sexta-feira, 4 de maio de 2007

PC será decisivo na disputa Blu-ray x HD DVD


No Brasil, o Blu-ray chega primeiro com o BWU-100A, da Sony (no alto), e o GBW-H10, da LG

A badalação na semana passada em torno do Super Multi Blue BH100, o player da LG que toca discos Blu-ray e HD DVD, acabou ofuscando os novos drives para PC que a empresa também está trazendo para o Brasil. Mesmo sem o glamour do BH100, o GBW-H10 é um produto muito interessante. Ele grava e lê Blu-ray, DVDs e CDs e, de quebra, reproduz HD DVD. Diferentemente do player de mesa, o GBW-H10 tem data de estréia e preços definidos: chega às lojas em maio, por 2 999 reais. O preço é o mesmo do BWU-100A, o gravador de Blu-ray da Sony.

Na minha opinião, os drives Blu-ray e HD DVD para PCs serão mais determinantes para a futura hegemonia de um padrão sobre o outro do que a qualidade das imagens produzidas pelo player que fica na sala do usuário. Em primeiro lugar, porque os players combo vão livrar o consumidor do mico de ter que apostar em um formato. Mas a verdade é que, pelo que vi com meus olhos e li nos reviews de especialistas, é praticamente impossível cravar que a imagem de um é melhor do que a do outro.

No caso dos drives não. Tocar filmes em alta definição no PC vai ser um detalhe (ótimo, diga-se). O grande apelo dos gravadores de Blu-ray e HD DVD é o backup e a cópia de grandes volumes de dados. Aí, a superioridade do Blu-ray é indiscutível. A mídia Blu-ray comum comporta 25 GB de dados. A do HD DVD, 15 GB. É uma tremenda vantagem.

Aliás, tocar Blu-ray no PC ainda está longe de ser algo trivial, como sentimos na pele durante o teste do BWU-100A para a edição de abril da INFO. Enquanto a gravação em Blu-ray foi tranqüilíssima até mesmo em micros comuns, a reprodução de filmes só rolou depois da montagem de um PC poderoso. Tanto a placa de vídeo como o monitor (ou TV) têm de ser compatíveis com HDCP, a tecnologia de proteção adotada pelos formatos de alta definição. O software para tocar o disco também precisa ser especial. O PowerDVD comum, como o que vem com o BWU-100A, não serve. É preciso baixar a uma versão específica para Blu-ray. Mas valeu a canseira. A imagem dos filmes é sensacional. Nos testes, usamos três filmes disponíveis para locação em cinco unidades da Blockbuster na capital paulista.

Outro fato a festejar com a chegada do Blu-ray e do HD DVD é que os players e drives vendidos no Brasil vão tocar discos comprados nos EUA. No sistema de divisão de mercados por zonas do Blu-ray, todos os países das Américas e o Japão, entre outros, fazem parte da mesma região, a 1. No caso, do HD DVD, como destacou o leitor Raphael Miranda, essa chateação de códigos regionais, felizmente, foi enterrada de vez. Quero ver agora se as gravadoras e estúdios vão continuar com a mesma "agilidade" para trazer para o Brasil shows, filmes e seriados lançados lá fora.

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