, é uma tecnologia que permite a convergência com games como o PlayStation 3. O próprio resultado de vendas demonstra a superioridade do Blu-Ray, que nos EUA é 70% superior ao HD-DVD", pondera Braga.

O Blu-ray (BD) tem menus integrados, jogos, material de bônus de alta definição e Java-enconding para uma interatividade mais dinâmica. Ela armazena 25 GB em discos de uma camada (50 GB em duas camadas), contra 15 GB do HD-DVD de uma camada (30 GB em duas camadas). Essa grande capacidade de armazenamento proporciona ao BD uma definição de imagem com seis vezes mais resolução que o DVD e áudio com qualidade de cinema, disponíveis em 32 canais.

O preço dos tocadores de Blu-ray e de HD-DVD ainda estão acima da realidade para a maioria dos consumidores, custando em média R$ 3 mil. Para o diretor de marketing da Fox Brasil, ainda é cedo para dizer qual formato será o sucessor do DVD.

"Seria futurologia dizer qual formato vai substituir o DVD. Aliás, é dramático dizer que vai haver uma substituição. O que está acontecendo é uma evolução do DVD tradicional e tem impacto direto na qualidade de assistir um filme caseiro. Estamos na infância desse mercado, é uma incógnita", avalia.

Em relação à possível pirataria do Blu-Ray, Hegel explica que esse procedimento ainda é tecnicamente inviável no país. "A tecnologia do Blu-Ray tem uma camada de proteção extra contra a pirataria e, como é um equipamento totalmente novo, dificulta o acesso ilegal porque sairia muito cara para o produtor pirata", acrescenta.

Para aproveitar a alta qualidade de resolução de ambos os formatos, um bom aparelho televisor é fundamental. "As televisões de LCD e plasma disponíveis no mercado brasileiro já têm uma qualidade suficiente de resolução para estourar o Blu-Ray. O ideal é que seja um aparelho televisor de LCD de mais de 1080 linhas e que não seja de tubo", considera.

Eu acho que em breve teremos um aparelho que terá dupla função: tanto em Blu-Ray quanto HD-DVD serão compatíveis, assim como ocorreu com as mídeas DVD+R e DVD-R todos os aparelhos passaram a incorporá-los.E isso não fará a mínima diferença para o comprador.
Novos formatos de Vídeo Blu-ray e HD DVD
O Blu-ray, assim como o HD DVD, é um formato para a exibição e armazenamento de vídeos de alta definição para ser usado com a nova tecnologia de HDTV. Ambos os formatos disputam o título de sucessor do DVD nas salas de estar, nos drives de computador e também nos consoles de videogame.
Desenvolvido por um grupo de empresas lideradas pela Sony, o Blu-Ray Disc Founders conta também com Samsung, Hitachi, Sharp, Panasonic, Philips e Mitsubishi. Além delas, LG e RCA, que estão no consórcio do HD DVD, também participam do Blu-ray.

Para o suporte aos padrões para PC, o grupo conta com o apoio de Dell e HP. Esta última também está no grupo de desenvolvedores do HD DVD.

O disco do raio azul
O Blu-ray possui o mesmo formato (12 cm de diâmetro) e a mesma espessura (1,2 mm) do DVD. Ele pode armazenar até 50 GB em uma mídia de camada dupla, ou 25 GB em um disco de camada simples. Diferentemente do DVD, que guarda os dados prensados entre duas camadas de policarboneto, o Blu-ray armazena as informações na superfície da mídia em uma camada de policarbonato muito fina.

Isto é feito para evitar um problema chamado “birefringence”, que faz com que a camada de policarbonato, na superfície do DVD, reflita a luz do laser dividindo-a em dois feixes. Além disso, deixa a camada com os dados gravados mais próxima das lentes de leitura, evitando distorção.

