quarta-feira, 23 de maio de 2007

Maxtor OneTouch III Turbo


Espaço em disco nunca é demais, e também parece que nunca é suficiente. Não importa se seu disco rígido é de 40, 80 ou 250 GB, você vai notar a falta de espaço quanto menos espera. Como não é possível conseguir “espaço ilimitado” (pelo menos não por enquanto), podemos pelo menos pensar a longo prazo: por mais ávido que você seja nos downloads , ou prolífico na edição e criação de vídeo, vai demorar até conseguir “lotar” um disco de 1 Terabyte como o Maxtor OneTouch III Turbo.

Com dimensões de 13,6 x 6,5 x 21,7 cm e pesando cerca de 2.6 Kg, este simpático “tijolo” tem visual discreto e cabe em qualquer canto da sua mesa. A conexão ao micro pode ser feita via USB 2.0, FireWire 400 ou FireWire 800 (cabos inclusos). Mesmo durante o uso ele é bastante silencioso, e o único indicador de atividade é o LED branco piscando na frente do gabinete.

Internamente ele é composto por dois discos rígidos de 500 GB cada, que podem ser configurados como um array RAID 0 (striping), aparecendo para o sistema como um único volume de 1 TB, ou RAID 1 (mirroring). Nesse modo, “apenas” 500 GB estão disponíveis para dados. Tudo o que é gravado no primeiro disco é replicado no segundo, criando um backup automático. Se um dos discos falha, o outro assume automaticamente o lugar, os dados continuam a salvo e o usuário sequer nota o problema.

O software Maxtor OneTouch Manager, que acompanha o produto, facilita muito tarefas como a formatação do disco, seleção do modo RAID, ajustes de desempenho e definição de rotinas de backup. Um recurso útil é a criação de “pontos de restauração”, instantâneos do sistema em determinado momento. Mais tarde, caso um documento se corrompa ou uma informação importante se perca, é possível “voltar no tempo” e restaurar o disco como estava no momento em que o instantâneo foi capturado. É algo similar à “Time Machine”, recurso da próxima versão do Mac OS X, codinome Leopard.

Em nossos testes a taxa de transferência para leitura e escrita ficou em 34,9 MB/s para escrita e 33 MB/s para leitura, quando conectado ao micro via USB 2.0, mesmo valor especificado pela Maxtor. Segundo a empresa, a taxa de transferência pode chegar a 43 MB/s numa conexão FireWire 400 e 91 MB/s numa conexão FireWire 800, um excelente desempenho.

O OneTouch III Turbo Edition é a forma mais fácil e rápida de adicionar quantidades absurdas de espaço em disco ao seu computador . Não é barato (quatro discos internos de 250 GB dão na mesma, e custam menos), mas você paga pela facilidade e instalação e comodidade na configuração e uso. Se você lida com vídeo digital ou quer todos os vídeos e músicas da internet em casa , vale a pena.

Maxtor OneTouch III Turbo Edition
Maxtor, www.maxtorsolutions.com
US$ 900

ATI mostra nova linha de placas de vídeo Radeon HD


GPU ATI R600A ATI (acho que nunca vou me acostumar a chamá-los de AMD) está anunciando sua nova família de aceleradoras 3D , a Radeon HD 2000. São três modelos de placas para computadores desktop (Radeon HD 2900, Radeon HD 2600 e Radeon HD 2400) e três para computadores portáteis (Mobility Radeon 2600, Mobility Radeon 2400, Mobility Radeon 2300), todas compatíveis com DirectX 10, prontas para trabalhar em CrossFire e capazes de reprodução de vídeo em alta-definição (daí o HD no nome) e de rodar a experiência “premium” do Windows Vista ou seja, com Aero e todos os seus efeitos.

As novas placas marcam a estréia da Unified Shader Architecture, derivada da GPU “Xenos” usada no XBox 360. Em vez de pixel shaders e vertex shaders dedicados, a placa possui o que a ATI chama de “Stream Processors”, unidades que podem ser reconfiguradas para desempenhar a função mais necessária no momento. Em uma cena com geometria muito complexa, os stream processors podem atuar como vertex shaders, e depois se transformar em pixel shaders para tratar uma cena com muitos efeitos visuais, eliminando gargalos. A NVIDIA usa arquitetura similar em suas placas da série GeForce 8, como a 8800.

O número de stream processors (e a quantidade e velocidade do barramento de memória) é a principal diferença entre os novos modelos. A Radeon HD 2900, voltada aos gamers entusiastas, tem 320 stream processors. A HD 2600, para o mercado mainstream, tem 120 e a HD 2400, para quem quer baixo custo, tem apenas 40 deles. Os modelos 2600 e 2400 tem unidades dedicadas para decodificação de vídeo em alta-definição. Já a 2900 usa os stream processors extras para essa tarefa. Em todo caso, o resultado é vídeo em alta-definição com uso de CPU de apenas 10% em uma máquina equipada com um processador Intel Core 2 Duo de 2 GHz.

A Radeon HD 2900 XTX está disponível a partir de hoje no mercado norte-americano, com preço sugerido de apenas US$ 399. Este modelo será produzido apenas pela ATI, visando oferecer aos consumidores um produto com o máximo de estabilidade e desempenho. Para adoçar ainda mais as coisas, chega em breve aos EUA um pacote com uma Radeon HD 2900 XTX e três jogos completos (Half-Life 2 - Episode 2, Team Fortress 2 e Portal) pelo mesmo preço. Ainda não há preço oficial no Brasil, mas a estimativa é que a placa custe cerca de R$ 2.000.

A Radeon HD 2900 ocupa dois slots e tem dissipação de calor ativa

Já os outros dois modelos chegam ao mercado no fim de junho, com preço sugerido de US$ 99 (Radeon HD 2400) e US$ 199 (Radeon HD 2600). E alguns fabricantes já anunciaram notebooks equipados com os processadores móveis: a HP mostrou recentemente seu Pavilion HDX, codinome “The Dragon”, com uma Radeon Mobility HD 2600.

USB sem fios!


Eu sou atraído por novas tecnologias como uma abelha pelo mel. Adoro testá-las, independente de serem práticas para o uso diário. Vocês podem imaginar, então, como fiquei empolgado quando ouvi falar do novo Belkin Cable-Free USB Hub. Esse hub é para pessoas que querem conectar aparelhos USB a seus computadores a mais de 4,5 metros (que é o limite dos hubs USB 2.0) de distância ou para quem quer se livrar dos cabos. Nós mostramos que esse era um dos 10 maiores problemas, em agosto de 2005, e mencionamos a ultra-wideband (UWB), a tecnologia por trás dos aparelhos da Belkin, como uma das soluções possíveis. Foi por isso que fiquei tão curioso em ver como esse primeiro dispositivo UWB para usuários finais funcionava.

Como o Cable-Free USB Hub usa UWB, ele não interfere em nenhum dos outros produtos sem fio. A tecnologia já é usada há algum tempo pelos militares para comunicações seguras e radares de penetração no solo, mas o produto da Belkin é o primeiro disponível comercialmente. O hub baseia-se no chipset wideband Wisairs, que usa o padrão OFDM (Orthogonal Frequency Division Modulation), uma técnica de modulação também usada em produtos 802.11a e 802.11g.

Com o preço de US$ 199,99, o Belkin Cable-Free consiste em um hub USB de quatro portas com um transceiver UWB interno, um adaptador UWB e uma base de extensão USB que permite posicionar o adaptador para conseguir a melhor performance. O software inclui drivers e um utilitário para parear o adaptador com o hub sem fio.

Ao contrário dos hubs USB tradicionais que se auto-configuram quando são conectados, o Cable-Free USB Hub necessita da instalação de vários drivers. Depois de instalados, é preciso rodar o utilitário e digitar o endereço MAC de 12 dígitos que está na base do hub. Isso pareia o adaptador UWB e o hub da mesma forma que os aparelhos Bluetooth . Você só precisa fazer isso uma vez. Depois da configuração inicial, ela ocorre automaticamente quando os dois aparelhos estiverem dentro da área de alcance um do outro. O utilitário só permite a configuração dos canais de operação e das velocidades. Um indicador de potência do sinal e de envio/recebimento de pacotes está entre os recursos disponíveis. Tudo isso é menos complicado do que parece; eu consegui fazer o pareamento em poucos minutos.

Testando o hub

Para testar o desempenho do Cable-Free Hub, eu copiei alguns arquivos do computador para um cartão (e vice-versa) Ultra CF de 1 GB da SanDisk (o cartão da minha câmera D-SLR) e um cartão Ultra SD de 2 GB da Kingston (o da minha câmera compacta). Para estabelecer um padrão para os testes de leitura e gravação dos dois cartões de memória, conectei um leitor universal de cartão de memória da SanDisk diretamente na porta USB 2.0 do meu IBM ThinkPad T40. Rodei cada teste de leitura e gravação 3 vezes, calculei velocidade de transferência em Mbps e tirei a média.

Depois, conectei o leitor de cartão SanDisk ao hub Cable-Free USB e posicionei-o a 2,5 metros de distância do adaptador UWB. Aceitei a configuração automática padrão tanto para a seleção de canal como para a velocidade e notei que a potência do sinal variava entre 70 e 90%. Assim como nos testes “com fio”, fiz os testes em cada cartão de memória também 3 vezes, calculei a transmissão e tirei a média dos resultados.

A transferência de arquivos usando o Cable-Free USB Hub foi muito mais lenta do que com o leitor de cartões conectado diretamente ao computador. A última linha do gráfico mostra a transmissão do Cable-Free como uma porcentagem da transmissão direta. Mesmo pegando apenas os melhores resultados, o hub Cable-Free só alcançou 1/5 da velocidade de transferência com fio. Meus arquivos de teste no cartão SD consistiam em 1 GB de arquivos de vídeo que eu filmei com uma Canon SD550. A transferência desses arquivos do cartão para o computador levou 1 minuto e quarenta e nove segundos. Levei 10:56 para copiar os mesmos arquivos usando o hub Cable-Free.

A Belkin merece um reconhecimento por ajudar a introduzir a tecnologia UWB ao mercado consumidor. Mas como uma grande parte dos produtos pioneiros, o Cable-Free USB Hub é caro e seu desempenho deixa muito a desejar. Preço e desempenho tendem a melhorar com o lançamento de mais produtos UWB. Por enquanto, eu não compraria. Mas fiquem ligados: com o tempo, o UWB pode virar o novo Bluetooth.

