Seriados oferecidos por emissoras dos EUA não podem ser acessados por internatuas do Brasil
Internautas dos EUA já podem assistir on-line muitos de seus programas favoritos.
Programas na web também têm comerciais, mas são mais curtos que na TV.
Música e Televisão remavam calmamente em suas canoas pelo rio da Prosperidade quando, de repente, Música escutou um rugido ensurdecedor mais à frente. “Socorro! O que está acontecendo?”, gritou Música, mas era tarde demais. A canoa tombou pelas Cataratas da Internet, virando Música de cabeça para baixo em meio àquele turbilhão. Televisão, remando um pouco mais atrás, estava determinada a evitar o destino de Música. “Vou seguir a corrente e não vou confrontá-la”, prometeu Televisão. E com apenas alguns segundos de vantagem, Televisão envidou toda a sua perspicácia e força para evitar tal destino. Fim do capítulo 1.
Agora, ninguém sabe qual será o desenrolar dessa história. Mas todo mundo sabe que, a cada ano, cada vez menos pessoas estão assistindo TV da forma tradicional. Neste ano, as emissoras organizaram o primeiro contra-ataque. Além de minivídeos curtos para a geração de concentração também curta, elas estão veiculando episódios inteiros gratuitos e on demand (sob demanda) na web – na maioria dos casos, o privilégio só está disponível para internautas dos EUA. ABC, CBS, NBC, Fox e CW entraram no jogo, com resultados surpreendentemente positivos.
Em quase todos os casos, você pode assistir aos quatro ou cinco episódios mais recentes de cada programa pela internet, a partir da manhã seguinte após a transmissão televisionada.
Os técnicos, é claro, conseguem algo muito melhor. Usando a tecnologia gratuita BitTorrent, conseguem localizar e fazer o download ilegalmente de quase qualquer episódio de programas recentes de TV para seus computadores (mas não seja apanhado. Alguns provedores de internet estão começando a desativar o serviço dos fãs do BitTorrent).
É possível também comprar programas de TV na loja do iTunes da Apple, por US$ 2 por episódio, sem comerciais. Mas essa estratégia também aperta o calo de algumas emissoras. A NBC, por exemplo, irritou-se com as condições da Apple e seus programas podem desaparecer do iTunes em dezembro.
Então, como é a experiência de assistir à televisão pelos sites das emissoras? Se você tiver a imprescindível conexão de internet rápida, a qualidade da imagem e do som é excelente. Tudo funciona de acordo com o pedido do cliente e você pode começar a passar os programas na hora que quiser (segundo pesquisas da ABC, 77% dos espectadores on-line estão assistindo ao episódio que perderam na TV).
Há comerciais e não é possível pulá-los. Felizmente, em comparação com a TV normal, o número de comerciais on-line é realmente bem menor. A cada intervalo, em geral você assiste a apenas um comercial de 30 segundos, e nada impede que você verifique seus e-mails ou o Dilbert.com enquanto o comercial está passando.
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