Como os dados estão na superfície do disco, a mídia é recoberta por uma capa protetora que previne riscos e marcas de dedos.
Os discos de Blu-ray só podem ser lidos pelos reprodutores de Blu-ray. Dentro do princípio de compatibilidade, os discos de DVD podem ser vistos nos aparelhos Blu-ray. Mas não há formato híbrido como o HD DVD.

O Blu-ray utiliza um laser de cor azul-violeta, como o HD DVD, para ler e gravar dados. O comprimento de onda deste laser é de 405 nanômetros, enquanto o DVD utiliza um laser vermelho que 650 nanômetros de comprimento de onda.

A diferença entre o comprimento de onda dos dois raios permite que, ao utilizar o laser azul-violeta, o Blu-ray tenha sulcos menores e trilhas muito mais próximas umas das outras, possibilitando armazenar mais informação em um mesmo disco de 12 cm de diâmetro por 1,2 milímetro de espessura.

O DVD de alta definição

O HD DVD é o formato de armazenamento e exibição de vídeo considerado evolução direta do DVD. Ele foi desenvolvido por um consórcio de empresas lideradas pela Toshiba, com o apoio da Intel, Microsoft, HP e NEC para o desenvolvimento dos drives para o PC e da LG e RCA, no desenvolvimento de reprodutores HD DVD.

O funcionamento do HD DVD é similar ao do DVD. Ambos têm o mesmo formato, tamanho e maneira como os dados são gravados —as informações são prensadas entre duas camadas de policarbonato. O HD DVD, porém, armazena até 30 GB em uma mídia de camada dupla (ou 15 GB em um disco de camada simples), contra os 8,5 GB guardados em um DVD de camada dupla.

O HD DVD utiliza um laser de cor azul-violeta para ler e gravar dados, com comprimento de onda de 405 nanômetros, mais curto que o do laser vermelho do DVD, com 650 nanômetros.

A diferença de cor pode parecer um dado sem importância, mas o comprimento diferenciado de onda dos lasers é que permite que o azul-violeta leia sulcos menores e trilhas muito mais próximas, possibilitando armazenar mais informação em um mesmo disco de 12 cm de diâmetro e 1,2 milímetros de espessura.

Além disso, o HD DVD utiliza a compressão de dados MPEG-4, que é mais eficiente que o MPEG-2 do DVD atual, e que permite ter vídeos com alta qualidade em arquivos de menor tamanho. O formato HD DVD chega a ter taxas de transmissão de dados para a TV de 36,55 Mbps, três vezes mais rápido que um DVD (11 Mbps).

Um reprodutor de HD DVD pode exibir as imagens de uma mídia de DVD. Por outro lado, um filme em um disco no formato HD DVD não será exibido em um tocador de DVD. Além disso, para ter a imagem com alta definição será necessário possuir um aparelho de televisão compatível com o formato HDTV.

Formato gêmeo

O HD DVD pode ter mídias com conteúdo para HDTV e para a qualidade convencional do DVD. Isso permite que elas sejam utilizadas nos aparelhos de DVD comuns, já bastante populares no Brasil. Estas mídias são chamadas “twin format” (formato gêmeo ou duplo). Elas possuem duas camadas, sendo uma de DVD no topo, que utiliza o laser vermelho e é transparente para o laser azul, e a de HD DVD abaixo, para o laser azul-violeta.

Uma outra opção de mídia para o HD DVD é o formato combinado (em inglês, combination format), com um lado da mídia em DVD e o outro em HD DVD.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Novo material provê luz constante por 12 anos sem eletricidade


A luz pode brilhar em qualquer cor, ser moldada e acrescentada a tinta, e tem baixo custo

A companhia MPK Co. desenvolveu um novo material luminoso capaz de gerar luz constante por 12 anos sem abastecimento de energia elétrica. Baseado na chamada litroenergia, o novo material é composto de micropartículas luminosas chamadas litrosferas, atóxicas e baratas, chegando a substituir uma lâmpada incandescente de 20 watts, conforme o site Treehugger.
Criada com base em tecnologia betavoltaica, que utiliza como fonte de energia um gás radiativo, as litroesferas são manufaturadas de modo a produzir uma leve emissão de elétrons incapazes de penetrar o vidro ou a parede de polímero em que forem colocados, explica o site Gizmodo.