Belkin Cable-Free USB Hub
Belkin, www.belkin.com
Preço: US$ 199

Apple Macbook Pro 15-inch (Core 2 Duo)


Muitos de nós ficamos empolgados com a troca realizada pela Apple para os processadores Intel Core Duo. Mais que isso: ficamos surpresos quando a Intel entrou com força com o chip Core 2 Duo alguns meses atrás. Quase todos os fabricantes de laptops com Windows lançou algum sistema novo por causa dessa transição - mas a Apple não foi tão rápida. Quando a empresa finalmente começou a introduzir em seu sistema o processador Core 2 Duo em Agosto, somente desktops iMacs receberam o upgrade. Os clientes fiéis da Apple ficaram aguardando desde o começo, o lançamento do MacBook Pro (Core 2 Duo). Os últimos meses foram eternidades para esses clientes, mas agora ele já está disponível e posso dizer que sua performance e suas funções são excelentes. O novo MacBook ganhou o prêmio Escolha do Editor.

Como esperado, o MacBook Pro com 15 polegadas chegou pra ficar, com o mais rápido Core 2 Duo, o 2,33 GHz T7600. Pra se ter uma idéia, ele é um dos mais rápidos do mercado. O sistema possui 2 GB de memória RAM para aqueles que precisam utilizar o Adobe Photoshop CS2 e sistemas operacionais virtualizados no desktop – operações que deixam o computador super pesado - e com a placa ATI Mobility Radeon X1600. Se você quiser instalar o Windows para jogar, verá um grande aumento de performance em games 3D .

Como muitos testes são compatíveis apenas com Windows, instalei o software gratuito Boot Camp Beta da Apple. Ele permite particionar o HD para que rode dois sistemas operacionais. Desde meu último teste, o programa estava passando por algumas revisões e agora já suporta mais dispositivos, fazendo com que os testes para o SYSmark 2004 SE e o MobileMark 2005 sejam satisfatórios. O SYSmark 2004 SE do MacBook Pro de 15" alcançou 24% e 20% menos em comparação com o Dell XPS M1710 (Core 2 Duo) e o Alienware Area-51 m5550, respectivamente. Tanto o Dell como o Alienware possuem HDs mais rápidos (7.200-rpm) e melhores placas gráficas, apesar de a Apple oferecer um upgrade para um HD de 7.200-rpm para os entusiastas em performance. Ainda assim, o MacBook Pro 15" conseguiu velociades estelares tanto em multimídia como em produtividade de office. O MacBook Pro também melhorou bastante em relação à versão anterior com o Core Duo em vários testes de benchmark para games. Quarenta por cento mais rápido no 3DMark 2005, 39% no Doom 3 e impressionantes 120% no Splinter Cell: Chaos Theory.

O Mac OS 10 ainda tem problemas com o suporte a aplicativos. O Photoshop CS2 ainda roda em modo de emulação no Mac Os, então você perceberá alguma lentidão até que a versão binária universal saia em 2007. Mas isso não significa que você não irá poder utilizar o Photoshop no Windows. Graças aos 2GB de memória RAM e ao poderoso processador do MacBook Pro meus scripts do Photoshop terminaram em 1 minutos e 25 segundos no Windows. Os produtores de vídeos irão desfrutar o novo Core 2 Duos que mostra melhorias de 25% sobre o antigo Intel Core Duo. Nos meus testes de vídeo, a finalização da edição durou 5 minutos e 35 segundos.

Minha maior preocupação com o processador é que ele fica mais quente do que os anteriores. Surpreendentemente não há muita diferença. Utilizei um termômetro infravermelho e a temperatura chegou a 106 graus fahrenheit. E os outros sistemas: Alienware m5550 e o WinBook T231 – os dois baseados em Windows chegaram a 114 e 120 graus respectivamente. A Apple atribui isso ao sistema de gerenciamento de controle do firmware que automaticamente regula a velocidade do cooler. Para compensar o calor do processador, foi aumentada a velocidade do cooler, o que acaba causando um pouco de barulho. A temperatura não afeta o tempo de duração da bateria – 2 horas e 45 minutos utilizando a bateria 60-WH.

Uma nova porta foi adicionada a este modelo – uma FireWire 800. Isso aconteceu em toda linha MacBook, não apenas no de 15 polegadas. Outra função interessante, é que agora é possível gravar DVDs com dual-layer com capacidade para 8,5 GB. Com relação ao espaço do HD, realizei os testes utilizando um modelo com 120 GB, mas você pode adquirir um de 200 GB com 200 dólares a mais. Você não precisa se preocupar com vírus ou spywares e ainda recebe um pacote com o software iLife 06 Suite.

Agora que o Intel Core 2 Duo está disponível no MacBook Pro, não acho que vá acontecer outro lançamento de processador por equanto – tudo isso para que não se preocupe em comprar este laptop com medo de sair um novo processador. Com a implementação do Boot Camp Beta e os softwares desenvolvidos por terceiros você poderá rodar o Windows com mais eficiência do que antes. Não se preocupe com a temperatura, ela não é diferente dos laptops baseados em Windows. O MacBook Pro 15-inch (Core 2 Duo) da Apple é o melhor laptop do mercado e oferece excelente performance e ótimos recursos .

Apple Computer Inc.
http://www.apple.com

Videoconferência na estrada


O ASUS W7F é uma máquina para profissionais que precisam de contato com o mundo em qualquer situação – basta ter uma conexão à internet e pronto. Baseado na plataforma Centrino Duo, ele tem um processador Intel Core Duo (T2300) rodando a 1,66 GHz, 512 MB de RAM e 80 GB de espaço em disco. A unidade óptica é um DVD Multi (DVD±R/RW). Vídeo (Intel GMA 950) e áudio (Intel Azalia) são onboard. A interface de rede é uma Realtek RTL 8168/8111 Gigabit Ethernet e a interface wireless é uma Intel Pro/Wireless 3945ABG, compatível com os três principais padrões de rede sem fio (802.11a, b e g) no mercado.

O LCD de 13,3 polegadas e resolução de 1280x800 pixels tem cobertura Color Shine e ótima qualidade de imagem. Acima dele, há uma webcam de 1,3 megapixel. Combinada ao microfone embutido, ela compõe uma boa solução para videoconferência, sem a necessidade de carregar periféricos extras. Se você não gosta de trackpads, não se preocupe: um mouse Bluetooth (produzido pela Logitech) acompanha a máquina, equipada com um módulo Bluetooth 2.0+EDR que permite transmissão de dados com mais velocidade que um módulo Bluetooth comum. Um leitor de cartões multimídia 4-em-1 (SD, MMC, Memory Stick e Memory Stick Pro) completa o conjunto de recursos. Um slot para cartões ExpressCard |34 permite a expansão futura do equipamento.

Durante os testes com o Sysmark 2004 SE, a máquina atingiu a marca de 216 pontos na criação de conteúdo para a internet e 134 pontos no conjunto de aplicativos de escritório. Já no teste de produtividade com o Mobilemark 2005, foram 130 pontos, com uma autonomia de bateria de cerca de três horas. É um resultado abaixo do esperado para uma máquina desta categoria, principalmente se comparado a outros modelos com configuração similar, como o HP nx6320, que obteve 198 pontos nesse mesmo teste. A autonomia de bateria foi de 02:28 na reprodução de DVDs, 03:34 na navegação via wireless e 04:03 na leitura de documentos.

Uma característica bastante atraente do ASUS W7F é sua ótima compatibilidade com o Linux. O teste foi feito usando o Ubuntu Linux 6.06 “Dapper Drake” instalado no HD. Praticamente todo o hardware foi reconhecido automaticamente, incluindo a interface wireless e o leitor de cartões, itens que costumam encrencar com o sistema. O modem (um WinModem) pode ser habilitado com um pouco de trabalho manual, mas infelizmente a webcam (uma Sonix SN9C203) ainda não é suportada. No final das contas, só precisamos fazer dois pequenos ajustes para deixar a máquina a todo vapor.

O primeiro foi a instalação do 915resolution, utilitário encontrado no repositório de pacotes Universe do Ubuntu. Ele é necessário para habilitar a resolução nativa de 1280x800 pixels do monitor LCD. O processo é simples, não é necessária nenhuma configuração manual: basta instalar o programa via Synaptic (o gerenciador de pacotes do Ubuntu) e reiniciar o computador. O segundo problema foi com o som, pois apesar de parecer que o módulo correto estava carregado e tudo estava funcionando, não havia som nenhum saindo dos alto-falantes ou fones de ouvido. Uma rápida busca nos fóruns do Ubuntu revelou que basta adicionar uma linha (options snd-hda-intel model=3stack) ao final do arquivo /etc/modules.d/alsa-base e reiniciar o sistema para que tudo passe a funcionar.

O visual elegante, bom conjunto de recursos e compatibilidade com o Linux tornam o ASUS W7F uma máquina bastante atraente, mas o desempenho ficou aquém do esperado na sua categoria. Algumas mudanças seriam bem-vindas: a câmera é fixa no topo do monitor, mas seria interessante poder movê-la 180 graus, como as de muitos celulares. O microfone está mal-posicionado, no canto inferior direito do gabinete. Seria melhor colocá-lo junto à câmera, mais próximo da boca do usuário. E, claro , melhorar o desempenho para trazê-la ao patamar das outras máquinas Core Duo no mercado.


ASUS A7F
R$ 5.399, Asus,http://br.asus.com

O portátil duro na queda


Quedas espetaculares no chão, derramamento de enormes quantidades de café, pancadas inadvertidas enquanto está na bolsa. Se seu notebook nunca foi submetido a uma dessas torturas, é só uma questão de tempo. É muito fácil arruinar milhares de reais com um pequeno descuido. Muitas vezes nos perguntamos: por que não fazem essas coisas mais resistentes? Pois resistência é a promessa do Durabook R14K, da Twinhead.

O processador do Durabook é um AMD Turion 64 Mobile, rodando a 1,6 GHz e acompanhado por 512 MB de RAM. Para vídeo, estão reservados 32 MB, gerado por uma placa Via/S3G UniChrome Pro. O monitor LCD tem proporção “quadrada” (4:3) e resolução de 1024x768 pixels. O disco rígido Hitachi Travelstar tem 80 GB e a unidade óptica é um gravador de DVD da QSI, capaz de gravar discos DVD±R/R a 8x, discos DVD±RW a 4x e discos DVD+R Dual-Layer a 2.4x. As comunicações ficam a cargo de uma interface Ethernet Via Rhine II a 10/100 Mb/s e de uma interface wireless baseada no chipset RaLink 2500 compatível com os padrões 802.11b (11 Mb/s) e 802.11g (54 Mb/s) e um WinModem Motorola SM56.

Uma característica interessante é o processador, que fica sob um painel na parte de baixo da máquina. Retirando alguns parafusos Philips, é possível encontrá-lo, soquetado, debaixo de um conjunto que engloba um ventilador e um heatpipe para dissipação do calor, o que nos faz crer que um upgrade seja possível. Falando em calor, notamos que a parte de baixo da máquina esquenta um bocado durante o uso, talvez seja melhor não colocá-lo no colo por muito tempo.

