quarta-feira, 23 de maio de 2007

O portátil duro na queda


Quedas espetaculares no chão, derramamento de enormes quantidades de café, pancadas inadvertidas enquanto está na bolsa. Se seu notebook nunca foi submetido a uma dessas torturas, é só uma questão de tempo. É muito fácil arruinar milhares de reais com um pequeno descuido. Muitas vezes nos perguntamos: por que não fazem essas coisas mais resistentes? Pois resistência é a promessa do Durabook R14K, da Twinhead.

O processador do Durabook é um AMD Turion 64 Mobile, rodando a 1,6 GHz e acompanhado por 512 MB de RAM. Para vídeo, estão reservados 32 MB, gerado por uma placa Via/S3G UniChrome Pro. O monitor LCD tem proporção “quadrada” (4:3) e resolução de 1024x768 pixels. O disco rígido Hitachi Travelstar tem 80 GB e a unidade óptica é um gravador de DVD da QSI, capaz de gravar discos DVD±R/R a 8x, discos DVD±RW a 4x e discos DVD+R Dual-Layer a 2.4x. As comunicações ficam a cargo de uma interface Ethernet Via Rhine II a 10/100 Mb/s e de uma interface wireless baseada no chipset RaLink 2500 compatível com os padrões 802.11b (11 Mb/s) e 802.11g (54 Mb/s) e um WinModem Motorola SM56.

Uma característica interessante é o processador, que fica sob um painel na parte de baixo da máquina. Retirando alguns parafusos Philips, é possível encontrá-lo, soquetado, debaixo de um conjunto que engloba um ventilador e um heatpipe para dissipação do calor, o que nos faz crer que um upgrade seja possível. Falando em calor, notamos que a parte de baixo da máquina esquenta um bocado durante o uso, talvez seja melhor não colocá-lo no colo por muito tempo.

Nos testes com o Mobilemark 2005, o Durabook atingiu 163 pontos, com duração de bateria de 02:24. A autonomia se manteve nos outros testes, com 02:22 na navegação wireless, 02:33 no teste de leitura e 02:00 na reprodução de DVDs. A pontuação supera a do ASUS W7F (Core Duo 1,6 GHz, 130 pontos) e não está muito distante do HP-Compaq nx6320 (Core Duo 1,6 GHz, 198 pontos), embora com autonomia de bateria muito menor (o nx6320 chega às 5 horas).

Também testamos a resistência. Segundo o fabricante, o Durabook é capaz de feitos incríveis, como resistir a 26 quedas consecutivas de 76 cm de altura sobre um piso de concreto. Foi por aí que começamos: levantamos o micro, soltamos e... um dos pezinhos de borracha na traseira esquerda afundou, deixando um belo buraco redondo no gabinete de magnésio. Passado o susto, notamos que a máquina ainda funcionava normalmente. Resolvemos prosseguir com os testes. Derrubamos o Durabook com o LCD para baixo, de lado e “de quina”. Fora uma ou outra peça que se soltou (como a tampa do drive de DVD) e foi facilmente encaixada, o notebook sobreviveu à tortura praticamente intacto e continuou funcionando como se nada tivesse acontecido.

O outro teste foi resistência à água: com um borrifador, encharcamos generosamente o Durabook, molhando o teclado, monitor LCD e trackpad (e boa parte da mesa ao redor). Então o deixamos de molho por alguns minutos, secamos com toalhas de papel e ligamos o notebook, que novamente funcionou como se nada tivesse acontecido. A TwinHead também garante que a máquina agüenta bem o calor, sobrevivendo a temperaturas de até 80°C. Pretendíamos submetê-lo a uma sessão de computação intensa sob o sol do meio-dia do verão brasileiro, mas infelizmente as chuvas de fim de ano em São Paulo atrapalharam os planos.

O TwinHead Durabook R14K é uma máquina com bom desempenho para as tarefas do dia-a-dia e resistência para sobreviver à maioria dos acidentes de trabalho que poderiam nocautear máquinas mais comuns. É uma ótima escolha se você trabalha “em campo” sob condições não muito amigáveis, ou não quer ficar se preocupando em sempre acolchoar a máquina e transportar com muito cuidado a mochila.


Durabook R14K
R$ 5.590. Twinhead, www.twinheaddobrasil.com.br.

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