A luz emanada pode ser projetada para brilhar em qualquer cor, além de poder ser moldada ou acrescentada à tinta. Para iluminar um pedaço de plástico de 21 x 27 cm o material empregado custaria apenas US$ 0,35.

"A tecnologia tem potencial para economizar bilhões em custo energético no mundo, a litroenergia ultrapassa todas as opções de iluminação conhecidas por custo, durabilidade, confiabilidade e segurança", diz Steve Stark, da MPK.

A companhia prevê que o invento será utilizado primeiro em equipamentos de segurança. Mais informações podem ser obtidas em tinyurl.com/28m98s.

Magnet

06/12/2007 - 10h19 TVs por assinatura não poderão mais cobrar por ponto extra

As operadoras de TV por assinatura não poderão mais cobrar pelo ponto extra. A medida faz parte do novo regulamento do setor, que entrará em vigor em 180 dias, contados a partir de ontem. Pelas novas regras, determinadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), os usuários passam a ter direito ao recebimento, em dobro e em dinheiro, das quantias pagas em decorrência de cobrança indevida.

De acordo com a Anatel, as operadoras de TV poderão cobrar pela instalação e pela ativação do ponto extra, mas não uma mensalidade fixa pela programação. As duas cobranças deverão ser feitas uma vez.

As empresas também poderão cobrar pela manutenção do ponto extra se houver solicitação de prestação de serviço feita pelo assinante. Segundo a agência, quem já tem ponto extra não precisará pagar instalação e ativação novamente.

O regulamento garante ao assinante o direito de contratar outra empresa para instalar pontos extras em sua casa. A fornecedora de TV por assinatura não poderá ser responsabilizada por interferências no sinal e o assinante poderá ser responsabilizado por danos no equipamento da operadora.

As novas regras garantem ao usuário o direito de pedir, sem custos, a suspensão do serviço por períodos entre 30 e 120 dias, uma única vez em um período de 12 meses.

A ABTA (associação das operadoras) criticou a publicação da mudança das regras para os assinantes. O principal alvo foi a obrigatoriedade de instalação de ponto adicional de TV sem custo da mensalidade. "[A instalação de um ponto a mais sem custo] não é possível porque é necessário um terminal e ele tem custo", disse o vice-presidente de tecnologia da ABTA, Antônio João Filho. Ele disse que as operadoras devem cumprir as novas determinações.Fonte: Folha de São Paulo

Alta definição deve elevar preço da TV por assinatura

A tão esperada programação em alta definição vai encarecer a assinatura da TV paga. As três principais operadoras do país --Net, Sky e TVA-- confirmam que será cobrado um adicional na mensalidade com o acréscimo desse conteúdo no pacote.

O sinal digital, que começou a ser transmitido no dia 2 na TV aberta só em São Paulo, já era realidade para assinantes que têm decodificador digital. Já o conteúdo em alta definição começa agora a ser produzido no país pelas emissoras. As operadoras alegam que, além do gasto extra com captação, haverá aumento de custos com a transmissão, já que, além do sinal em alta definição, o formato padrão continuará a ser enviado.

Isso vale também para programas internacionais, que já são produzidos em alta definição em seus países de origem, mas transmitidos para o Brasil em formato padrão porque não havia, até então, receptores capazes de captar o sinal.

Quanto a assinatura vai ficar mais cara ainda não foi definido. "Nenhum canal ousou dizer", afirma Luiz Eduardo Baptista, presidente da Sky. André Müller Borges, diretor-executivo corporativo da Net, reitera que esse aumento vai depender do que vai ser cobrado a mais pelo programador.