Nos testes com o Mobilemark 2005, o Durabook atingiu 163 pontos, com duração de bateria de 02:24. A autonomia se manteve nos outros testes, com 02:22 na navegação wireless, 02:33 no teste de leitura e 02:00 na reprodução de DVDs. A pontuação supera a do ASUS W7F (Core Duo 1,6 GHz, 130 pontos) e não está muito distante do HP-Compaq nx6320 (Core Duo 1,6 GHz, 198 pontos), embora com autonomia de bateria muito menor (o nx6320 chega às 5 horas).

Também testamos a resistência. Segundo o fabricante, o Durabook é capaz de feitos incríveis, como resistir a 26 quedas consecutivas de 76 cm de altura sobre um piso de concreto. Foi por aí que começamos: levantamos o micro, soltamos e... um dos pezinhos de borracha na traseira esquerda afundou, deixando um belo buraco redondo no gabinete de magnésio. Passado o susto, notamos que a máquina ainda funcionava normalmente. Resolvemos prosseguir com os testes. Derrubamos o Durabook com o LCD para baixo, de lado e “de quina”. Fora uma ou outra peça que se soltou (como a tampa do drive de DVD) e foi facilmente encaixada, o notebook sobreviveu à tortura praticamente intacto e continuou funcionando como se nada tivesse acontecido.

O outro teste foi resistência à água: com um borrifador, encharcamos generosamente o Durabook, molhando o teclado, monitor LCD e trackpad (e boa parte da mesa ao redor). Então o deixamos de molho por alguns minutos, secamos com toalhas de papel e ligamos o notebook, que novamente funcionou como se nada tivesse acontecido. A TwinHead também garante que a máquina agüenta bem o calor, sobrevivendo a temperaturas de até 80°C. Pretendíamos submetê-lo a uma sessão de computação intensa sob o sol do meio-dia do verão brasileiro, mas infelizmente as chuvas de fim de ano em São Paulo atrapalharam os planos.

O TwinHead Durabook R14K é uma máquina com bom desempenho para as tarefas do dia-a-dia e resistência para sobreviver à maioria dos acidentes de trabalho que poderiam nocautear máquinas mais comuns. É uma ótima escolha se você trabalha “em campo” sob condições não muito amigáveis, ou não quer ficar se preocupando em sempre acolchoar a máquina e transportar com muito cuidado a mochila.


Durabook R14K
R$ 5.590. Twinhead, www.twinheaddobrasil.com.br.

Ferrari portátil bebe demais


A série 4000 do Acer Ferrari está destinada a se tornar um laptop popular, com seu célebre emblema da Ferrari e um design de carro de corrida. Ele é um pouco grande para os que viajam com freqüência, no entanto. Além disso, faltavam outros produtos para ser uma linha completa. Como Batman tinha o Robin, o Ferrari 4000 agora tem um parceiro, cujo principal objetivo é a mobilidade. O ultraportátil Acer Ferrari 1000 Series dá um novo sentido à palavra “portátil”, já que pesa meros 1,3 kg. Ele também é bastante rápido por causa do seu processador AMD Turion 64 X2.

De longe, o Ferrari 1000 Series parece igual ao Ferrari 4000: o mesmo design de fibra de carbono, com a faixa vermelha de lado a lado e o emblema com o cavalo da Ferrari. Mas quando você se aproxima, percebe que o Ferrari 1000 pode enganar. Com 30 x 22 x 3,5 cm, ele é quase a metade do tamanho do Ferrari 4000 (que pesa 3 kg), sendo tão pequeno que o chassis deixa bastante espaço livre em sua bolsa.

Parte dessa mágica está na tela bem menor do Ferrari 1000, que é um LCD de 12,1 polegadas widescreen brilhante (a tela do 4000 Series é de 15,4”) – muito boa para assistir a filmes durante uma viagem. O teclado é de tamanho normal e agradável de usar. Os botões abaixo do touchpad são grandes e confortáveis, com a marca “Ferrari 1000” gravada neles. Eles complementam um touchpad com uma resposta muito boa, mas gostaria que se livrassem do barulho do clique.

O hardware é igual ao do TravelMate 3002WTCi – o ultraportátil corporativo da Acer – e como este, ele não tem drive óptico interno. Pelo tamanho do Ferrari 1000, acho que daria para ter integrado um (outros ultraportáteis como o Sony Vaio série SZ conseguem ter um drive óptico). O que você recebe é um gravador de DVD dual-layer externo (FireWire), decorado com o mesmo design da Ferrari. Eu gostei da inclusão de uma webcam de 1,3 megapixels em cima da tela. Ela gira até 360º, assim você pode digitar e fazer seu próprio webcasting sem precisar girar o notebook. Por causa da crescente popularidade dos serviços de Skype e VoIP, a Acer inclui um telefone VoIP Bluetooth no formato de um PC card. Ele encaixa no slot de cartão para recarregar e, apesar de ser uma idéia interessante, a execução não é muito boa. O cartão não funciona muito bem e o telefone sai quente do slot.

O Ferrari 1000 tem três portas USB, além de uma porta FireWire de seis pinos, em vez da tradicional de quatro pinos voltada para câmeras de vídeo. Ele também tem Wi-Fi e Bluetooth integrados. Este último funcionou bem quando eu passei algumas fotos do meu celular. Mas o recurso mais impressionante do Ferrari 1000 é seu HD de 160 GB – o maior encontrado em um ultraportátil.

A Acer escolheu o processador AMD Turion 64 X2 TL-56 de 1,8 GHz como coração da máquina. O X2 dual core é a resposta da AMD para o processador Core Duo da Intel; a empresa ainda está devendo um equivalente ao Intel Core 2 Duo. A performance do notebook no Sysmark 2004 SE empata com a do Dell Inspiron E1505, que possui um processador um pouco mais lento, o Intel Core Duo T2300 de 1,6 GHz. Ainda assim, o Ferrari 1000 completou nossos testes de codificação de vídeo e do Adobe Photoshop em 8:46 e 2:18, respectivamente – algo satisfatório – apesar de um pouco mais lento do que o resultado de outros sistemas com Intel Core Duo.

Nos gráficos, o Ferrari 1000 usa uma ATI Mobility Radeon 1150, que “pega emprestado” seus 256 MB de memória de vídeo dos 1 GB de RAM do sistema. Ele vem, por padrão, com duas baterias e você vai precisar de ambas, já que a de 22 Wh (três células) durou apenas 1 hora e 20 minutos nos testes do MobileMark 2005. A bateria estendida de 58 Wh foi bem melhor , com 3:07.

Se você é fã dos notebooks Ferrari, o novo Acer Ferrari 1000 Series é uma alternativa menor (em tamanho) ao Ferrari 4000 Series. Ele é pequeno o suficiente para entrar nos seus planos de viagem, não faz feio representando a marca Ferrari e até tem a potência para competir.

Acer Ferrari 1000
R$ 7.000 (preço sugerido). Acer, http://br.acer.com.

Portátil multimídia dos sonhos


O HP Pavilion dv2140BR é um Entertainment PC, um notebook voltado aos amantes da multimídia que querem levar suas fotos, vídeos e música para qualquer lugar. A primeira coisa que chama a atenção na máquina é o acabamento, com a tampa em “black piano” e a base prateada. Infelizmente, ele acumula impressões digitais aos montes: esta não é uma máquina para quem é obcecado por limpeza. Cantos arredondados e um padrão em forma de ondas impresso em todo o gabinete ajudam a quebrar o visual “quadradão” típico de um notebook.

O hardware é baseado em um processador Intel Core Solo (T1350) rodando a 1,86 GHz, acompanhado por 512 MB de RAM. O disco rígido da Fujitsu tem 80 GB, espaço adequado para uma máquina mutlimídia. A unidade óptica Sony é um gravador de DVDs “Super Multi” que grava discos DVD±R a 8x, além de DVD±RW, DVD-RAM e CD-RW. O vídeo onboard é controlado pelo chipset Intel GMA950 e o monitor LCD, com aquela cobertura “brilhante” (BrightView) que já é popular entre todos os fabricantes, tem resolução widescreen de 1280x800 pixels.

As comunicações ficam por conta de um modem 56K, placa de rede 10/100 Mb/s Intel PRO/100 VE e uma interface wireless Intel PRO/Wireless 3495ABG, compatível com os padrões A, B e G. Três portas USB 2.0 e uma FireWire 400 estão presentes para a conexão de periféricos externos. Vale notar que memória e disco rígido estão facilmente acessíveis atrás de painéis na parte inferior do gabinete, o que facilita um futuro upgrade.

Seguindo o tema multimídia da máquina, a HP inclui dois microfones na parte superior da moldura do monitor, junto com uma webcam fixa de 1,3 megapixel. Também há uma saída S-Video para conexão direta do laptop a uma TV e um leitor de cartões 5-em-1. Logo atrás do teclado estão os alto-falantes Altec Lansing, que têm bom volume e boa qualidade de som . Completando o conjunto, um controle remoto (alojado no slot de cartões PCMCIA) permite a operação de todas as funções multimídia do aparelho sem precisar deixar o sofá da sala.

Em nossos testes de desempenho, o dv2140BR obteve a marca de 131 pontos nos testes de produtividade no MobileMark 2005. A autonomia de bateria foi de cerca de 03:24 no uso de aplicativos de produtividade, e aproximadamente três horas na reprodução de DVDs. É um resultado satisfatório para uma máquina mais voltada à reprodução do que à criação de conteúdo. Mesmo assim, o usuário não terá nenhum problema ao editar textos, navegar na internet ou retocar as fotos da viagem de férias.

Um dos destaques deste modelo é o sistema QuickPlay, que permite a reprodução de músicas e exibição de fotos, filmes e DVDs sem a necessidade de entrar no Windows. Para acessá-lo, basta um toque na tecla QuickPlay ao lado do botão de força. Após um rápido “boot” o sistema mostra uma interface especializada, onde você pode escolher o que quer ver e ouvir. O QuickPlay “enxerga” músicas e filmes dentro de sua pasta pessoal no Windows, bem como arquivos em mídia removível, como pen drives, cartões de memória, CDs e DVDs. Tudo pode ser comandado com o pequeno controle remoto incluso. Ele funciona muito bem, embora pessoas com mãos grandes possam achar um pouco difícil usá-lo.

Se você precisa de mais poder de processamento e um disco rígido maior, talvez se interesse pelo HP Pavilion dv2160BR, um pouco mais caro (R$ 5.999), que vem equipado com um processador Intel Core Duo de 1,6 GHz e 120 GB de espaço em disco. Mas para a maioria dos usuários, o dv2140BR pode ser considerada a máquina multimídia dos sonhos.
HP Pavilion dv2140BR
R$ 4.999. HP, www.hp.com.br.

