quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A Briga dos Formatos:Blu-Ray & HD-DVD



Ambos os formatos estão perto de entrar em cena vamos analisar e ver se podemos adaptar ao sucessor do DVD no dia a dia.
O aparecimento do compact disc no início dos anos 80 traduziu-se num enorme crescimento da indústria musical e representou um grande avanço para os consumidores. Antes disso, a reprodução de áudio estava limitada a cassetes ou discos de vinil. Apesar de ambos os formatos de gravação terem as suas vantagens, assim como uma base sólida de utilizadores, havia o sentimento generalizado de que começavam a acusar o peso da idade. O CD introduziu uma qualidade de som superior e a capacidade de navegar até qualquer faixa do álbum. As faixas podiam ser reproduzidas por qualquer ordem e as dimensões dos discos transformaram-nos em dispositivos realmente portáteis.

É de estranhar, portanto, que tivéssemos de esperar mais 12 anos até que uma revolução idêntica trouxesse para o pequeno ecrã a reprodução cristalina de filmes e uma funcionalidade intuitiva.

Como se veio a verificar, o DVD é o formato mais bem-sucedido de sempre.
Nenhum outro suporte de dados foi adoptado pelo público tão rapidamente como o Disco Versátil Digital.

Decididamente, o tamanho importa
Dado o sucesso alcançado pelo DVD, muitas pessoas foram da opinião que não havia necessidade de fazer mais alterações no formato de vídeo digital. Um ponto de vista aceitável, talvez, mas que simplesmente não é válido. Embora seja possível enfiar até 9GB num disco de face simples com dupla camada, actualmente isso já não é suficiente. A razão? Os filmes de alta definição ocupam entre 15 a 20GB, pelo que são demasiado grandes para caberem num DVD normal.
Dicas:
> Antes de fazer o upgrade para HD-DVD ou Blu-ray, tenha em consideração os equipamentos que serão necessários.
> Embora muitas placas de TV incluam nas suas especificações que estão aptas para a reprodução de conteúdos de alta definição, precisa de poder receber transmissões não codificadas de alta definição, o que ainda não é uma prática generalizada.
> Actualmente não existem gravadores de HD-DVD para PC, muito embora os suportes graváveis já se encontrem disponíveis.
> Mesmo que as especificações de um televisor indiquem que o mesmo é compatível com conteúdos de alta definição, verifique se possui portas HDMI.
> As resoluções de alta definição são normalmente referidas como 1080 ou 720, que representam o número de pixels verticais.
À semelhança do que sucede com todos os padrões da indústria de TI, a transição de um para o outro nunca é fácil. Tal como na década de 80 havia vários padrões de vídeo (Betamax, Video 2000 e VHS), hoje temos dois formatos que competem pelo primeiro lugar no pódio do armazenamento óptico da próxima geração. A Toshiba e a NEC cerraram fileiras atrás do HD-DVD, ao passo que o Blu-ray está a ser desenvolvido principalmente pela Sony e pela Philips. Ambos os formatos apresentam capacidades acrescidas superiores inclusive às dos DVD de dupla camada. O HD-DVD é o que tem menos capacidade dos dois, com um máximo de 15GB por camada; o disco Blu-ray equivalente, por seu lado, consegue armazenar 25GB. A Toshiba conseguiu criar um disco HD-DVD de tripla camada com uma capacidade de 45GB, enquanto a TDK está firmemente instalada no campo do Blu-ray e já demonstrou um disco Blu-ray de 200GB que utiliza seis camadas.
Laser vermelho, laser azul
Os formatos HD-DVD e Blu-ray partilham uma base comum, visto que em ambos os dados são lidos por intermédio de um laser azul-violeta. O DVD e o CD utilizam lasers vermelhos. O modo como o laser funciona é que torna possível guardar um volume imensamente maior de dados num disco que, fisicamente, tem o mesmo tamanho de um CD ou DVD. O laser azul possui um comprimento de onda mais curto (405 nanómetros) em comparação com o vermelho do DVD (650 nm) e o do CD (780 nm). O encurtamento do comprimento de onda permite comprimir mais pacotes de dados no mesmo espaço. Um dado crucial, no entanto, é que o HD-DVD e o Blu-ray não utilizam o mesmo método de gravação de dados. Por conseguinte, não é possível ler um HD-DVD num leitor de Blu-ray e vice-versa.
Isto deu origem àquela que é largamente conhecida como a guerra de formatos. A maioria das principais empresas no sector da tecnologia tomou partido por um dos campos, enquanto algumas delas jogam pelo seguro, afirmando que estão bastante satisfeitas por apoiarem os dois padrões. A Sony é tida como a força impulsionadora por trás do Blu-ray, ainda que se trate apenas de um membro da Blu-ray Disc Association (BDA). Entretanto, a Toshiba é o rosto não oficial do HD-DVD.

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