"O que traz queda de preço é escala", ressalta Baptista, pois, quanto mais assinantes quiserem o produto, menor será o valor cobrado por ele.

Nos EUA, o presidente da Sky diz que o adicional na mensalidade pelos canais em alta definição da DirecTV é US$ 6,99. Segundo ele, a operadora tem 400 canais, dos quais 100 têm o conteúdo nesse formato. Já as TVs a cabo cobram US$ 12, de acordo com o vice-presidente da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura), Antonio João Filho.

Gratuito por um ano, a Globosat terá, a partir da segunda quinzena deste mês, um canal na Net com toda a programação em alta definição, mas o conteúdo será uma miscelânea de programas de canais transmitidos em formato padrão.

Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a princípio, a operadora pode cobrar a mais pelo pacote com esse "plus", mas não pode obrigar ninguém a migrar. A análise oficial sobre a mudança, no entanto, só será feita pelo órgão com casos concretos.

Conversor

Além de pagar o adicional na mensalidade, os assinantes terão que ter um decodificador com conversor digital embutido para receber o sinal em alta definição. Até agora, só a Net anunciou o aparelho 'híbrido', por R$ 799, indicado para TVs de plasma e LCD. O equipamento já vem com um programa que permite a interatividade e, no início de 2008, vai possibilitar a gravação de até 80 horas de programação.

O conversor semelhante mais barato, para a TV digital aberta, custa R$ 699, sem interatividade nem possibilidade de gravação, o que comprova o subsídio (não informado) da Net para fidelizar o cliente.

De acordo com o diretor da empresa, há uma lista de espera de 2.000 pessoas pelo aparelho, mas o número de contratos já assinados não foi informado.

O presidente da Sky diz que o "híbrido" da empresa já está pronto e custaria R$ 599, mas não há data de início das vendas. "Não lanço porque acho que vai ser um fracasso".

A TVA vai anunciar o novo decodificador até março, que será cedido sem custo aos assinantes que compraram por R$ 899 o aparelho lançado em junho do ano passado --já apto a receber o sinal digital e em alta definição da TV paga (disponível só em um canal na operadora), mas não da TV aberta.Fonte:Folha de São Paulo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Espanhóis inventam avião-helicóptero sem piloto


Veículo, que não tem piloto, deve operar ativamente em 2010

O Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial da Espanha (Inta) apresentou hoje a primeira aeronave do mundo híbrida de avião e helicóptero sem piloto, que irá operar ativamente em 2010 e foi concebida para a vigilância de fronteiras e litorais.
Em declarações, o pai do projeto, o engenheiro aeronáutico Manuel Mulero, afirmou que o Helicóptero Adaptativo Avião (Hada) será a primeira aeronave capaz de mudar seu formato durante o vôo, decolando e aterrissando como helicóptero, mas também podendo desdobrar asas e voar horizontalmente como um avião.

Mulero assegurou durante o Congresso Internacional sobre Aviões Não Tripulados (UAV), realizado em Madri até sexta-feira, que, caso tudo corra bem, o projeto Hada representará um "grande impulso para a Espanha", já que seu projeto poderá ser aplicado futuramente em vôos tripulados.

O projeto Hada conta com financiamento de US$ 17,4 milhões e ficará em fase de testes até meados de 2008, quando se espera que entre em fase operacional.

Seu criador explicou que o aparelho irá tornar possível um vôo de cruzeiro de "alta eficiência" em menos tempo e com menos um terço de combustível atualmente necessário para tal tarefa.

Além disso, o Hada, cujo primeiro protótipo suporta uma carga de até 150 quilos e tem autonomia de até 6 horas de vôo, poderá ser empregado, por exemplo, no combate ao contrabando, ao tráfico de armas e à infiltração de terroristas, motivo pelo qual já tem sido alvo da atenção de instituições da Defesa espanhola.

