quarta-feira, 23 de maio de 2007

N93 aguenta o tranco de uma CES



Apesar de testarmos quase 100% dos produtos dentro do laboratório, este teste foi diferente. Levei o Nokia N93 como única câmera digital/celular para a cobertura da Consumer Electronics Show, em Las Vegas, no início de janeiro. Arriscado, certo? E não é que o aparelho agüentou bem as provas de fogo pelas quais passou?

Com sua câmera de 3,2 megapixels, o N93 cria boas imagens dependendo da iluminação (problema que o Sony Ericsson K790i já resolveu). Fotos de dia saem ótimas; em ambientes fechados, saem boas com ou sem flash e fotos noturnas perdem bastante qualidade – questão básica das câmeras dos celulares (fotos em http://pcmag.com.br/henrique). Algumas imagens ficaram tremidas, provavelmente por conta do flash desligado.

Os vídeos que fiz mostraram boa qualidade com excelente tamanho e resolução. A Nokia vende a idéia de que é possível criar vídeos com qualidade de DVD, sim, dá para fazer isso. Não é alta resolução, mas serve bem para capturar momentos familiares. Um vídeo do robô Asimo, da Honda, ficou quase perfeito, até o momento em que acenderam uma luz forte sobre o robô e ele ficou “estourado” na tela , provavelmente por um probleminha no balanço do branco na câmera. Os demais não apresentaram problemas.

Outra preocupação era a duração da bateria. O Nokia N80, também com câmera de 3,2 megapixels (sem zoom) e Wi-Fi, drena sua bateria em poucas horas. Tinha medo de ficar sem câmera durante a feira. Nada disso. Em nenhum momento a bateria acabou por completo. Fazia as recargas à noite, no hotel, e ia para a CES. Foi um teste de exaustão para o N93, e ele foi aprovado. Nos dois primeiros dias de uso, nem deu sinal de que acabaria a bateria. No terceiro, com maior uso da câmera de vídeo e do Bluetooth para transferir as imagens para o notebook, o N93 terminou o dia com sinais de que poderia encerrar a bateria. Mas não: chegou ao hotel com dois tracinhos restantes no indicador. Na maioria do tempo, fiquei com o aparelho no modo Offline (sem o celular ativado), com Bluetooth e Wi-Fi desativados também. O uso desses recursos gasta mais bateria, sem dúvida.

Tive que fazer ligações no celular também, o que se tornou o motivo da minha principal reclamação ao N93. O aparelho é muito grande para falar, e como a parte superior do flip é móvel, ela se movimenta um pouco durante as ligações. É um detalhe perdoável, entretanto.

O Nokia N93 passou no teste de fogo da cobertura da CES (onde viu seu substituto, o N93i, ser anunciado). Leva a Escolha do Editor por ter mais recursos que o N80 e gerar boas imagens, bons vídeos e sua bateria sobrevive a um dia inteiro de trabalho – apesar do alto preço ser ainda um grande limitador.

Nokia N93
R$ 2.599, Nokia, www.nokia.com.br.

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