quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

CEO da Microsoft ri e desdenha do iPhone


STEVE Ballmer, diretor-presidente da Microsoft, concedeu ontem (17/1) entrevista a Scott Wapner, do CNBC Business News, na qual falou de uma variedade de assuntos, dentre os quais o Microsoft Zune e o recém-anunciado iPod-celular iPhone, da Apple, sobre o qual riu ironicamente.
Wagner perguntou-lhe qual foi sua primeira reação ao anúncio do iPhone. Ballmer riu e respondeu: "500 dólares por um aparelho subsidiado e com um plano? Acho que é o celular mais caro do mundo e não é atraente para as empresas porque não tem teclado, o que não faz dele uma máquina muito boa para e-mail. Poderá vender bem ou não. Temos nossa estratégia, temos grandes aparelhos Windows Mobile no mercado hoje, você pode comprar o Motorola Q por US$ 99, é uma máquina muito capaz que tem música, Internet, e-mail, mensagens instantâneas. Olho para ele e digo, bem, gosto de nossa estratégia. Gosto muito."

Wagner: "Como competir com ele então? [Steve Jobs] atraiu sobre si muita atenção nas últimas semanas por causa do que aconteceu no Macworld, não só por causa do iPhone mas também com o novo iPod. Como você concorre com ele com o Zune?"

Ballmer: "Vamos pegar os celulares primeiro. Atualmente vendemos milhões e milhões e milhões de celulares por ano, a Apple vende zero celulares por ano [diz com um sorrisinho]. Em seis meses eles terão o celular mais caro jamais lançado no mercado [ri novamente], então veremos [dá de ombros] como a concorrência se sai. No caso da música e aparelhos para entretenimento a Apple [gagueja] tem uma posição absolutamente predominante. Dissemos que queremos estar no mercado, há muitas razões pelas quais há sinergia com outras coisas que estamos fazendo, achamos que temos algumas inovações únicas, particularmente no que estamos fazendo em termos de comunidade, com redes sem fio. Então entramos no mercado, um mercado no qual [a Apple] é muito forte e muitas estimativas dizem que tomamos cerca de 20-25% do mercado. (...) Por isso acho que estamos no jogo, estamos trabalhando duro em nossa inovação e [gagueja novamente] não somos os predominantes, eles é que predominam neste jogo, mas no fim do dia eles terão que manter uma agenda que vamos dominar também."

Wagner: "Você ainda acha que pode ser muito competitivo nesse espaço?"
Ballmer: "Claro. Absolutamente. Se não achássemos que há uma transformação em andamento, não estaríamos no jogo."

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