EFE

Empresa lança novo tocador Blu-ray



DVD Blu-ray chega ao mercado com preço sugerido de R@ 2.999

A Samsung traz ao Brasil a terceira geração de tocadores Blu-Ray ao País. O modelo BD-P1400 tem tecnologias de som e imagem mais avançadas e o design refinado das TVs de LCD e Plasma da marca.

O tocador é capaz de exibir cenas Full HD (1920 x 1080p). Entre os recursos do novo aparelho estão a maior rapidez na produção de mídias, o processador HQV (Hollywood Quality Video), utilizado nas grandes produções do cinema americano, o formato de áudio Dolby TrueHD, que permite a emissão do som compactado sem perda de dados e a saída digital HDMI.

O BD-P1400 ainda exibe conteúdos multimídia em diferentes resoluções - 720p, 1080i e 1080p - e é compatível com praticamente todos os tipos de mídia (BD, DVD e CD), incluindo MP3 e fotos JPEG. O novo produto chega ao mercado com preço sugerido de R$ 2.999.

O disco Blu-Ray possui as versões single layer, com capacidade de armazenamento de 25GB, e dual layer, de até 50GB, que é cerca de cinco a 10 vezes maior em relação aos discos DVD.

Leitor de livro eletrônico da Amazon simplifica biblioteca digital



Kindle gasta pouca energia e oferece internet sem fio grátis nos Estados Unidos.
Livros custam a partir de US$ 3; usuário também pode assinar jornais e blogs.
É preciso muita audácia para lançar um leitor de livro eletrônico em 2007. Sem dúvida, a idéia tem o seu atrativo: um leitor eletrônico permite que você armazene centenas de livros, pesquise ou pule para qualquer parte do texto e aumente o tamanho da fonte quando sentir a vista cansada.

Mas os contra-argumentos não são menos convincentes. Os livros impressos são baratos, nunca ficam sem bateria e sobrevivem a quedas, derramamentos e atropelamentos. Além disso, seu formato de arquivo ainda poderá ser lido daqui a 200 anos.

Assim, os aparelhos para ler livros eletrônicos continuam chegando e frustrando, como é o caso do Rocket eBook Reader, do Gemstar, Everybook, SoftBook e Librius Millenium Reader. O Sony Reader continua nas lojas, custando US$ 350 e abocanhando literalmente dezenas de vendas.

Mas na segunda-feira (19), a Amazon lançou o seu próprio leitor de livros eletrônicos, o Kindle. O produto chega ao mercado custando US$ 400, sendo que o material de leitura é vendido separadamente. Esse pessoal enlouqueceu?

Pedaço de plástico


O Kindle é uma placa fina de plástico branco que pesa 280 gramas, revestida por um material que imita couro. Não é, veja bem, lindo; é todo feito de plástico branco, com ângulos pronunciados e junções expostas, com a bazófia de design de um Commodore 64 (videogame das antigas).

Sua parte levemente mais grossa do lado esquerdo pretende dar a sensação de um livro de brochura em sua mão. A tela utiliza a mesma tecnologia sensacional E Ink implementada pelo leitor da Sony. O visual é de tinta preta sobre papel cinza claro: sem luz de fundo, sem brilho, sem cansaço para os olhos, e sem a necessidade de desligá-lo, nunca.

Isso porque a E Ink consome energia apenas quando você vira uma página. Nesse momento, milhões de partículas são formadas em um padrão de letras (ou imagens em escala de cinza de quatro sombreamentos) por uma breve carga eletrônica, e ali podem permanecer para sempre, mesmo se você retirar a bateria. Não se desliga esse aparelho; você apenas o acomoda, como um livro. A "tinta" fica tão perto da superfície da tela que parece que foi impressa ali mesmo, o que torna a leitura agradável, concentrada e natural. Ao virar as páginas, apenas um flash preto e branco, que desconcentra um pouco, o faz lembrar que aquilo não é papel.