Novo MacBook Pro valeu a espera


Muitos ficaram entusiasmados com a mudança da Apple para os processadores Core Duo da Intel e muitos mais se surpreenderam quando a Intel avançou para o Core 2 Duo para notebooks nos meses seguintes. Quase todos os fabricantes de laptops usando Windows lançaram novas máquinas ou fizeram algum tipo de anúncio por causa da transição – mas a Apple pisou no freio. Quando a empresa finalmente começou a colocar os processadores Core 2 Duo nos seus sistemas em agosto, somente os desktops iMac ganharam um upgrade. Entusiastas de laptops da marca estavam esperando pelo Apple MacBook Pro (Core 2 Duo) desde então. Finalmente, o MacBook Pro 15” com Core 2 Duo está aqui na minha mesa. Posso dizer que seu desempenho e seus recursos excelentes, junto com um sistema operacional muito sólido, valeram a espera. O novo MacBook Pro com Core 2 Duo ganhou a Escolha do Editor entre os laptops.

Como era esperado, o MacBook Pro de 15” chegou todo turbinado, com o processador mais rápido no mercado – o T7600 de 2,33 GHz. O sistema vem com 2 GB de RAM, para os que planejam rodar o Adobe Photoshop CS2 e usar o Parallels Desktop para virtualização – dois programas centrais que usam bastante a memória do sistema – e a placa de vídeo ATI Mobility Radeon X1600. Se você tem o Microsoft Windows, verá grande aumento de performance nos games 3D por causa do processador.

Como a maioria dos meus benchmarks só é compatível com o Windows, instalei o Boot Camp Beta (download gratuito) para fazer dual-boot com o Windows XP. Desde o meu último teste, o Boot Camp passou por algumas mudanças. Ele agora tem suporte a mais hardware, permitindo que o SYSmark2004 SE e o MobileMark 2005 rodem bem. A pontuação geral no SYSmark 2004 SE ficou 24% e 20% abaixo da do Dell XPS M1710 (Core 2 Duo) e do Alienware Area-51 m5550, respectivamente. Tanto o Dell como o Alienware possuem discos rígidos mais rápidos (7.200 rpm) e placas de vídeo melhores, apesar de a Apple oferecer a opção de um HD de 7.200 rpm para melhorar o desempenho. Ainda assim, o MacBook Pro de 15” conseguiu velocidades estelares tanto nas aplicações multimídia como nas de produtividade. Apesar de a Dell ainda ter o direito de se vangloriar por ser o melhor laptop para games, o MacBook Pro (Core 2 Duo) significou uma grande mudança em relação ao seu antecessor com Core Duo em vários testes de benchmark com games. Eu vi uma melhoria de 40% no 3Dmark 2005, 39% em Doom 3 e um impressionante 120% em Splinter Cell: Chaos Theory.

O Mac OS X ainda tem que avançar no suporte a aplicativos. O Photoshop CS2 ainda roda emulado dentro do Mac OS, assim você irá notar velocidades menores que o esperado até a versão binária universal do Photoshop sair em algum momento deste ano. Mas isso não significa que não dá para rodar o Photoshop no Windows. Graças aos 2 GB de RAM do MacBook Pro de 15” e ao processador rápido, meus scripts de Photoshop finalizaram em 25 segundos no Windows. Editores de vídeo vão ganhar muito com o Core 2 Duo, que mostra um aumento de desempenho de 25% em relação ao processadores anteriores.

Minha principal preocupação com os processadores Core 2 Duo é que eles aquecem mais do que os predecessores. Como o primeiro MacBook Pro de 15” ficava bem quente, como o aumento na potência do processador vai afetar o novo? Surpreendentemente, não há muita diferença. As temperaturas, que eu medi usando um termômetro infravermelho, chegaram a 41ºC – já testei máquinas da Dell e da Alienware que chegaram a alarmantes 45º C e 48ºC, respectivamente. A Apple atribui essa consistência na temperatura a um update no firmware do System Management Controller, que regula dinamicamente a velocidade das ventoinhas. Para compensar o calor do Core 2 Duo, a Apple aumentou a velocidade das ventoinhas – o que aumenta um pouco o barulho. Mas eu prefiro um pouco mais de barulho ao calor. O aumento na velocidade de rotação das ventoinhas afeta a vida útil da bateria? Na verdade, não. Você ainda tem ao redor de 2:45 (nos testes do MobileMark 2005) usando a mesma bateria de 60 Wh.

Os novos recursos do MacBook Pro não são tão dramáticos como os ganhos de desempenho, mas a Apple incluiu uma porta FireWire 800. Além disso, o drive de DVD agora tem suporte a gravação de discos dual-layer. O que seria de um update como esse sem um aumento no espaço em disco? Minha máquina de testes veio com um HD de 120 GB, mas é possível ir até os 200 GB. Você também vai perceber que a câmera iSight tem um LED ao lado dela que fica verde quando a câmera está ativada; isso e a porta FireWire 800 são as únicas mudanças estéticas feitas no MacBook Pro de 15”. Como sempre, você não precisa se preocupar com vírus e spyware com o sistema operacional Mac OS X e ainda recebe alguns dos melhores aplicativos do mercado com a suíte iLife 06. Há ainda a interface Front Row com controle remoto, o adaptador de tomada MagSafe e é possível escolher entre uma tela brilhante (glossy) ou fosca (matte).

Agora que o Intel Core 2 Duo chegou ao MacBook Pro, não consigo imaginar nenhum outro upgrade de processador por um bom tempo, o que é um alívio porque agora você pode sair e comprar um novo laptop sem se preocupar em ficar ultrapassado. Com o Boot Camp Beta melhor e bons aplicativos como o Parallels Desktop, você tem a opção de rodar o Windows de uma forma nunca vista antes. Os problemas de aquecimento do MacBook Pro não são piores do que os de outros laptops rodando Windows, então por que não adotar o design mais sexy que existe? O Apple MacBook Pro de 15” (Core 2 Duo) oferece o desempenho e os recursos dos melhores laptops do mercado.

Apple Macbook Pro 15”
A partir de R$ 9.699. Apple, www.apple.com.br.

N93 aguenta o tranco de uma CES



Apesar de testarmos quase 100% dos produtos dentro do laboratório, este teste foi diferente. Levei o Nokia N93 como única câmera digital/celular para a cobertura da Consumer Electronics Show, em Las Vegas, no início de janeiro. Arriscado, certo? E não é que o aparelho agüentou bem as provas de fogo pelas quais passou?

Com sua câmera de 3,2 megapixels, o N93 cria boas imagens dependendo da iluminação (problema que o Sony Ericsson K790i já resolveu). Fotos de dia saem ótimas; em ambientes fechados, saem boas com ou sem flash e fotos noturnas perdem bastante qualidade – questão básica das câmeras dos celulares (fotos em http://pcmag.com.br/henrique). Algumas imagens ficaram tremidas, provavelmente por conta do flash desligado.

Os vídeos que fiz mostraram boa qualidade com excelente tamanho e resolução. A Nokia vende a idéia de que é possível criar vídeos com qualidade de DVD, sim, dá para fazer isso. Não é alta resolução, mas serve bem para capturar momentos familiares. Um vídeo do robô Asimo, da Honda, ficou quase perfeito, até o momento em que acenderam uma luz forte sobre o robô e ele ficou “estourado” na tela , provavelmente por um probleminha no balanço do branco na câmera. Os demais não apresentaram problemas.

Outra preocupação era a duração da bateria. O Nokia N80, também com câmera de 3,2 megapixels (sem zoom) e Wi-Fi, drena sua bateria em poucas horas. Tinha medo de ficar sem câmera durante a feira. Nada disso. Em nenhum momento a bateria acabou por completo. Fazia as recargas à noite, no hotel, e ia para a CES. Foi um teste de exaustão para o N93, e ele foi aprovado. Nos dois primeiros dias de uso, nem deu sinal de que acabaria a bateria. No terceiro, com maior uso da câmera de vídeo e do Bluetooth para transferir as imagens para o notebook, o N93 terminou o dia com sinais de que poderia encerrar a bateria. Mas não: chegou ao hotel com dois tracinhos restantes no indicador. Na maioria do tempo, fiquei com o aparelho no modo Offline (sem o celular ativado), com Bluetooth e Wi-Fi desativados também. O uso desses recursos gasta mais bateria, sem dúvida.

Tive que fazer ligações no celular também, o que se tornou o motivo da minha principal reclamação ao N93. O aparelho é muito grande para falar, e como a parte superior do flip é móvel, ela se movimenta um pouco durante as ligações. É um detalhe perdoável, entretanto.

O Nokia N93 passou no teste de fogo da cobertura da CES (onde viu seu substituto, o N93i, ser anunciado). Leva a Escolha do Editor por ter mais recursos que o N80 e gerar boas imagens, bons vídeos e sua bateria sobrevive a um dia inteiro de trabalho – apesar do alto preço ser ainda um grande limitador.

Nokia N93
R$ 2.599, Nokia, www.nokia.com.br.

Palm Treo 680


Um pouco melhor que o Palm Treo 650, o novo 680 é um smartphone básico e de fácil utilização. O que os sistemas operacionais da Palm gerencia são calendários e contatos, mas este Smarphone irá atrair o público por um outro motivo: a combinação de telefone com PDA. Usuários mais experientes irão perceber que ele possui uma forte inspiração no ano de 2004.

Ele é vendido a 399 dólares destravado nas cores branco, vermelho ou em cores acobreadas.

Um pouco menor que o 650, ele não possui antena externa. O teclado parece com o layout do Treo 700 que mudou as teclas para o formato quadrado em vez de redondo. Algumas mudanças na posição da tecla do menu também foram feitas. O slot de cartão SD foi tirado do topo do telefone e colocado ao lado direito.

Além de não possuir antena e estar um pouco mais leve, há outra vantagem: foi adicionada uma memória de 66 MB, o triplo da disponível na versão anterior. Com esta expansão, é possível instalar alguns softwares adicionais sem utilizar o espaço da memória RAM.

Agora você pode pausar ligações e enviar mensagens de texto ao mesmo tempo (uma inovação que começou com o Treo 700w). Outros novos recursos são: aplicação para ligações que integra a tela de Favoritos além do DocumentsToGo Microsoft Office na versão 8 (apesar de a última ser a 9) e o browser Blazer.

Os testes de performance, neste modelo, foram exatamente iguais aos do seu antecessor. Isso aconteceu, provavelmente, por que os dois utilizam o mesmo processador – 312MHz da Intel, a mesma resolução de tela 320x320 e modem EDGE, que apresenta velocidade de download com mais ou menos 116 Kbps. O Blueooth foi aprimorado da versão 1.1 para 1.2, entretanto a versão mais recente é a 2.0.

