quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Bush não quer que ditador norte-coreano compre iPods



O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está tentando dificultar a entrada na Coréia do Norte de produtos como televisores de plasma, patinetes elétricos Segway e iPods.

Segundo Ted Bridis, da agência Associated Press, a intenção da administração Bush é aplicar sanções comerciais que afetem pessoalmente o excêntrico ditador norte-coreano Kim Jong Il, o qual, crê-se, costuma presentear com ítens desse tipo as cerca de 600 famílias que são suporte ao regime comunista do país.

"A lista proposta de sanções a artigos de luxo, obtida pela Associated Press, almeja tornar a vida do pretencioso Kim mais dura: nada de conhaque, relógios Rolex, cigarros, obras de arte, carros de luxo, motos Harley Davidson e nem mesmo jet skis", diz Bridis.

Ele diz também que a iniciativa coordenada com as Nações Unidas seria a primeira do gênero, afetando produtos não relacionados a equipamentos militares e visando unicamente aborrecer um líder estrangeiro. Todavia, representantes do governo americano reconhecem que será difícil impedir que tais ítens entrem no país pelo mercado negro.

"É um novo conceito, um tanto criativo", disse William Reinsch, ex-chefe do Departamento de Comércio dos EUA que implementou restrições comerciais à Coréia do Norte durante a presidência de Bill Clinton. Segundo Bridis, Reinsch acha que outros governos apoiarão a iniciativa, mas concorda que os esforços para bloquear remessas clandestinas serão frustrados.
"Se tirarmos uma das ferramentas sob seu controle, talvez a coesão de sua liderança se enfraqueça", disse Robert J. Einhorn, ex-chefe do Departamento de Estado americano que visitou a Coréia do Norte com Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado, aos quais foi oferecido um extravagante jantar pelo governo norte-coreano. "Pode causar algum dano, mas se vai funcionar, não sabemos".

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