À direita do aparelho há uma faixa vertical entalhada da extensão da tela. O que parece um pedaço brilhante de cromo prateado percorre essa faixa à medida que você rola o botão clicável abaixo dela. Esse é o seu cursor; o fragmento prateado controlado eletronicamente que amplia e encolhe para ressaltar os botões ou pedaços da página na tela à esquerda.

Revolução on-line


Mas a verdadeira revolução está no serviço gratuito de banda larga sem fio do Kindle. Olha, se você acabou de engasgar com o café, você está perdoado; as palavras "gratuito" e "banda larga sem fio" quase nunca foram usadas na mesma frase antes. O Kindle faz o acesso on-line usando a rede de dados de celular 3G da Sprint, o mesmo serviço que custa US$ 60 por mês para usuários de laptops corporativos. O preço do Kindle dói menos quando você fica sabendo que a Amazon pagará toda a sua conta das conexões sem fio.
Portanto, o Kindle pode ter acesso on-line em quase todo lugar, não apenas em pequenos hot spots de cafés, mas também em táxis, filas e consultórios médicos.
Existe ainda um navegador web nada sofisticado. É ótimo para texto e imagem, ruim para layouts da web e inútil para transmissão de áudio ou vídeo. Mas com algum empenho, você consegue usá-lo para ler notícias, reagendar um vôo, monitorar blogs e até verificar o e-mail da web (como o gmail).

Mas não é por isso que a Amazon está pagando sua conta de conexão sem fio, e não é por isso que ela prejudicou o design com um teclado minúsculo. Não, a verdadeira finalidade é o download instantâneo de livros.

A loja do Kindle oferece as listas dos best-sellers, listas mais populares e uma caixa de pesquisa. O catálogo inclui 90 mil livros até agora, com 101 dos atuais 112 best-sellers do ranking do New York Times. Esse número desbanca o catálogo da Sony (20 mil livros), mas a Amazon afirma que isso é apenas a ponta do iceberg. Seu objetivo é que todo e qualquer livro impresso na face da Terra esteja disponível para download instantâneo.

É uma idéia revolucionária. Alguém comenta sobre um ótimo livro, qualquer livro. Você varre o Kindle, faz o download do livro em 60 segundos e começa a lê-lo.

A fantasia não foi totalmente concretizada por enquanto. Existe uma quantidade infinita de bons títulos na loja do Kindle, mas não se encontra tudo. Não há nenhum da série "Harry Potter", e também não encontrei "A Menina que Roubava Livros", nem "Uma Verdade Inconveniente".

Mesmo assim, a gratificação imediata do recurso sem fio é inebriante, sobretudo se comparada ao método desajeitado usado pelos leitores eletrônicos anteriores: por um Windows PC e um cabo.


Sebo virtual


tra reviravolta: os livros da Kindle em geral custam menos da metade do preço dos livros impressos (e muito menos do que os livros eletrônicos da Sony). É uma questão de bom senso: por que um arquivo digital custaria tanto quanto um objeto físico, manufaturado e distribuído? A maioria dos livros "capa dura" da Kindle custa US$ 10. Títulos como "I Am America (and So Can You)", "Deceptively Delicious" e "Freakonomics" custam US$ 10 no Kindle; os preços desses livros nas lojas são US$ 25 ou US$ 26. Livros mais antigos saem por US$ 3 a US$ 6.
ocê pode ainda assinar os principais jornais, como o NYT, por US$ 13 por mês. Seu jornal chega às 3 da manhã, silenciosa e automaticamente, completo com todos os artigos e fotos (embora sem os quadrinhos, palavras cruzadas, classificados, etc). Disponíveis ainda: revistas (por exemplo, US$ 1,50 por mês pela Time) e blogs (US$ 2 por mês).

Claro que mesmo com esses preços tão baixos, você ainda irá demorar bastante tempo para recuperar o preço de US$ 400 que pagou pelo Kindle; esta máquina tem a ver com conveniência, não economia.