O Palm OS continua sendo extremamente fácil de utilizar e possui as funções básicas. A navegação pela lista de contatos e pelo calendário ainda é mais fácil do que em quase todos os Windows Mobiles. A mesma coisa para velocidade – o Palm OS é bem mais ágil. Entretanto se você for usar funções mais avançadas como multimídia, ele irá se mostrar um pouco lento. Seu sistema não é multitarefa, a não ser com o PocketTunes Mp3 player . A rede, em alguns momentos, fica um pouco carregada e sai do ar durante a conexão. O novo sistema de vídeo Kinoma não é tão legal. Ele fica buferizando a cada 30 segundos ou mais, quando se utiliza vídeos com áudio. Você também não pode ouvir música através de um fone wireless. E também não pode adicionar um cartão Wi-Fi.

De acordo com a Palm, a qualidade de voz e câmera da nova versão são melhores do que na versão anterior. Não tive oportunidade de testar o Treo 650, mas comparei com o Nokia E62 e tudo ocorreu muito bem. A qualidade de ligação foi média, com algumas compressões pesadas durante a transmissão. O microfone não apresentou ruídos em ambientes externos, somente algumas distorções no volume máximo. Apesar do aparelho ser compatível com o Plantronics 655 e o 590, você não pode iniciar ligações com um fone Blutooth. O tempo de bateria é menor que do 650, pois este modelo apenas escurece a tela durante as ligações, enquanto o 650 desliga completamente o visor.

Em luz baixa as fotos são mais sensíveis e possuem menos contrastes do que o VGA. Fotos tiradas em ambientes regulares conseguem obter uma abertura maior.

Comparando-se com os competidores, o Treo 680 aparenta-se um pouco mais gordinho, velho e lento. O BlackBerry Peral possui uma câmera um pouco melhor e um software de e-mail terrível, entretanto não é tão flexível quanto o 680. O Samsung BlackJack é fininho também, possui uma ótima câmera e é bem rápido . Se o Treo 680 custar um pouco menos do que essas alternativas, poderíamos colocá-lo no topo dos smartphones.

Tempo de duração da bateria: 6 horas e 15 minutos.

Palm Inc
http://www.palm.com

Motorola Q


Tão fino como um RAZR, o Motorola Q é um excelente telefone para voz, um tocador de música chique e um dispositivo de e-mails básico. Fique alerta: o preço baixo (R$ 599) sugerido pela operadora Vivo pode, a longo prazo, não ser tão baixo assim por conta do plano escolhido.

É um aparelho fino e largo (116 x 64 x 11,5 mm), pesando 115 gramas. A tela de 2,4” tem resolução de 320x240, é bastante brilhante e o teclado QWERTY embutido é fácil de digitar. Como no BlackBerry, o Q tem uma tecla de rolagem, um botão ao lado e, como no Palm Treo 650, um cursor acima do teclado. O sistema operacional é o Windows Mobile 5.0 adaptado para o modelo.

O aparelho tem excelente qualidade de voz, tanto nos testes usando o aparelho, o viva-voz embutido e fones Bluetooth. A duração da bateria é de 5:25 (tempo de conversação estimado), bom resultado para um smartphone. O cliente de e-mails POP3/IMAP é bastante básico – o Q que testamos não permitia copiar e colar, por exemplo. O telefone usa a rede EVDO de alta velocidade da Vivo para acessar a internet e baixar os e-mails. Detalhe: este aparelho não tem versões para redes GSM , só CDMA. Para ler arquivos anexos, o aplicativo Picsel Viewer vem com o Q. É excelente para mostrar documentos do Microsoft Office e PDFs, embora não permita editá-los. Há bastante espaço (49 MB) para guardar arquivos, programas e fotos tiradas com a câmera de 1,3 megapixel. A memória pode ser expandida por um slot miniSD.

O Q ainda é um bom tocador de música, graças à compatibilidade com Bluetooth estéreo. Reproduz arquivos MP3, WMA e WMA protegido por DRM. Durante os testes, descobrimos que ouvir música e baixar e-mails ao mesmo tempo não é uma boa idéia, causando falhas na reprodução da canção. A reprodução de vídeos no Windows Media Player e no SlingPlayer Mobile rodou bem em um dos modelos avaliados (a Motorola enviou dois aparelhos), o outro deu problemas com o vídeo “engasgando” – um dos diversos bugs que encontrei nos dois aparelhos. Porém é um telefone cool com recursos interessantes para sua empresa. (por Sascha Segan)
Preço: A partir de R$ 599 (de acordo com o plano escolhido)
Motorola/Vivo, www.vivo.com.br

Nokia E62


O Nokia E62 é uma ameaça potencial a qualquer BlackBerry do mercado. Tem recursos bons o suficiente para atuar como plataforma móvel de e-mail, telefone celular e acesso à internet para sua empresa. É um aparelho bem compacto (117 x 69,7 x 14 mm, 144 g) com EDGE, quad-band, Bluetooth, USB e infravermelho, rodando sistema operacional Symbian Série 60 (terceira edição). A tela de 320 x 240 é bastante brilhante e o teclado QWERTY se ilumina automaticamente no escuro. Faz falta uma câmera integrada – a Nokia diz que o modelo não tem câmera por pedido de clientes corporativos que não querem câmeras circulando por seus escritórios.

O E62 não tem, como o Motorola Q, uma tecla lateral para acessar o aparelho. Um joystick no meio da parte superior do teclado atua como mouse, e teclas de atalho levam ao menu de aplicativos e de mensagens . A interface do Symbian, toda em azul, lembra bastante o Windows Mobile 5.0, o que não vem a ser um problema. O aparelho sincroniza dados com o PC pelo software Nokia PC Suite, que me surpreendeu pela facilidade de uso e a rapidez que foi encontrado pelo computador. A sincronização tanto pelo cabo miniUSB ou por Bluetooth ocorre sem maiores problemas, e o Nokia PC Suite ajuda a trocar arquivos entre o PC e o celular. A memória interna de 90 MB é generosa e pode ser expandida por meio de cartões miniSD sem precisar desligar o aparelho. A qualidade de ligações é excelente, mesmo com o viva-voz ligado.

O E62 que testamos já veio configurado para as redes de dados das operadoras Claro e Tim. Em testes informais de velocidade com a Tim, atingimos 180 Kbps de velocidade de download. O browser integrado é compatível com protocolos WAP 2.0, HTML e XHTML, com excelente renderização das telas, mesmo em um espaço reduzido. Aperte o botão “Voltar” no navegador e ele irá mostrar miniaturas lado a lado das páginas visitadas, acelerando o acesso. E em um site aberto, ele mostra um thumbnail no canto direito da tela indicando sua posição na página completa. Há ainda um eficiente leitor de RSS. A conexão ao e-mail corporativo é outro destaque no E62. Ele se conecta a contas POP3/IMAP e plataformas como IntelliSync, da própria Nokia, Mail for Exchange (Microsoft) e até BlackBerry, entre outras.

A configuração de e-mails é fácil e o aparelho conta com um assistente para isso – dá até para acessar o Gmail, por exemplo. O E62 reproduz MP3 , vídeos e ainda lê e edita documentos do Office com sucesso. É uma excelente escolha para quem procura um telefone corporativo muito fácil de usar.
Preço: Não disponível
Nokia, www.nokia.com.br

Um smartphone realmente inteligente


Quando o Qtek A9100 chegou às minhas mãos para testes, já senti que ele seria um sério candidato a desbancar o Treo 650 como Escolha do Editor. E eu não estava errado. Pelo tamanho, pelo peso e pelos recursos, o A9100 conseguiu bater seus principais concorrentes em todos os quesitos.

O sistema operacional Windows Mobile 5.0 é um dos mais avançados do momento e sua conexão com PCs é simples e completa. E não reclamem os que não gostam de Windows na máquina porque dá para fazer a sincronização com outros sistemas operacionais com softwares específicos como o Missing Sync para Mac.

O Windows Mobile 5.0 é bem mais estável do que versões anteriores e tem excelente suporte a multimídia. Quem gosta de assistir a vídeos e ouvir músicas no celular pode usar o Windows Media Player . É possível tocar arquivos WAV, WMA e MP3 .

Mas o celular é mais voltado para trabalho. Assim, o acesso à internet e e-mail é o centro do A9100. Ele tem Wi-Fi e a conexão é fácil e simples. Quando começamos o teste, ele automaticamente encontrou a rede interna da PC Magazine e já pediu a senha. Em poucos segundos, estávamos navegando na internet com uma boa velocidade. A configuração de e-mails também é fácil usando o Outlook, o que possibilita trabalhar tranqüilamente com servidores corporativos.

Como era de se esperar, ele já vem com as versões Mobile do Word, Excel e PowerPoint, além do software ClearVue PDF para visualização de PDFs. Tanto no Word como no Excel, é possível editar textos, enquanto que o PowerPoint e o ClearVue servem apenas para visualização. Para quem não pode ficar longe do escritório por muito tempo, ainda pode usar o Pocket MSN. O browser padrão é o Internet Explorer Mobile, que pode ser facilmente trocado pelo Opera Mini.

A tela tem uma resolução de 240 x 320 e 65 mil cores, podendo ser usada na posição vertical (retrato) ou horizontal (paisagem). Na horizontal, você pode abrir o teclado deslizante e o direcionamento da tela muda automaticamente. O teclado QWERTY é mais confortável de usar do que qualquer outro smartphone que já testamos aqui no PC Labs. É excelente para escrever pequenos textos e tem até mesmo o “ç”.

A conexão com o computador pode ser feita via USB (e você aproveita para carregar a bateria enquanto sincroniza seus dados) ou Bluetooth. Testamos também alguns headsets Bluetooth e todos se conectaram com facilidade, de vários fabricantes. Com apenas 64 MB de memória, o Qtek exige uma expansão que pode ser feita com cartões MiniSD, cujo slot fica na parte superior do aparelho.

O design do smartphone é feito para facilitar a vida do usuário: por todos os lados, existem botões de atalho para acesso ao e-mail, para o browser, para o Gerenciador de Comunicações (tela que reúne todas as configurações de comunicação) e para a câmera fotográfica.

Aliás, digo e repito que uma câmera ainda é algo pouco importante nesse tipo de smartphone. Eu realmente só vejo a necessidade dessa câmera se você trabalhar como corretor de imóveis: tire a foto dos imóveis e já mostre para seus clientes. Para o resto dos usuários, uma câmera não faz tanta falta e poderia até diminuir o tamanho do smartphone.

Além do teclado, o Qtek também tem reconhecimento de escrita. E, como a maioria dos softwares de reconhecimento de escrita, ele não funciona com perfeição. A bateria tem boa duração (a empresa estima entre 150 e 200 horas em stand by, mas isso parece um pouco exagerado) e de 3,5 a 5 horas em tempo de conversa. Sentimos uma certa demora enquanto ele carregava, mas como é um celular para testes, o problema pode ser o excesso de uso.

