quinta-feira, 14 de junho de 2007

O Sucessor do DVD quem vai ganhar?








Mais uma vez Toshiba e Sony estão em uma grande disputa para determinar qual será o formato padrão de vídeo. Em 1995, o SD (superdisc) da Toshiba disputava com o MMCD (multimedia CD) da Sony. Essa briga deu origem ao acordo que criou o DVD. Hoje, porém, um acordo entre as duas gigantes do setor para o padrão de alta definição não parece estar próximo.
Os dois formatos praticamente não têm diferença na qualidade do sinal digital. Igualdade também nas resoluções nativas oferecidas: HDTV com 702p, 1080i e 1080p.

A diferença está na capacidade de armazenamento. O Blu-ray consegue armazenar quase o dobro de informação que o HD DVD. Este, por outro lado, tem um processo de fabricação muito semelhante ao do DVD, o que barateia seu custo.

Assim, explica-se o valor dos aparelhos de HD DVD que entram no mercado até 50% mais baratos que os de Blu-ray. O processo de fabricação deste último exige novas linhas de produção, o que eleva o valor final do produto.

Como preço é uma coisa que com a produção em escala tende a cair, os dois formatos devem ficar com custos mais próximos. Se a unificação dos formatos não acontecer, a escolha entre um e outro vai ser apenas uma questão de preferência.

Cada um por si
Cada parte defende seu formato. Para Hiroshi Kishima, gerente de produto da Toshiba, "o HD DVD é a nova geração de DVD, tendo como principal destaque a reprodução das imagens em alta definição e até seis vezes melhor que a resolução do atual DVD, em termos de pixels".

O gerente de marketing do departamento de informática da Sony Brasil, João Ribeiro, diz que "o Blu-ray é uma tecnologia óptica apropriada para quem necessita de grande capacidade de armazenamento de dados em um equipamento de fácil operação". Assim, o objetivo da Sony é "atingir clientes corporativos com necessidade de alta capacidade de armazenamento de dados em mídia", informa.

Potencial brasileiro
A Toshiba vê o mercado brasileiro com bons olhos. "É um mercado promissor, que vai substituir o atual mercado de DVD dentro de alguns anos. Com o inicio de transmissão de TV digital em alta definição, prevista para o final deste ano, esta tendência deve ser acelerada", diz Kishima.

Já a Sony, aposta no sucesso da nova tecnologia também junto ao consumidor, pois se trata de uma proposta de substituição da mídia de DVD. "Devemos lembrar também que tudo isso será potencializado com o início da TV digital no Brasil e da busca por armazenamento full HD", afirma Ribeiro.

As duas empresas sabem que ter conteúdo é o melhor caminho para garantir espaço na preferência do público. A Sony aproveita a força de seu braço no cinema, a Sony Picture Entertainment Home. Além disso, conta com o apoio de MGM, Paramount, Warner Home Vídeo, Buena Vista e Universal, entre outros.

A Toshiba tem ao seu lado Warner Home Vídeo, Paramount Home Entertainment e Universal, também presentes no formato Blu-ray.

Entenda as diferenças entre eles:
Após dois anos de especulações sobre o "novo" padrão de DVD, finalmente o consumidor brasileiro pode começar a pensar em investir em cinema caseiro de alta definição. As fabricantes anunciaram oficialmente os produtos voltados ao Blu-ray e HD-DVD, que são os formatos concorrentes que tendem a substituir o atual DVD em um futuro não muito distante, mas que ninguém ainda arrisca dizer quando.
A grande questão é se vale a pena comprar um aparelho novo. Nomenclaturas técnicas à parte, quais são as diferenças práticas entre um formato e outro? O ganho de qualidade é mesmo superior ao atual DVD? Vamos tentar entender um pouco. Afinal, falamos de um investimento médio de R$ 3.000, mais do que valem muitos computadores potentes de hoje.

De onde surgiu o nome de batismo desses dois formatos? Simples. O "HD" de HD-DVD significa apenas High Definition. E o Blu-ray (que no início era chamado de Blue-ray) é porque o feixe de laser para ler e gravar os dados tem coloração azul (blue). No DVD convencional, o laser é vermelho.

Formatos diferentes
A principal diferença entre os formatos é a capacidade de armazenamento, com vantagem para o Blu-ray, que armazena 25 GB em discos de uma camada (50 GB em duas camadas), contra 15 GB do HD-DVD de uma camada (30 GB em duas camadas). Por conta do maior espaço disponível, setores da indústria acreditam que o Blu-ray tenha preferência maior em aplicações de informática (software, games, backup) em contrapartida aos filmes.

As capacidades diferentes ocorrem por conta da diferença no método de gravação dos dados. Mas as diferenças técnicas entre os dois formatos quase não existem. O HD-DVD tem como empresa líder a Toshiba, com suporte da Microsoft, Sanyo, NEC e estúdios de Hollywood como New Line e Universal. O Blu-ray, da Sony, tem parcerias com Apple, Panasonic, Philips, Samsung, Sharp e outros estúdios de cinema.

No final das contas, toda essa briga entre Blu-ray e HD-DVD só interessa às fabricantes, e não ao consumidor. Ao adquirir um determinado produto, você poderá em breve se deparar com um aparelho obsoleto e sem suporte. É uma aposta.

Aos poucos, chegam ao mercado internacional aparelhos que reproduzem ambos os formatos, mas o preço ainda está além da realidade da maioria dos consumidores. Mesmo assim, fica a pergunta: qual o sentido de um aparelho para dois formatos se, talvez, um deles não sobreviva?

As fabricantes não se importam. Os primeiros notebooks com drives HD-DVD e Blu-ray já começaram a ser vendidos. No Brasil, Sony e Toshiba também iniciaram as vendas dos aparelhos —apesar de quase não haver títulos disponíveis no mercado local. O trunfo para o consumidor é a vantagem da alta definição. Mas será que é verdade? Confira a reportagem e descubra.

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