Mas se você estiver meio sem dinheiro, pode também alimentar o Kindle com seus próprios documentos e fotos, por e-mail. Você, ou seus subordinados autorizados, podem enviar por e-mail arquivos em Word, PDF, JPEG e de texto diretamente para o seu endereço especial do Kindle, inclusive qualquer um dos 20 mil livros eletrônicos gratuitos e de domínio público do Gutenberg.org. A Amazon cobra US$ 0,10 por documento enviado por e-mail, mas se até isso for caro demais para o seu bolso, você pode ainda transferi-los de um Mac ou PC, por um cabo USB.

Esse recurso permite que você analise documentos, contratos e manuais de usuário enquanto estiver em trânsito, sem precisar de um laptop.


Milhares de livros


O Kindle tem capacidade para cerca de 200 livros. (Eu, como escritor, fiquei um pouco atormentado ao saber que todos aqueles meses de trabalho acabaram reduzidos a um patético arquivo de texto de 800 kbytes.) É possível inserir um cartão de memória SD para armazenar mais milhares.

Todo o seu material de leitura, suas anotações, destaques e marcações, ficam automaticamente em backup no Amazon.com. Você pode apagar itens quando o Kindle estiver cheio, com a certeza de que poderá fazer outro download posteriormente.

A Amazon afirma que você obtém o equivalente a dois dias de leitura por carga de bateria substituível, ou uma semana, se mantiver o recurso sem fio desligado.

O Kindle também toca os áudio-livros que você compra do Audible.com, mas eles precisam ser comprados e carregados a partir de um computador. Você pode até tocar arquivos MP3 como música de fundo para a sua leitura (apenas no modo random).


Uma nova leitura


No entanto, há também os probleminhas. As margens direita e esquerda do Kindle são botões gigantescos de “página anterior” e “próxima página” e é praticamente impossível evitar clicá-los sem querer. Existe um botão “retornar”, mas não um botão “avançar”, o que representa um verdadeiro empecilho quando você está na web ou na loja do Kindle.

Não é possível fazer a leitura na orientação paisagem. E não é possível mudar o tamanho da fonte na web, nem mesmo na loja Kindle, cujo texto é realmente minúsculo.

Sendo assim, o Kindle pode até não ser uma cesta de três pontos, mas é no mínimo uma bela enterrada. Ele garante o que é mais importante: a experiência de leitura, a resistência e a configuração extremamente simples do software. Sem contar aquela história do download instantâneo sem fio. Poxa, isso é demais!

Embora a maioria das pessoas sempre preferirá a sensação, o preço e a simplicidade do livro em papel, o Kindle é, de longe, o aparelho mais bem-sucedido a inserir a leitura na era digital. Não, não é a última palavra em leitura de livros. Mas quando seu preço diminuir e seu design se tornar mais arrojado, o Kindle poderá ser o começo de um novo capítulo imperdível.Fonte: New York Times

NET terá conversor para transmitir TV digital por 800 reais


Assinantes que tiverem novo decodificador da empresa não precisarão de conversor.
Empresa receberá o sinal digital das emissoras e o repassará para os assinantes.
O serviço de TV por assinatura NET anunciou nesta sexta-feira (30) que oferecerá a seus clientes um decodificador com capacidade de receber as transmissões de TV digital dos canais abertos.

Neste domingo (2), estréia na grande São Paulo as transmissões de TV digital (veja aqui como funciona essa tecnologia). A data de estréia refere-se apenas à programação das emissoras abertas; o lançamento do serviço Net Digital HD só está previsto para meados de dezembro, em São Paulo.

A empresa já tem o serviço Net Digital, mas todos os interessados em assinar a alternativa em alta definição terão de pagar uma taxa de adesão de R$ 800. Com esse valor, o assinante receberá um decodificador no regime de comodato, aparelho que fará a transmissão de maior qualidade -- inclusive dos canais da TV aberta. A novidade só estará disponível para os assinantes da grande São Paulo que têm, pelo menos, o plano Advanced (R$ 120 mensais).