Para não dizer que gostamos de tudo, um dos problemas do A9100 é a caneta stylus que é muito pequena e fina, dificultando a manipulação para quem tem mãos grandes. Tirando esse detalhe, o Qtek A9100 merece ganhar o selo Escolha do Editor, desbancando o Treo 650. Ele chega ao Brasil com exclusividade pela Claro, mas o preço ainda está um pouco salgado.

Qtek A9100
A partir de R$ 1.199 + Plano mensal (exclusivo da Claro), www.claro.com.br

Preview do Zune


O novo Zune da Microsoft (US$ 249,99) chegou para desafiar o iPod. Testei o novo aparelho, que foi desenvolvido pela Toshiba, em primeira mão e tudo que posso dizer é “Uau”.

Por anos, o iPod da Apple deixou a Microsoft lá em baixo. E a resposta, até o momento, tinha sido fraca, para dizer o mínimo. Mas agora a coisa mudou, parece que a Microsoft aprendeu a construir produtos eletrônicos para o consumidor - começando pelo Xbox.

O Zune prova que a Microsoft aprendeu algumas coisas com a Apple e outros fabricantes de players. Pesando apenas 160 gramas ele fica ótimo em suas mãos. A princípio, ele estará disponível com 30 GB. Apesar de tudo, é um pouco mais pesado do que o iPod de 80 GB com vídeo. Com 0,6 polegadas de espessura, ele é bastante fino. Suas dimensões são: 2,4 polegadas de comprimento e 4,4 de largura.

Disponível nas cores branca, preta e marrom, o Zune não é tão brilhante quanto um iPod. A estrutura plástica possui uma textura muito delicada. O que testei aparentava ser marrom, mas encontrei alguns resquícios verdes em suas laterais. Estranhamente, quando movimentava o aparelho, as cores verdes sumiam. Ao procurar a Microsoft, fui informado que estava vendo a cor real da estrutura, que é verde. Uma capa translúcida de plástico cobre o aparelho, que é pintado de marrom. Esse é um recurso legal e evita riscos.

Quando você olhar para o Zune pela primeira vez, irá achar que alguns botões estão faltando. A tela, com resolução de 320 x 240 pixels, ocupa quase todo o espaço do aparelho. Abaixo dela, há um scroll que, diferente do iPod, não é sensível ao toque. Na parte esquerda tem um botão para voltar e na direita um play/pause. Os três botões ocupam mais ou menos ¼ do player. Quando eu peguei o Zune pela primeira vez, meu dedo foi direto no botão do centro. Foi muito fácil mexer em todos os botões, até os menores. Em 30 segundos, eu já estava usando o Zune para tocar música e assistir vídeo.

A interface apresenta pastas e níveis, como esperado. Os principais itens são: Música, Vídeo, Fotos, Comunidade e Configurações. Ao selecionar uma faixa e apertar o play (pode-se usar o centro do scroll para dar play), a imagem ocupa toda a tela automaticamente.

A qualidade do som é excelente e os vídeos eram ótimos e claros também. Não percebi nenhum problema na visualização do vídeo em ambientes internos. Em ambientes externos, na luz do sol, não realizei nenhum teste ainda. O Zune também possui um bom receptor FM com o sistema RDS que recebe informações como nome da rádio e informação da música que está sendo reproduzida.

A Microsoft gastou muito tempo nos falando a respeito dessa nova experiência, que é o Zune. O mais comentado foi a respeito de sua interatividade. Ele possui rede wireless 802.11 g/b embutida que permite a troca de músicas e fotos entre seus usuários. Para enviar uma música, por exemplo, basta entrar na opção “enviar”. Para trocar arquivos entre dois Zunes, basta estar a 30 passos um do outro e deixar a opção ligada (é possível desabilitar o wireless). Quando alguém enviar algum dado para o seu Zune, você pode optar por aceitar ou rejeitar. Qualquer arquivo que você receber vai para a pasta de entrada.

As fotos compartilhadas podem ficar eternamente no player, entretanto com as músicas a coisa é um pouco diferente. Qualquer arquivo de áudio que for enviado ao Zune pelo sistema wireless ficará apenas três dias ou por três reproduções, após este período as faixas se tornam inativas. É possível comprar faixas também.

Não pude testar o software que é instalado no computador nem a loja de músicas online, mas pelo que vi e pelo que estão falando a coisa é muito boa. A aplicação aparenta ser simples e controla basicamente todas as funções do player. Músicas compradas de outros serviços, que não sejam parte do sistema PlaysForSure, não podem ser reproduzidas. A boa notícia é que a Microsoft irá disponibilizar uma loja online com método de assinatura mensal. Por apenas U$ 14,99 dólares, será possível baixar quantas músicas quiser, das 2 milhões disponíveis. Esse modelo de negócio começou com o iTunes da Apple. Existe também uma outra opção de compra avulsa. Você compra créditos chamados de “Microsoft Points” e cada música custa 79 MP. Esses créditos já são utilizados pelos usuários do Xbox.

A princípio, vídeos não estarão a venda, mas você poderá baixar de outros lugares.

Nada que a Microsoft esteja fazendo é inovador. O tempo de duração da bateria é de 14 horas, com o wireless desligado e 13 horas com ele ligado. Para vídeos a duração é de 4 horas, mas como filmes e programas de TV não estarão à venda, isso não vai importar muito. O que você não pode fazer, no entanto, é trocar a bateria.

De uma perspectiva subjetiva, o Zune conseguiu algo que poucos music players já conseguiram: me deu vontade de comprar um. Eu gostaria de ter um desses em casa e escutar música por horas. O lançamento do Zune não é somente uma ótima opção para substituir o iPod, mas pode ser uma ótima escolha mesmo.

Microsoft Corporation
http://www.microsoft.com
Preço: U$250,00

iPod nano chega à segunda geração


Os mp3 que as lojas estão vendendo aqui no Brasil estão super ultrapassadas, eles vendem de 510 megas vejam estes do final do ano passado considerado de porte pequeno.
No início de setembro, a Apple finalmente lançou a segunda geração do seu popular iPod nano. Graças a uma estrutura em alumínio anodizado, o novo modelo lembra muito o falecido iPod mini, mas muito menor. As principais mudanças em relação ao modelo anterior incluem uma tela mais brilhante, maior duração da bateria e reprodução contínua de faixas e, claro, as cores. O modelo de 2 GB vem apenas em prata. O de 4 GB, em prata, verde, azul ou rosa. E o de 8 GB vem apenas em preto – foi o modelo que testamos. Ainda fazem falta ao iPod nano um sintonizador FM, gravador de voz e reprodução de vídeo, como faz o SanDisk Sansa e200.

A unidade que testamos de 8 GB tem acabamento em preto brilhante, que “gruda” inúmeras marcas de impressões digitais. Medindo 90 x 40 x 6,5 mm e pesando apenas 40 g, o pequeno nano parece menor que seu antecessor. A tela LCD tem o mesmo tamanho e resolução da primeira geração (1,5 polegada, 176 x 132 pixels), mas a Apple diz que ela é 40% mais brilhante. Lado a lado com o nano original, realmente parece mais brilhante mesmo.

O sistema de navegação pelo iPod continua o melhor do mercado. O menu principal pode ser personalizado, embora isso não seja exatamente novo. Mas a Apple incluiu um excelente recurso: busca. Ao selecionar a opção no menu Música, dá para procurar uma canção pela primeira letra ou palavra-chave.

Os testes de bateria com o iPod nano, usando os fones de ouvido incluídos a um volume confortável, atingiram 26 horas e 10 minutos. É um resultado muito bom e uma melhoria grande em relação às 14 horas do nano original (16 horas nos testes do PC Labs). E, finalmente, a qualidade de som é ótima. Em testes subjetivos, o som é o mesmo na primeira e na segunda geração de nanos, com bons graves, tons médios detalhados e tons altos nítidos. Não percebi nenhuma falha de áudio durante os testes. Em comparação com o Sansa e280, o novo nano tem melhor presença nos graves e agudos.

Em resumo, o iPod nano da segunda geração é um excelente produto. É fino, atraente e fácil de usar, sem contar a excelente integração com o iTunes. Mais importante: a qualidade de som é muito boa, é compatível com compressão de áudio sem perdas (lossless) e tem reprodução contínua (gapless), sem intervalos entre as músicas, além de melhor duração da bateria. O novo iPod nano começa a ser vendido no Brasil em novembro.

obs: Em nossos testes, a bateria do iPod nano atingiu mais de 26 horas de duração.

Apple iPod nano 8 GB
US$ 249, Apple, www.apple.com/br

iPod de 80 Gigas



O mais novo iPod pode ser considerado geração 5.5, pois as melhorias em sua interface e no design não foram muito relevantes – diferente do que aconteceu na transição da geração 4 para a 5. O novo modelo vem nas versões de 30 GB e 80 GB. Com exceção da tela mais nítida, todas as melhorias do novo iPod são de firmware, incluindo playback sem intervalos, um novo recurso de busca e suporte para jogos melhores (ninguém mais agüentava Paciência). Embora o iPod nano da segunda geração ofereça uma ampla variedade de cores, o modelo completo é limitado aos tons branco e preto.

O novo modelo de 80 GB mede 103 x 61 x 11 mm e pesa 136 g – o mesmo peso do seu antepassado, o modelo de 60 GB da quinta geração. A tela continua com 2,5 polegadas (diagonal) e 320 x 240 pixels. A entrada dos fones de ouvidos e a tecla hold permanecem no topo, e o conector de dock está na parte inferior. Como antes, a parte de trás é feita de aço inoxidável e a frente é coberta por policarbonato (sujeito às impressões digitais). Os dois lados do aparelho têm elevada tendência de sofrer riscos e desgastes quando em contato com objetos mais duros.

Além da capinha imitação de couro, o iPod de 80 GB vem com cabo de carregamento/sincronização USB e fones de ouvido. Não existe mais o CD original – baixe o iTunes da web. Os fones de ouvido ficaram menores do que os antigos e possuem silicone nas bordas para um maior conforto.

O novo iPod ainda utiliza a tecnologia sensível ao toque, que é minha forma predileta de navegar pelo conteúdo, mas ele também vem com novos recursos de busca. Você pode escolher a opção Search no menu Music para localizar por letras ou palavras-chave. Se você navegar com muita rapidez em uma lista longa, um quadrado sombreado vai aparecer no centro da tela com uma letra sobre ele. Isso significa que o recurso power-scroll foi ativado e que a sua pesquisa será realizada com base na primeira letra em vez de listas de itens individuais.

O iPod oferece suporte aos formatos de áudio WAV, AIFF, AAC, AAC protegido, Apple Lossless e MP3 . Ele também reproduz audiobooks no formato Audible. As imagens podem ser visualizadas nos formato JPEG, TIFF, GIFF, BMP, PNG ou também PSD, caso você utilize Mac. A compatibilidade com vídeos é muito limitada; só reproduzir arquivos em MPEG-4, H.264 com extensões .MP4 ou .M4V ou .MOV. Os vídeos podem ter até 30 frames por segundo, com qualidade VGA máxima em bit rate de 2,5 Mbps para MPEG-4 ou 1,5 Mbps para H.264. A reprodução de músicas sem intervalos é uma excelente novidade no iPod, principalmente para álbuns de estúdio que possuem faixas que devem ser tocadas sem interrupção.