Aqueles que tiverem o decodificador não precisarão comprar o conversor digital (set-top box), com preços que variam de R$ 500 a R$ 1,1 mil, nem ter uma antena UHF. Isso porque, explica a NET, a empresa receberá a transmissão digital das emissoras abertas e a repassará para os assinantes. Os interessados no serviço podem contatar a empresa a partir de sábado (1), mas ainda vai levar pelo menos 15 dias para a novidade chegar aos consumidores.

O primeiro canal com conteúdo nacional produzido e exibido em alta definição será o Globosat HD, canal 501 da NET. Ele reunirá programas de diversos canais da Globosat, como conteúdo musical do Multishow, programas do GNT, filmes da Rede Telecine e programação esportiva da SporTV. O canal terá seis horas de programação original, das 19h à 1h, sendo que essa grade será repetida em mais três blocos. A NET afirma que está em negociação com outros canais, para a disponibilização de conteúdo em alta definição.

O decodificador da NET não terá o sistema de interatividade Ginga, desenvolvido no Brasil, que será integrado futuramente aos conversores. “As aplicações de interatividade compatíveis com o Ginga terão de ser adaptadas para o nosso formato”, afirmou Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da NET. Ainda de acordo com o executivo, entre fevereiro e março do ano que vem os clientes terão acesso à tecnologia DVR, que permitirá a gravação de programas no disco rígido interno do decodificador (160 GB).

A empresa aconselha que apenas os clientes com aparelhos de TV de plasma ou LCD prontos para a tecnologia HDTV optem pela novidade, pois a qualidade da imagem não sofrerá alterações na TV de tubo.
Mais informações:
Assinante deve adquirir conversor da NET por 799 reais e terá, além da programação HD de canais abertos, o canal Globosat HD.

A NET Serviços vai iniciar a partir do dia 2 de dezembro a transmissão de sinal digital de TV em alta definição.

Para assistir aos conteúdos em alta definição, o assinante deve adquirir um conversor oferecido pela NET por 800 reais, dividido em 10 vezes. O decodificador NET Digital HD é voltado a televisores plasma ou LCD.
Os conteúdos serão exibidos em full HD no formato 16:9 (widescreen) e com som Dolby Digital.

Além da programação dos canais abertos em alta definição, a NET vai oferecer aos seus clientes o canal Globosat HD, que trará apenas conteúdos em alta definição, incluindo shows (Multishow), programas (GNT), filmes (rede Telecine) e esportes (SporTV).

O canal Globosat HD vai exibir seis horas de programação diária com estréia em horário nobre, das 19h à 1h, e repetição da programação durante o resto do dia.

Um dos diferenciais do conversor oferecido pela NET é a memória interna de 160GB, que permite gravar até 80 horas de programação.

Os clientes poderão habilitar os recursos de armazenamento, além de avançar e retroceder os conteúdos em tempo real.

Toshiba suspende planos para vender TVs ultra-finas



A Toshiba disse nesta terça-feira que arquivou os planos de vender TVs ultra-finas com telas de diodio orgânico emissor de luz (Oled) em 2009/10 devido ao alto custo de sua produção em massa.

A Toshiba irá seguir seus planos de comercializar telas menores de oled para telefones celulares no próximo ano, e analisará o mercado para ver se produzir TVs com oled é comercialmente viável, afirmou Keisuke Ohmori porta-voz da Toshiba. A produtora rival de eletrodométicos Sony começou a vender TVs de oled em novembro, mas os custos de desenvolvimento limitaram sua exportação em 2 mil unidades por mês.

Fabricantes de telas e TV vêem as telas de oled como um possível gatilho para crescimento, já que o oled produz imagens mais claras, usa menos energia e são mais finas pois eles não precisam de iluminação traseira como as telas de cristais líquido (LCD). Em abril, a Toshiba havia dito que visava o mercado de TVs de 30 polegadas de OLED para março de 2010.