Qualidade do som
No metrô ou no escritório (ou em qualquer sala relativamente silenciosa), a qualidade de som do iPod é mais do que apropriada, mas os fones de ouvido originais não bloqueiam muito barulho externo. Eu troquei os fones de ouvido originais por um kit acústico Etymotic ER4P, e o som ficou mais preciso e balanceado. Seria interessante se a Apple incluísse um equalizador de gráficos no firmware do iPod, embora os modos de melhoria dos sons pré-estabelecidos já ofereçam algumas opções.A resposta de freqüência do iPod com os fones de ouvido ligados é boa, mantendo o poder de saída na regi

ão dos graves. O sinal de áudio é bem nítido até que a barra de volume ultrapasse um quarto de polegada do máximo – momento em que as distorções harmônicas começam a surgir. No volume máximo, o nível de distorções é bem notável (se você gosta de ouvir músicas nesse volume, então é uma das pessoas que vai estar muito ocupada destruindo o seu tímpano para perceber a má qualidade do som). As fotos são nítidas na tela, mas seria bem mais interessante se tivéssemos a opção de ver em panorama, dar zoom e girar as imagens. Os vídeos no novo iPod não ficaram melhores do que na quinta geração do portátil, exceto pela tela (cerca de 60% mais nítida). Mas essa porcentagem é um número da Apple. Eu não medi a diferença, embora as matizes estejam bastante fracas quando comparadas ao Creative Zen Vision: M.

Testei a bateria do iPod com uma playlist de vídeos e os fones padrão em um volume confortável. O aparelho ultrapassou o tempo estimado pela Apple (6,5 horas), rodando vídeo por sete horas seguidas. Nos testes de áudio, obtive 21 horas de reprodução contínua – uma hora a mais que o fornecido pela Apple. Ainda fazem falta ao iPod um sintonizador FM e microfone integrados.

O iPod leva a Escolha do Editor da PC Magazine por três motivos: ele possui bons recursos musicais (lembrem-se de que o vídeo é um adicional), ele se integra de maneira incrível com o iTunes e possui um design elegante e simples. O Creative Zen Vision: M ganha do iPod em vídeos, mas como player de música, a combinação da Apple de interface intuitiva, integração de software e qualidade de som continua na frente da competição.

iPod 80 GB
R$ XXX, Apple, www.apple.com.br.

MP3 player pequeno que faz barulho


O Samsung YP-K5, MP3 player baseado em memória flash, tem um recurso muito interessante: a parte posterior do dispositivo abre e revela um alto-falante com um som surpreendentemente bom. Além disso, o YP-K5 tem rádio FM, uma tela colorida OLED de 1,7 polegada para exibir fotos, controles sensíveis ao toque e capacidade de armazenamento de 2 GB ou 4 GB. Enquanto alguns podem considerá-lo maior e mais cheio de recursos que o necessário, eu na verdade gosto da opção dos alto-falantes. Também tem bateria de excelente duração e os fones de ouvido são exclusivos, como nunca vi antes.

Segurei o K5 perto do meu celular LG Chocolate e eles são do mesmo tamanho, medindo 9,6 x 4,6 x 17,8 cm. O K5 pesa 105 gramas, quase o mesmo que o celular. A superfície em preto opaco tem aparência robusta, mas a parte frontal, preto brilhante, fica toda marcada de dedos. Quando o player está desligado, não dá nem para ver os controles. Enquanto o Chocolate abre deslizando na longitudinal, o alto-falante do K5 desliza para a lateral em um mecanismo surpreendentemente robusto. Essa metade tem um par de pequenos apoios cobertos por uma grade de metal prateado. É possível deixar o player em pé (com o alto falante aberto) sobre uma mesa enquanto se ouve música.

O K5 não vem com muitos acessórios, apenas um cabo USB com um conector próprio em uma extremidade, um CD com o software de gerenciamento de fotos e música e um par de fones de ouvido, os quais, aliás, não se parecem com nada já produzido. Eles têm capas de silicone moldadas que se encaixam no ouvido como um aparelho auditivo. A solução não é particularmente segura, mas deve variar de acordo com o tamanho de cada ouvido.

A navegação dos menus pela tela sensível ao toque é bem fácil, apesar de eu não gostar muito desse tipo de controle por eles não darem uma resposta tátil. Ao ligar o player deslizando o botão pela parte superior, os controles aparecem na parte frontal, com luz azul e branca de fundo. Todos os menus são muito claros e de fácil navegação, sendo possível escolher as músicas por artista, álbum, gênero, faixa ou lista.

Você carrega o player via Windows Media Player ou outro software compatível, como o MusicMatch Jukebox. Não há opção de usar o dispositivo como armazenamento USB, portanto os usuários de Mac estão sem sorte. O K5 é compatível com formatos MP3 e WMA, assim como fotos JPEG. Infelizmente, não é possível criar listas diretamente no K5 – é preciso transferi-las pela função de transferência automática do Windows Media Player.

Os fones inclusos são especialmente eficientes, graças ao desenho que se projeta para dentro do ouvido. De fato, eles não tiverem problema algum em sustentar ensurdecedores 112 dB com picos de 115 dB em minha faixa-teste de rock ("More Than a Feeling", do Boston), portanto, seja cuidadoso ao usá-los.

A potência de saída dos alto-falantes também surpreendeu, e apesar de haver alguma distorção no volume máximo, ainda é bem audível. Apesar de certamente não terem sido feitos para definir qual a maneira principal de uso, os dois pequenos falantes são mais potentes que os da maioria dos celulares atuais, além de serem muito mais claros.

A bateria recarregável embutida não é removível, mas a Samsung diz que dura “perto de 30 horas” com o uso de fone de ouvido e 6 horas usando o alto-falante. Fiz meu próprio teste de bateria com os fones originais e com o volume em um nível confortável (mais ou menos na metade, devido à eficiência do desenho do fone). Ele funcionou por 32 horas e 10 minutos sem parar. É uma duração impressionante para a bateria, mas lembre-se de que isso pode variar muito de acordo com a freqüência com que se apertam botões e do uso dos alto-falantes embutidos.

No geral, acho que o K5 tem um design inovador que agradará muita gente. Mas eu também vejo muita gente ouvindo música no celular, então ele pode funcionar bem devido à boa qualidade dos falantes. O mecanismo de deslizamento parece forte, mas como possui dois eixos de movimentação, é possível que usuários mais jovens (ou menos cuidadosos) possam quebrá-lo. Os controles sensíveis ao toque que desaparecem dão ao player a delicadeza que contradiz com sua robustez, e o que gosto mesmo é a localização frontal dos controles, abaixo da tela. Os fones de ouvido originais não me impressionaram, e acho que têm uma aparência meio boba para o público médio, mas aplaudo as boas intenções da Samsung.

Samsung YP-K5
US$ 209,99 (2 GB) e US$ (4 GB). Samsung, www.samsung.com.

QVI QMP-828Q


Pequeno e com um design esportivo, o QMP-828Q é um bom companheiro para caminhadas ou sessões na academia. Além de tocar arquivos MP3 e WMA, ele também inclui rádio FM e gravador de voz, e pode mostrar as letras das músicas no visor LCD monocromático, desde que você transfira o arquivo .LRC correspondente para o aparelho.

O som tem boa qualidade e volume, embora mais uma vez recomendemos a troca dos fones de ouvido inclusos. Um defeito comum em players de baixo custo é que o decoder às vezes "mata" os graves, o que felizmente não aconteceu aqui. O gravador de voz gera arquivos WAV mono a 32Kbps, 11 KHz, com qualidade suficiente para gravar pequenos recados, uma palestra ou entrevista. Os 512 MB de memória interna são suficientes para cerca de 30 horas de gravação.

A autonomia de bateria depende do tipo da pilha AAA utilizada no aparelho. Com uma alcalina genérica inclusa na embalagem, conseguimos cerca de sete horas e meia de reprodução contínua.

Não é necessário nenhum software especial para conectar o player ao computador e transferir músicas, basta plugar o cabo incluso e arrastá-las. Elas podem ser organizadas em pastas e subpastas se você preferir, formando o equivalente a "playlists" para cada ocasião.

QVi QMP-828Q
R$ 199, QVI Brasil, www.qvi.com.br.

Dois players para o dia-a-dia


X-Micro F610
O mercado de áudio digital não se resume apenas a Apple e Creative. Fabricantes menores conseguem criar aparelhos com recursos (e preço) interessantes que servem muito bem como substitutos do iPod e similares. Testamos dois modelos, um da X-Micro e um da QVI.
Equipado com 2GB de memória flash, este modelo da X-Micro faz parte da categoria dos aparelhos que exibem fotos e vídeos, sintonizam rádio FM e trazem um gravador de voz, além de tocar músicas em MP3 e WMA (não protegido). Seu maior destaque é a bela tela colorida OLED de 1,5 polegada, que tem ângulo de visão de 160 graus sem distorção da imagem. As cores tendem a puxar um pouco para o azul, fato notável em fotos com fundo branco, mas não é nada que afete o uso diário do aparelho.

A autonomia de bateria é muito boa. Em nossos testes, passamos das 12 horas de reprodução contínua e, após todo esse tempo, o player ainda mostrava mais de 1/3 de carga restante. O fabricante afirma que a autonomia chega a 18 horas. A recarga é feita via USB.

Não temos reclamações quanto à qualidade do som. O pequeno tamanho e peso reduzido do player podem dificultar a operação dos botões por quem tem mãos grandes. Os controles de volume, principalmente, são incômodos de usar por causa de sua posição muito próxima ao conector do fone de ouvido. A tradução para o português da interface precisa ser revisada: demoramos para entender que "apresentação de cortina" era o equivalente a um slideshow.

O menor iPod do mundo (até o momento)


A primeira geração do iPod shuffle, com seu formato de embalagem de chicletes, conquistou um grande número de pessoas por causa do seu tamanho minúsculo, peso mínimo, facilidade de uso e baixo preço. Se você gostava daquele modelo, você ficará definitivamente impressionado com a segunda geração do shuffle, disponível apenas na versão de 1 GB, ainda menor e com um prendedor embutido.

O shuffle, na cor prata, mede 2,7 x 4,1 x 10,5 cm (incluindo o clipe) e pesa apenas 14 gramas. Ele vem com os famosos fones de ouvido brancos do iPod e um cabo para recarregar/sincronizar. O cabo tem uma saída padrão USB 2.0 de um lado e, do outro, um dock com um miniconector de 3,5mm saindo dele. Este miniconector é ligado ao conector do fone de ouvido do shuffle, que também funciona como uma porta para recarregar e sincronizar.
O shuffle comporta em torno de 240 músicas de aproximadamente 4 minutos no formato AAC a 128 Kbps (formato e taxa de bit padrão de codificação do iTunes), ou cerca de 200 músicas em formato MP3 a 192 Kbps. É claro que esses números podem variar, dependendo do bitrate e da duração da música.

Os controles do iPod são idênticos aos da geração anterior: Um botão circular com quatro funções controla os avanços de faixa e volume, e um botão grande no centro é usado para as funções de tocar e pausar. Na parte de baixo do iPod existe um botão para ligar/desligar o aparelho e outro que seleciona entre os modos shuffle (aleatório) e normal (com repetição).

A qualidade do áudio no shuffle é muito boa. Não ouvi qualquer ruído relacionado ao sistema e o som estava cheio e detalhado em todos os registros. O poder de saída do iPod é grande o suficiente para levar os fones de ouvido a níveis muito altos, então a Apple incluiu um limitador de volume que pode ser configurado por meio do iTunes.

A bateria recarregável embutida tem duração de até 12 horas de reprodução contínua, embora seus resultados possam variar dependendo da freqüência com que você aperta os botões ou se você usa o modo normal ou aleatório.

De forma geral, a segunda geração do iPod shuffle é uma melhoria das gerações anteriores em termos de tamanho e o clipe embutido é uma grande vantagem. E o iPod não é só pequeno, mas também discreto e conveniente para carregar ou usar como acessório para suas roupas. A falta de tela no shuffle pode ser um motivo para muitos não o comprarem, mas pelo seu preço ele ainda é um presente excelente para iniciantes no áudio digital ou para aqueles que já possuem um iPod grande, mas querem algo menor e mais leve.

iPod Shuffle
R$ 549, Apple, www.apple.com.br.

Uma superzoom super-pequena



Na época do lançamento, a Panasonic afirmou que a Lumix DMC-TZ1 era a menor câmera superzoom do mundo, mas a Kodak roubou a cena, na seqüência, com a EasyShare V610 de lente dupla, muito menor e mais compacta, além de vir equipada com a tecnologia Bluetooth . É também mais moderna e menos volumosa que a TZ1. Mas se a qualidade da foto for prioridade, a TZ1 ganha.

A TZ1 tem resolução de 5 megapixels. Vem com a lente Leica DC Vario-Elmarit, com zoom óptico de 10X, de distância focal de 5.2-52 mm (equivalente a uma lente de 35 mm com 35-350 mm) e abertura máxima correspondente de f/2.8 até f/4.2. As duas aberturas são maiores do que as da V610, e permitem mais flexibilidade em situações de pouca luz.

Faltam alguns recursos à TZ1. Ela não possui controles manuais e não permite fotografar no formato RAW, itens que certamente a tornariam melhor. Duas outras falhas incluem o atraso do obturador e a solarização rápida na tela LCD de 2,5 polegadas (a tela LCD de 2,8 polegadas da V610 nunca solarizou). Como a TZ1 não possui um visor comum, é impossível enxergar qualquer imagem sob luz forte na tela LCD, especialmente se for fotografada de um determinado ângulo.

Em geral, a TZ1 fez um trabalho satisfatório capturando o cenário de objetos no laboratório da PC Magazine. Tanto a foto tirada sob a luz do dia quanto a tirada com flash mostraram um pouco de ruído. As cores ficaram vibrantes e tiveram boa saturação, mas com alguma tendência para os tons quentes. A foto tirada com flash exibiu cores melhores e mais verdadeiras. Nenhuma delas apresentou aberração cromática. Apesar de ambas terem sido um tanto subexpostas, apresentaram um bom intervalo dinâmico.

A TZ1 mostrou resultados variados em outros testes. A resolução apontou a média de 1.475 linhas, o que é excelente para uma câmera de 5 megapixels. O tempo de inicialização (2 segundos) foi ótimo e o de reciclagem (2.6 segundos) muito bom, mas nenhum deles superou os da V610. Infelizmente, o atraso do obturador é considerável (o que não acontece na V610). Não ocorreu distorção de pincushion e praticamente nenhuma de barril.

O estabilizador de imagem funcionou muito bem, tanto sob luz forte quanto fraca. O sistema de estabilização de imagem da Panasonic, batizado de Mega Optical Image Stabilizer (Mega O.I.S.), consiste em um giro-sensor embutido que detecta qualquer movimento da mão, e tenta compensá-lo movimentando uma de várias lentes da câmera. Basicamente, a câmera age contra o movimento da mão com um movimento próprio.

Embora seja verdade que o zoom óptico de 10X das câmeras superzoom, como a Kodak EasyShare V610 ou a Nikon Coolpix S4, não se equipara à qualidade da imagem da Panasonic Lumix TZ1, os recursos de baixo desempenho desta, contribuíram para que não ganhasse o prêmio de Escolha do Editor.

R$ 2.199, Panasonic
www.panasonic.com.br
Nota:3,00

Sony HC3 redefine o conceito de filmadoras



Uma vez, li um livro de História da Arte que citava a reação das pessoas após olharem o mural da Última Ceia, de Leonardo da Vinci. A imagem, pintada em 1495, tinha tanto caráter realístico de espaço e intensidade de detalhes que depois de admirada, ninguém queria voltar ao estado normal. Da Vinci superou os limites na criação de imagens realistas. Lembrei dessa passagem quando analisava pela primeira vez, em um monitor HDTV, o resultado das imagens de alta definição feitas com a filmadora Handycam Sony, modelo HDR-HC3 HDV 1080i (US$ 1.499,95). Fiquei surpreso com a qualidade do vídeo. A HC3 impõe um novo padrão no mercado de filmadoras.

Não estou dizendo que ela seja uma obra-prima, mas no conjunto, a Sony fez algumas melhorias (se comparada à primeira da categoria HD, modelo HDR-HC1 HDV 1080i) tornando-a mais portátil e mais barata (em torno de US$ 500).

O tamanho desta miniDV é surpreendente, praticamente o mesmo das filmadoras DVD topo de linha, como a DVD505, da Sony. Medindo 8,38 x 13,97 cm e pesando 538 g (com fita e bateria), é fácil de segurar e carregar.

Igual à HC1, a HC3 possui zoom óptico de 10X e uma tela LCD widescreen sensível ao toque de 2,7”. A Sony substituiu o controle de foco manual em forma de argola encontrado na HC1 por um seletor e um botão manual eficientes, localizados quase na frente da câmera, perto da articulação da tela LCD. Pelas opções do menu, é possível atribuir a esse pequeno seletor as funções de foco, do tempo de exposição e de balanço de luz. Na minha opinião, o antigo controle de foco em forma de argola permite ajustes mais precisos.

Tanto as minhas filmagens pessoais quanto as de teste, exibidas em HDTV ou em um monitor de computador, mostraram detalhes nítidos excepcionais e texturas delicadas. Adorei as imagens dos meus filhos brincando e pulando na piscina em um dia de verão ensolarado. A HC3 processou corretamente as cores vivas do biquíni da minha filha, os fios finos do cabelo espetado do meu filho e o respingo das menores gotas de água após um mergulho. Também gerou imagens impressionantes do sol, encoberto por uma nuvem negra, situação de quantidade de luz extrema que geralmente produz resultados ruins. Fiquei impressionado com a velocidade e a qualidade do controle automático de exposição.

A HC3 também se adaptou bem a lugares com pouca luz. Ajustou rapidamente a exposição e o foco em gravações alternadas entre ambiente escuro e claro . As imagens decorrentes dessa filmagem, em lugar escuro, ficaram um pouco granuladas, mas surpreendentemente os detalhes se mantiveram nítidos e vivos, levando em conta que ela possui somente um sensor. Filmadoras com três sensores são mais apropriadas para gravar em ambientes com pouca luz.

O filme é armazenado em uma fita miniDV com resolução de 1080i (quando a filmadora é programada para alta qualidade), o que equivale aproximadamente a 60 campos entrelaçados por segundo ou próximo a 30 quadros por segundo. É possível programar a HC3 para gravar em definição padrão, o que não é aconselhável. O ideal é filmar em alta resolução e diminuí-la durante a gravação de uma mídia de DVD.

Esta filmadora vem equipada com vários recursos comuns à família Sony, todos com ótimo desempenho. O modo Nightshot (filmagem noturna), por exemplo, funcionou muito bem e exibiu uma imagem homogênea e constante, mas quase monocromática (isso sempre acontece nesse modo). Também foi divertido usar o modo Smooth Slow Record (gravação lenta), que surgiu com a filmadora DVD505, que permite gravar em tempo real e reproduzir em movimento lento (sem som ).

Nos testes de laboratório, a HC3 teve uma resolução média impressionante de 700 linhas, mas não tão alta quanto as 750 da HC1. Mesmo assim, superou a média de 300 a 400 de outras filmadoras. O tempo de inicialização não impressionou, pois levou mais de oito segundos para ligar.

Quanto aos testes de fotografia, ela teve um desempenho medíocre, apresentando atraso significativo do obturador, o que é comum para uma filmadora. A HC3 fotografa imagens à resolução de 4 megapixels, mas a qualidade não impressionou. A filmadora Canon DC40 DVD, que também tem resolução de 4 megapixels, se saiu melhor, tanto nos testes com flash quanto à luz do dia, e apresentou fotos nítidas e cores mais vivas. Isso ocorre principalmente porque o sensor CMOS da HC3 capta só 2,1 megapixels de dados significativos e os altera posteriormente para uma imagem com resolução de 4 megapixels.

Faz falta um software de edição à HC3, o que é estranho, pois o editor de vídeo Vegas 6 (da Sony) grava e edita arquivos de alta definição. Por que a Sony não incluiu uma versão simplificada desse programa? A estrutura do menu também permanece a mesma. Teria sido bom se ela tivesse copiado o excelente menu que desenvolveu para a câmera digital Cyber-shot DSC N1.

Embora a HC3 represente um grande marco no mercado de consumo de filmadoras, não a classifico como profissional, mesmo que seja para gravar um casamento ou um evento específico. O principal problema é que ela possui controles externos limitados, como o foco manual. Não é possível melhorar a qualidade de áudio ligando um microfone porque não há uma entrada externa. Item fundamental. Portanto, a HC1 é a melhor opção para estudantes e produtores com orçamento apertado.

Tirando esses detalhes, acho que a Handycam HDR-HC3 HDV 1080i da Sony, assim como a precursora HC1, deve ganhar sozinha o prêmio da Escolha do Editor, na categoria filmadora HD para o consumidor comum. Lembre-se: a fantástica qualidade de vídeo não tem igual.

US$ 1.499, Sony
www.sonystyle.com
Nota:4,00